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13 agosto 2008

Um centenário 2






Maria Amália de Sampayo Torres Fevereiro
nasceu em 8 de Agosto de 1908

.

Jantar no Hotel da Colina do Castelo
às 20 horas

.

Depois de uma tarde preenchida com uma "romagem de saudade" à Quinta da Polida agora completamente degradada e definitivamente abandonada, chegámos ao Hotel da Colina um pouco atrasados...



O meu irmão Olímpio "enquadrado" pela Maria Irene e pela Zezinha


...mas ainda muito a tempo de encontrar uma mesa onde apenas estava instalado o António Lopes Ferreira com a D.Maria Luisa, sua mulher. Com a permissão devida ali ficámos, fazendo companhia ao irmão da Lurdinhas Ferreira que, por motivos imperativos, não pode ali estar presente.

O casal Lopes Ferreira, o António Manuel e a Maria Luisa


Pouco depois, os antigos alunos faziam fila para cumprimentar a nossa primeira professora

A D.Maria Amália tratava ao meu irmão por "Príncipe de Gales". Só mais tarde pude aperceber-me que foi precisamente em 1936 que se desenrolou o caso da abdicação de Eduardo VIII, do Reino Unido, o que teria dado algum "alarido" por todo o mundo... Como o meu irmão tinha o cabelo aloirado, a D.Maria Amália "lembrou-se" de transferir para ele a simpatia que todas as jovens daquela altura nutriam pelo "affaire" daquele que foi Rei de Inglaterra, apenas por 11 meses... Anos mais tarde, quando nos encontrava, ainda se referia a ele, e o tratava, como... Príncipe de Gales.


A Maria José e a Maria Irene aguardam a sua vez.


Pouco tempo depois demos um "pequeno passeio" pela Salão de Jantar e encontrámos muitas caras conhecidas, algumas delas que nos pareceram, agora, "levemente" mais velhas... Os dois "fundadores" do Jardim-Escola João de Deus. À esquerda, o Tó Lopes Dias que foi o aluno nº1, acompanhado pelo aluno nº2, Vitor Feytor Pinto


A Maria Irene Crespo e o Olímpio Mendes de Matos



O "fotógrafo"António Ocaña com um primeiro plano constituído
pelo padre Lucílio Neves e pelo Manuel José Santos Almeida


A D.Maria Amália Fevereiro dava a sua direita ao Vitor Feytor Pinto


A meio da Sala de Jantar, uma mesa com a Família Feytor Pinto.
A qui o Pedro, o mais novo do "clã", com a irmã Manuela, a mais velha dos irmãos


A Fátima Feytor Pinto com o irmão Pedro


Não resisto à tentação de mostrar uma fotografia de 1941 onde figuram os dois irmãos. A D.Maria Amália está com eles...


A Fátima Feytor Pinto está na última fila, entre o João Maria Goulão e o Luís Salvado; o Pedro, na primeira fila, mesmo ao centro, entre a Maria de Fátima Cardoso e a Lurdinhas Lopes Ferreira. Lindos meninos!...


Muitos anos foram passados... A Teresa, filha da Lurdinhas Lopes Ferreira, à direita, é agora a Directora do Jardim-Escola. Teremos aqui uma nova D.Maria Amália?!...


A Lurdes Ferreira também “esteve presente” no jantar.
Através de um contacto com a filha Teresa, ela quis falar com a amiga de longa data
Eis o momento da conversa testemunhada pela filha, a actual Directora do Jardim-Escola e pelo irmão António Manuel Lopes Ferreira

.D.Manuela, a ex-Directora o Jardim-Escola que sucedeu à D.Maria Amália e a D. Maria Luisa Lopes Ferreira


Maria José Folgado Pereira, a Zezinha da Polida...


Vale a pena fazer agora uma nova recuperação no tempo...


Sob o olhar da D.Cremilde, um grupo de alunos com a Zezinha no "centro geométrico da foto". Lá atrás, encontramos o Carlos Góis, a Maria Júlia Peixoto, e o Leonardo; na fila do meio reconheço a Gica Salazar Antunes, à esquerda; na fila de baixo os gémeos Calrões e o Tó Caio.


Da Irene... não tenho fotos da miúda que foi...
Continuámos a ter os mesmos Professores quer no Liceu... quer na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Lembras-te deles Irene?...



