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09 maio 2013

Marlon morreu...

Vamos ao concerto?
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Este é o título do artigo que João Miguel Tavares escreve esta manhã no "Público" sobre a triste "ocorrência" na Queima das Fitas da Universidade do Porto, por onde eu passei também há muitos anos... Quanta diferença...
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João Miguel Tavares
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"Eu pertenço à geração que há 20 anos, neste mesmo jornal, foi apelidada de “geração rasca” por Vicente Jorge da Silva. Por isso sou naturalmente cuidadoso quando se trata de fazer generalizações sobre a juventude actual. A juventude actual é como a juventude de qualquer época: cheia de energia e uma certa tendência para a parvoíce. O director da Faculdade de Desporto, onde Marlon Correia estudava, escreveu um comunicado indignado, onde dizia que esta não é “a juventude com a melhor formação de sempre” – é, isso sim, a juventude com a “maior instrução de sempre”, porque “formação é outra coisa bem diferente: tem a ver com o índice de consciência, competência, sensibilidade e responsabilização cívica”.
Dizer que estas qualidades faltam à juventude actual como um todo é obviamente abusivo. Basta ir à página de Facebook da Federação Académica do Porto para verificar que inúmeros estudantes não concordaram com a opção de continuar com os festejos. Mas importa deixar claro o quão insensível foi a decisão, e o quão ofensivo é ver milhares de estudantes bêbados arrastarem-se pelo mesmo local onde um colega seu acabou de perder tragicamente a vida.
Quando, na cabecinha de tantos estudantes, o direito à bebedeira se sobrepõe ao respeito pela morte, alguma coisa de muito errado se está a passar.
Acordem, meninos."
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Como diria Fernando Lopes Graça... Acordai!!

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