... em 4 de Janeiro de 1945
in "Setubalense".
.
Urbanização
"Está sendo calcetada parcialmente a rua António José Batista. O calcetamento é feito com paralelipípedos, devendo ficar obra para durar."
28 fevereiro 2015
27 fevereiro 2015
Escrito na pedra...
"Quando hay una tormenta los pajaritos se esconden, pelo las águilas vuelan más alto."
.
in "Fb" by Vitória M
.
in "Fb" by Vitória M
26 fevereiro 2015
Escrito no vento...
"A
bigamia consiste em ter uma mulher a mais. A monogamia é a mesma coisa…"
.
Óscar Wilde
25 fevereiro 2015
Frequentava a Cister...
... na Politécnica. Presumo que morava ali por perto. Pequeno-almoço e jornais, o tempo suficiente para ir à vida logo a seguir.
Luís Osório dedica-lhe o Editorial do "i", de hoje, dia 24 de Fevereiro e desenha dele um bom retrato.
.
Luís Osório
Director-Adjunto do "i"
.
Podia ter sido tudo, mas estava condenado
a ser tudo sem ter sido nada do que vários vaticinavam. O preço a pagar pela
petulância de ser livre.
José Medeiros Ferreira dizia de si próprio ser um “profeta
desarmado”. Um profeta sem as armas do tempo, mas com a arrogância e o ego de
uma superioridade moral e intelectual que poucos políticos ou homens do poder
suportavam. De todos os que conheci, e foram alguns, ninguém juntava tão bem a
liberdade de espírito e acção, a ironia e a sofisticação. Uma mistura explosiva,
que nunca dá bons resultados para quem deseja também um comprometimento público
com o exercício da cidadania e da política activa.
.
José Medeiros Ferreira
.
Era um poço sem fundo de sabedoria. Privei com ele nos meus
primeiros anos de vida adulta. Arrogante, de ideias absolutas, aprendi a fazer
silêncio, a escutar, a pôr palavras na balança. Difícil não fazer silêncio
quando o risco de ficar aquém era total, mais difícil ainda resistir incólume ao
seu humor finíssimo, ironia que interpela, põe em causa, esmaga o descaramento
da ignorância e a infâmia dos que, tendo poder, não têm solidez e cimento.
Deixou de ser ouvido. Não estavam para o aturar. Uma parte
substancial dos deputados da sua bancada, ministros e estrelas mediáticas de
pacotilha, não suportavam ser confrontados com a sua própria pequenez, a sua
incultura, a sua pobreza retórica. Era uma chatice o José Medeiros Ferreira.
Como são Vasco Pulido Valente, António Barreto ou Pacheco Pereira. O país dos
que decidem, dos que influenciam, habituado e balofo de tanto fast food, nunca
aguenta de ânimo leve o raciocínio de gourmet deste príncipe de Maquiavel.
Tinha um ego enorme. Vestia-se bem. Circulava pelo
parlamento ou por casa com a leveza de um aristocrata. Os salões eram seus,
imagem implacável que pagou cara. Por isso, também por isso, foi o mais jovem
ministro dos Negócios Estrangeiros da história, com pouco mais de 30 anos, e
nunca mais haveria de ser o que parecia estar escrito. Mais nada. Enquanto
ministro ajudou a criar condições para a entrada de Portugal na CEE e lançou a
ideia revolucionária dos três D: Democratizar, Desenvolver, Descolonizar. Podia
ter sido tudo, mas estava condenado a ser tudo sem ter sido nada do que vários
vaticinavam. O preço a pagar pela petulância de ser livre num país acanhado, um
pouco cinzento e sempre cruel para quem não se orgulha com a mediania.
Esteve no governo de Mário Soares, apoiou Sá
Carneiro, ajudou a fundar o PRD (faz precisamente hoje 30 anos) e voltou ao PS,
onde nunca comeu e calou. Defendeu que Sócrates devia abandonar a liderança e
não concorrer às últimas eleições legislativas; em troca o ex-primeiro-ministro
retirou-o da lista de deputados. Talvez por isso tantas estrelas políticas e
mediáticas estiveram na homenagem que lhe fizeram na Gulbenkian. Cavaco,
Sampaio, Eanes, quatro ex-presidentes da Assembleia da República e dezenas de
homens e mulheres que disseram ao país o quanto Medeiros Ferreira foi
importante, decisivo, maravilhoso e o diabo a sete. O actual Presidente da
República afirmou que José era avesso a lugares-comuns, afirmação que ela
própria foi um lugar-comum. Não interessa, ainda bem que esteve. Ficou-lhe bem.