O Senhor Presidente anda sempre com o telélé atrás.
A Maria Celeste e o Eduardo aguardam para retomar a conversa...
.


O lindo Bolo do Centenário


E, de um só fôlego, a D.Maria Amália apagou as velas!


... no que foi muito aplaudida!


O Padre Vitor e o Pedro Feytor Pinto acompanharam um brinde
de felicidades à sua primeira Professora.



Uma linda peça de prata que foi oferecida à D.Maria Amália


Após o jantar, foi realizado um pequeno espectáculo onde alguns dos antigos alunos do Jardim-Escola ali presentes, nos deliciaram com um recital de Poesia, lendo alguns textos que, "in illo tempore", eles próprios teriam recitado nas festas daquela instituição.


Foi o Padre Vitor Feytor Pinto quem iniciou esta fase cultural
da festa do 100º Aniversário.


Depois, entre outros, anotámos a presença da Maria João Capelo


. Do António Paiva Morão
.De uma assistência atenta e divertida


A assistência estava atenta às poesias e aos "artistas"...
Aqui, o Malé Pinto Cardoso parece interessado naquilo que ouve.

Num "escrito evocativo" ouvimos as palavras de Eduardo Marçal Grilo que em certa altura nos diziam:


................"Foi há sessenta anos
Era um encanto e um fascínio
O portão e a rampa
Os meninos e as criadas
O guarda-vento
A entrada e as alpergatas.
O armário dos sapatos.
A sala e as pinturas,
As tambores e as cornetas,
Os bibes às cores,
O viveiro e as classes, todos de mão dada.
As educadoras
E a Senhora Dona Maria Amália
.
As refeições
O refeitório e os azulejos,
Os bancos corridos.
O filtro d’água no corredor.
O almoço e o lanche,
A sopa de legumes,
O óleo de fígado de bacalhau,
O peixe frito aos bocadinhos
O pão com manteiga e o açúcar por cima,
O leite, o cacau e a geleia.
.
As festas e os teatros
Os ensaios,
Os três moinhos e a serenata
As histórias de encantar.
As músicas e o órgão de pedais
A linda falua que lá vem lá vem,
As canções e os espectáculos.
Os pais na assistência, e
O dia dos austríacos
.
E a Cartilha Maternal
Aberta na sala servia para aprender
A ler, e depois a escrever.
E com letra caligráfica que hoje
Já ninguém sabe fazer.
O a, e, i, o, u; e o ai, o ui, o eu e o ia,
O v era a primeira letra e
O Hino do Amor a última história.
Também se aprendiam as contas e
Se brincava com o barro
.
E o que era o mais importante?
Aprender aquilo que é mais difícil de ensinar,
Respeitar os outros, ser responsável,
Ter iniciativa, gostar de ler,
Saber estar, e saber ser.
.
Recordo assim com saudade aquele verso
Que cantámos tantas vezes
Por isso gostamos dela e nos pomos a dizer
- A nossa Escola é tão bela que até dá gosto aprender!
.


. (...palavras que foram ouvidas em silêncio e com alguma emoção, por nos recordarem, de uma maneira admirável, como se vivia, então, no Jardim-Escola...)


E para terminar uma palavra de simpatia para as minhas companheiras de jornada e para o meu irmão Olímpio.


A Maria Irene (da Polida) e o Olímpio...


O Olímpio e o Zezinha (da Polida)


...e o "fotógrafo", vítima do "ofício" que arranjou, fica sempre por de trás da cãmara! ... Nunca aparece nas fotos que tira... Mas vou mostrar-vos como eu era "naquele" tempo:


Sob o olhar amigo da nossa "professora das contas", D.Luisa Roberto Vaz, da Póvoa de Rio de Moinhos, eu sou a "figura" central da última fila onde se encontram também a Maria Filomena Marques Vicente, a Maria José Salavessa e o João Maria Serejo Goulão.
Na segunda fila, no penúltimo lugar, a Menicha Paiva Morão e, na fila mais próxima, o seu irmão José Eduardo Paiva Morão ocupa a segunda posição.


Quase 70 anos depois… apenas quatro dos presentes nesta fotografia de 1941 (que aqui apresento um pouco "retalhada"...) estiveram presentes nesta Homenagem à D.Maria Amália: a Maria de Fátima Feytor Pinto, a Maria José Folgado Pereira, o Pedro Feytor Pinto e este vosso Amigo que vos escreve…
João José Mendes de Matos

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