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22 maio 2011

O democrata Sócrates...

Na sua coluna "Opinião"
Vasco Pulido Valente

escreveu esta manhã.

Vasco Pulido Valente

"Mas, pelo menos no meio da balbúrdia tradicional, houve uma oportunidade de observar Sócrates sem máscara e sem pose… Não se pode dizer que o espectáculo tenha sido edificante ou tranquilizador.

Sócrates trouxe a cartilha completa da sua extraordinária campanha: a crise de 2008, o terrível crime do PEC IV, o horrendo perigo que hoje corre o "Estado social", o radicalismo do PSD e a impreparação de Passos Coelho. Enfim, a história do costume. O que seria só patético, se esta miserável cartilha não viesse misturada com uma sistemática tentativa de intimidação do público e do adversário, com truques de feira para impressionar a populaça
.
(…) Sócrates não hesita perante os mais baixos processos polémicos, que provavelmente supõe uma prova do seu admirável talento. As regras da lógica e do jogo limpo não o convencem.

Não me admirei. Ainda na véspera (ou antevéspera) vira uma cena quase tão instrutiva como o próprio debate.
Numa conferência qualquer, um espectador, Peter Villax, de resto um indivíduo bem-educado e calmo, resolveu declarar directamente ao primeiro-ministro que nem sempre "os seus actos (do primeiro-ministro) reflectiam as suas palavras".
.
Sócrates, de cabeça perdida, respondeu a Villax que não lhe "reconhecia nenhuma autoridade moral" para o criticar. E proibiu mais perguntas.
É este o homem em que muita gente se prepara para votar.

Votará. Mas não vota num democrata.

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