Uma homenagem justa que foi também uma metáfora
de um país hipócrita. Um país em que os políticos falam de liberdade sem
realmente a tolerar. José foi ostracizado em vida por pensar pela sua cabeça,
por ser um franco-atirador que toda a gente temia. Muitos dos que o celebraram,
não todos mas muitos, são os mesmos que não o toleraram, não o convidaram, não
suportavam a sua presença. O resto pertence à história.
24 fevereiro 2015
Mulher de Veiros...
...Uma fotografia bonita que tirei há quase 42 anos,
em Veiros, no Alentejo profundo, no dia 23 de Abril de 1973,
a caminho de uma Páscoa albicastrense...
.
em Veiros, no Alentejo profundo, no dia 23 de Abril de 1973,
a caminho de uma Páscoa albicastrense...
.
Mulher de Veiros II
23 fevereiro 2015
Os príncipes de Portugal...
...é o título de um livro da autoria de Aquilino Ribeiro, escrito em 1952 e logo a seguir "desaparecido" do mercado.
No entanto, uma ou outra Livraria arriscavam a sua venda "por baixo do balcão" a pessoas da sua confiança...
Muitos destes livros, retirados do mercado pela Comissão de Censura ou mesmo pela "polícia política", furavam essas proibições e chegavam às mãos de algumas pessoas. Era geralmente nas minhas férias em Castelo Branco que eu adquiria alguns deles através do saudoso Amigo José Vidal Sestay, no também saudoso Stand Vidal.
.
"Advertência ao Leitor"
.
No intuito de integrarmos Portugal na Colecção das Vidas Célebres com seus soberanos notáveis, políticos, navegadores, homens de letras e homens de ciência, recorremos àqueles nomes que nos pareceram mais indicados por seus méritos e justa fama. Um deles foi Mestre Aquilino Ribeiro, que aceitou o encargo de compor a vida duns tantos portugueses, príncipes, reinantes, ou apenas caudilhos, que deixaram na História mais do que uma passagem meteórica e a ilustraram de algum modo por actos individuais, dignos de aplauso ou vitupério, em suma, que bem mereceram a Pátria ou melhor fora não terem existido. O presente livro resultou desse entendimento. Agora vejamos... O critério dele foi o do romancista: interessava-lhe tudo o que não é comum. Para a História, de resto, não há apenas ouro, há também o oricalco. Não tem que considerar apenas a glória mas ainda as sombras salitrosas que a empapam. Arte ou ciência, olha com o mesmo ar curioso santos e facínoras, contanto que tenham dado leis e conduzido homens ao cadafalso ou à prosperidade. A História é um juízo de Deus, antecipado por um critério humano, sequioso de acerto e de equidade.
Aquilino Ribeiro olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os, como Velasquez fazia, com as tintas do arco-íris. Tais como eram. Melhor, tais como lhe pareceram. Sem deixarem de ser a obra do historiador, escreveu estes perfis o novelista.
Escreveu, escreveu, e ao fim de dez vidas tinha tomado mais espaço que o que lhe estava reservado. Haviam de ser vinte. E agora?
Agora, à tout seigneur toute honneur. Saem à parte as vidas dos grandes de Portugal por Mestre Aquilino com este título que lhes assenta como uma luva: Príncipes de Portugal, suas Grandezas e Misérias. Perderam-se para a colecção, mas aí vão singularmente elas, com seu carácter próprio, cor, pitoresco, novidade e verdade. Aquilino Ribeiro, todos o sabem, é um pesquisador de inédito. Vão encontrar neste livro muitas coisas curiosas, mal pressentidas, bosquejadas, confundidas até à data com outras, postas na sombra e nunca vistas nos compêndios que se dão aos meninos das escolas. Mas tudo -- garante-nos ele e nós por ele -- escrito com a exacção de um interprete de velhas escrituras, ajuramentado nos santos Evangelhos.
.
Os Editores
.
E foi assim... Uma vez editado o livro foi "excomungado" pela política então vigente e retirado da circulação, nas Livrarias... Só na "candonga" se podia adquirir!
No entanto, uma ou outra Livraria arriscavam a sua venda "por baixo do balcão" a pessoas da sua confiança...
Muitos destes livros, retirados do mercado pela Comissão de Censura ou mesmo pela "polícia política", furavam essas proibições e chegavam às mãos de algumas pessoas. Era geralmente nas minhas férias em Castelo Branco que eu adquiria alguns deles através do saudoso Amigo José Vidal Sestay, no também saudoso Stand Vidal.
.
As primeiras páginas deste livro contêm uma curiosa advertência aos leitores, da autoria de "Os Editores", sobre o modo com o autor aceitou e encarou o desafio de escrever um livro na âmbito da Colecção das Vidas Célebres e dos critérios escolhidos por Aquilino para a organização do livro.
Aquilino Ribeiro
pintado por Maluda
.
.
No intuito de integrarmos Portugal na Colecção das Vidas Célebres com seus soberanos notáveis, políticos, navegadores, homens de letras e homens de ciência, recorremos àqueles nomes que nos pareceram mais indicados por seus méritos e justa fama. Um deles foi Mestre Aquilino Ribeiro, que aceitou o encargo de compor a vida duns tantos portugueses, príncipes, reinantes, ou apenas caudilhos, que deixaram na História mais do que uma passagem meteórica e a ilustraram de algum modo por actos individuais, dignos de aplauso ou vitupério, em suma, que bem mereceram a Pátria ou melhor fora não terem existido. O presente livro resultou desse entendimento. Agora vejamos... O critério dele foi o do romancista: interessava-lhe tudo o que não é comum. Para a História, de resto, não há apenas ouro, há também o oricalco. Não tem que considerar apenas a glória mas ainda as sombras salitrosas que a empapam. Arte ou ciência, olha com o mesmo ar curioso santos e facínoras, contanto que tenham dado leis e conduzido homens ao cadafalso ou à prosperidade. A História é um juízo de Deus, antecipado por um critério humano, sequioso de acerto e de equidade.
Aquilino Ribeiro olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os, como Velasquez fazia, com as tintas do arco-íris. Tais como eram. Melhor, tais como lhe pareceram. Sem deixarem de ser a obra do historiador, escreveu estes perfis o novelista.
Escreveu, escreveu, e ao fim de dez vidas tinha tomado mais espaço que o que lhe estava reservado. Haviam de ser vinte. E agora?
Agora, à tout seigneur toute honneur. Saem à parte as vidas dos grandes de Portugal por Mestre Aquilino com este título que lhes assenta como uma luva: Príncipes de Portugal, suas Grandezas e Misérias. Perderam-se para a colecção, mas aí vão singularmente elas, com seu carácter próprio, cor, pitoresco, novidade e verdade. Aquilino Ribeiro, todos o sabem, é um pesquisador de inédito. Vão encontrar neste livro muitas coisas curiosas, mal pressentidas, bosquejadas, confundidas até à data com outras, postas na sombra e nunca vistas nos compêndios que se dão aos meninos das escolas. Mas tudo -- garante-nos ele e nós por ele -- escrito com a exacção de um interprete de velhas escrituras, ajuramentado nos santos Evangelhos.
.
Os Editores
.
E foi assim... Uma vez editado o livro foi "excomungado" pela política então vigente e retirado da circulação, nas Livrarias... Só na "candonga" se podia adquirir!
22 fevereiro 2015
Foi no Alentejo profundo...
... no Cabeção, uma freguesia de Mora e no Restaurante "A Palmeira", que nos serviram umas "Migas" deliciosas, após um passeio ao longo das margens da rio Raia, no Parque Ecológico do Gameiro, onde fica o Fluviário de Mora.
.
.
Que boas estavam as "migas" !!...
Valeu a pena o passeio. Valeram também estas migas...
21 fevereiro 2015
Escrito na pedra...
No "Público"
17.02.2015
.
"A ciência mais necessária àquele que deseja governar com sabedoria é a de tornar os homens capazes de ser bem governados"
.
Plutarco
04-125,
filósofo da Grécia Antiga.
17.02.2015
.
"A ciência mais necessária àquele que deseja governar com sabedoria é a de tornar os homens capazes de ser bem governados"
.
Plutarco
04-125,
filósofo da Grécia Antiga.
20 fevereiro 2015
19 fevereiro 2015
Morreu o Luís Salavisa...
...um dos melhores Amigos que recordo da juventude passada em Castelo Branco. Só hoje tive conhecimento da sua morte ocorrida no dia 11 de Fevereiro. Era Eng.Agrónomo, com passagem pela Herdade da Mitra, em Évora e vivia há muitos anos em Vila Nova de Gaia.
Luís dos Santos Salavisa Vicente
.
Descansa em Paz, Luís Salavisa
..
Um abraço para ti, João Salavisa.
Perdeste uma filha há poucos anos e perdes agora o teu irmão.
Não acho que se mereçam castigos assim...
No Restaurante da Torralta...
...em 2 de Abril de 1973.
Um grupo de amigos do "Café Central"
reuniu-se em Tróia para desfrutar um almoço
no Restaurante da Torralta.
.
Fazendo horas para o "repasto" podemos identificar, da esquerda para a direita, o Manuel Floriano, o Sr.Joaquim Oliveira, do BNU, o Luís Filipe Gomes (em primeiro plano), o jjmatos, o Eng.Noronha e o Sr. Rogélio Gonçalves, do BdeP.
Entretanto passaram 42 anos e apenas o Luís Filipe, o Noronha e eu por cá andamos ainda...
18 fevereiro 2015
Memórias antigas...
Em 14 de Outubro de 1945, o Jornal "Vitória" publica
uma referência a alguns dos excelentes alunos que, naquele
ano frequentaram o Liceu Nacional de Setúbal.
.
Em função das notas obtidas nos exames na época de Julho
foram distinguidos com a atribuição de Diplomas de Honra,
os seguintes alunos:
.
1ºciclo -
Albertino Ferrão Martins - 14 val.
Amável Velez Serra - 14 val
António Alberto Claro - 15 val.
Eduardo Soveral Rodrigues - 14 val.
José Constantino de Goes - 14 val.
Maria Madalena Piteira Cruz - 15 val.
.
2ºciclo -
Rogélia Vanda Ferreira - 15 val.
Maria Correia da Fonseca - 15 val.
uma referência a alguns dos excelentes alunos que, naquele
ano frequentaram o Liceu Nacional de Setúbal.
.
Em função das notas obtidas nos exames na época de Julho
foram distinguidos com a atribuição de Diplomas de Honra,
os seguintes alunos:
.
1ºciclo -
Albertino Ferrão Martins - 14 val.
Amável Velez Serra - 14 val
António Alberto Claro - 15 val.
Eduardo Soveral Rodrigues - 14 val.
José Constantino de Goes - 14 val.
Maria Madalena Piteira Cruz - 15 val.
.
2ºciclo -
Rogélia Vanda Ferreira - 15 val.
Maria Correia da Fonseca - 15 val.
17 fevereiro 2015
São quadras, meu bem... são quadras!...
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que é teu...
Antes tivesses o jeito
De amar alguém como eu.
E tens um andar que é teu...
Antes tivesses o jeito
De amar alguém como eu.
16 fevereiro 2015
Tristes Vaidades!...
... num poema a que
F l o r b e l a E s p a n c a
deu o título de
"P a r a Q u ê "
.
Florbela Espanca
num desenho de Artur Bual/96
Para Quê?!
Tudo é vaidade neste mundo
vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa
canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos de amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos de amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta! ...
Florbela Espanca,
in
"Livro de Mágoas"
15 fevereiro 2015
Um recado...
...para uma ex-aluna muito querida.
.
Já não está muito longe a Feira de Sevilha...
Já mandaste fazer o vestido novo?...
14 fevereiro 2015
Poesia em Castelo Branco...
Os livros “Voluptuário” e “Outra nudez” que reúnem a poesia
de Gonçalo Salvado e os desenhos do escultor João Cutileiro foram apresentados
no sábado dia 7 de Fevereiro, no Foyer do Cine Teatro Avenida, em Castelo
Branco, uma sessão que contou com a presença dos autores dos prefácios, Sousa
Dias e Maria João Fernandes.
A apresentação dos livros ficou completa com a inauguração,
na Sala da Nora, de uma exposição com os desenhos que ilustram as duas obras e
que ali ficará presente até dia 1 de Março.
Gonçalo Salvado
.
Vencedor do prémio da União Brasileira de Escritores ou do
prémio Sophia de Melo Breyner Andresen pelo conjunto da sua obra poética,
Gonçalo Salvado continua a afirmar-se como o “poeta exclusivo do amor”.
Sousa Dias lembrou os tempos que passou em Castelo Branco, “onde
os dias tinham, mais de 24 horas” e onde diz ter conhecido “pessoas únicas” como
“o maior dramaturgo vivo, em Portugal, o professor Vicente Sanches”, através de
quem conheceu “o poeta António Salvado, pai do Gonçalo Salvado”, reconhecendo
que “é uma honra apresentar este livro onde se destaca o traço característico de
Gonçalo Salvado, a singularidade com que fala da poesia do amor, com um mínimo
de palavras”. Isto porque “dizer com o mínimo de palavras o máximo de silêncio é
a forma correcta de fazer poesia."
Vicente José Sanches Vaz Pardal
O maior dramaturgo vivo em Portugal.
Nas palavras de Maria João Fernandes, “estes poemas são mais
para ser lidos do que ditos, porque estas palavras parecem inesgotáveis” e
destaca que “o feminino aparece como metáfora, como imagem da mulher, da
natureza, da lua, da luz. E a poesia evolui a partir da imagem, daí não se
poderem dissociar as duas”,
Gonçalo Salvado afirma mais adiante que “o desenho do mestre
Cutileiro associado à minha poesia é um sublimado de uma mesma apetência de
beleza, de fome e sede de infinito, tendo a mulher como pólo concentrador dessa
aspiração.”
(…) O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
afirmou, por seu lado, que a poesia de Gonçalo Salvado, “de onde tanto amor
transborda em tão poucas palavras faz entrar numa dimensão que não se consegue medir.” E lembrou que a
poesia que existe em Castelo Branco, pela via de António Salvado e de seu filho
Gonçalo estão também patentes fora daqui , não só em Salamanca como em muitos
pequenos lugares que vão transformando.
.
A cidade de Castelo Branco continua a pontificar nas actividades culturais. Está de parabéns!... Assim pudéssemos dar parabéns a outras terras...
.
NB - Este "apontamento" é baseado num texto da jornalista Lídia Barata.
Cfr. "Reconquista" de 12.02.2015, pg.15, com o título "Obra de
Gonçalo Salvado ilustrada por João Cutileiro".
13 fevereiro 2015
A solidão derrotada...
...num poema a que
Alexandre O´Neill
deu o nome de
"A m i g o"
.
Alexandre O´Neill
.
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
.
in No Reino da Dinamarca
12 fevereiro 2015
Escrito na pedra...
No "Público"
10.02.2015
.
"Se comprares aquilo de que não careces, não tardarás a vender o que te é necessário"
.
Benjamin Franklin
1706-1790
escritor e cientista norte-americano.
10.02.2015
.
"Se comprares aquilo de que não careces, não tardarás a vender o que te é necessário"
.
Benjamin Franklin
1706-1790
escritor e cientista norte-americano.
11 fevereiro 2015
Memórias antigas...
...em 14 de Outubro de 1945, no jornal "Vitória",
há uma referência ao bom desempenho de alguns alunos, do
nosso Liceu, na época de exames no ano lectivo anterior (1944/45).
.
"Liceu Bocage
1ºciclo -
António Augusto Cruz - 16 val.
António Augusto Macedo - 17 val
Dulcínia Duarte Lopes - 16 val.
Manuel Francisco Ganhão Palma - 16 val
Reinalda Jorge Dias - 16 val.
2ºciclo -
Fernando Santos Formiga - 18 val.
Maria Azevedo Rua - 16 val.
Risete Albuquerque Monteiro - 16 val.
Diplomas de Honra:
1ºciclo -
Albertino Ferrão Martins - 14 val."
há uma referência ao bom desempenho de alguns alunos, do
nosso Liceu, na época de exames no ano lectivo anterior (1944/45).
.
"Liceu Bocage
1ºciclo -
António Augusto Cruz - 16 val.
António Augusto Macedo - 17 val
Dulcínia Duarte Lopes - 16 val.
Manuel Francisco Ganhão Palma - 16 val
Reinalda Jorge Dias - 16 val.
2ºciclo -
Fernando Santos Formiga - 18 val.
Maria Azevedo Rua - 16 val.
Risete Albuquerque Monteiro - 16 val.
Diplomas de Honra:
1ºciclo -
Albertino Ferrão Martins - 14 val."
10 fevereiro 2015
09 fevereiro 2015
“Os melhores” de qualquer coisa...
Na sua coluna de Opinião, no Público de Domingo,
Vasco Pulido Valente
continua a ser lúcido, eficaz e muito certeiro...
numa crónica a que deu o título de
E n v e l h e c e r
.
Vasco Pulido Valente
continua a ser lúcido, eficaz e muito certeiro...
numa crónica a que deu o título de
E n v e l h e c e r
.
Vasco Pulido Valente
.
Crescentemente, quando vejo televisão
(sobretudo os noticiários), este Portugal onde nasci e, mal ou bem, vivi setenta
anos, me parece um sítio desconhecido e hostil, em que não posso continuar. Os
velhos são assim e já Chateaubriand dizia: é muito duro envelhecer, mesmo se o
mundo à nossa volta não muda ou muda pouco, mas muito mais duro é envelhecer num
mundo que mudou. Precisava de um livro para explicar o que me irrita neste país
novo da crise e da miséria e, como não tenho força e paciência para começar um
livro, resolvi ir escrevendo sobre as coisas que me exasperam mais. Por
exemplo:
1. A desvergonha com que a esquerda usa a desgraça dos portugueses
como argumento político. Desemprego, impostos, salários ou, no dia-a-dia,
urgências que não funcionam, o remédio para a hepatite C que não há, outro
desconto ou proibição – tudo serve, não se percebe como, para demonstrar a
enorme virtude do PS e a imensa maldade do governo. Nós bem fugimos desta
ladainha. Só que ela nunca pára e não nos larga.
2. A multidão de salvadores da Pátria, que prometem o céu e que
entretanto se juntam e separam, avançam e recuam, como se andassem num jogo de
possessos sem sentido e sem fim. E que berram e se esgadanham por esses debates,
despejando lugares-comuns com uma estranha importância e uma grande
satisfação.
3. A maneira como o jornalismo gira à volta do desastre, do crime e
da pequena história de “interesse humano”, numa altura em que Portugal e a
Europa se desfazem.
4. A obsessão incrível e paradoxal com restaurantes, que abrem às
centenas (apesar do IVA) e que se pretendem sempre pioneiros de uma especial
cozinha ou de uma extraordinária ideia; e que têm na cave vinhos sem igual. Quem
lá vai? A classe média que se destruiu, os banqueiros que faliram, os corruptos
mascarados que esperam a sua hora?
5. A obsessão geral com o espectáculo; com qualquer sítio onde se
juntam milhares de bípedes, saltando e pulando e muitas vezes guinchando, para
seu contentamento e nossa aflição. Os “festivais” da carne, da fruta, do queijo,
do enchido, do mexilhão, do doce regional ou nacional, da primeira coisa que dê
para armar a tenda e ganhar uns tostões.
6. A futilidade da conversa sobre a economia, como se por aqui
ainda não se percebesse que a economia não é uma ciência, é um capítulo da
política.
7. A inferioridade que revela o culto de Ronaldo –
nome obrigatoriamente precedido por o “melhor do mundo” – e o de uma dúzia de
personagens menores que se tornaram “os melhores” de qualquer coisa ínfima ou
gratuita.
08 fevereiro 2015
Setubalense - 1968 - Fevereiro
.
03 Fevereiro
Nova Pastelaria e Leitaria
Na rua Luís de Camões, nº 45, abriu hoje ao público um novo
estabelecimento de pastelaria e leitaria denominado “Sol de Inverno”de que é
proprietário o sr. Alberto dos Santos Silva.
É de 1$60 o preço do café, carioca e “garoto” servidos quer à mesa quer
ao balcão.
.
05 Fevereiro
O aumento exagerado do preço do café (33,3%) está a provocar reacções.
.
05 Fevereiro
Câmara Municipal de Setúbal
O Eng. António Barroso foi reconduzido na Vice-Presidência da Câmara.
.
07 Fevereiro
Ensino
De 1 de Março até 10 de Agosto vai funcionar um Curso de Formação e
Actualização destinado a futuros professores do Ciclo Preparatório do Ensino
Secundário.
.
10 Fevereiro
Um setubalense condecorado pelo Chefe de Estado
na sua visita à Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Entre os heróis das nossas forças armadas, condecoradas pelo Sr.
Presidente da República, Almirante Américo Thomaz, figura o setubalense
Francisco Coelho Mendes Fernandes, 3.º Tenente da R.N., a quem foi atribuída a
medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe.
.
10 Fevereiro
Sociedade Histórica da Independência de Portugal (Delegação de Setúbal)
Eleição dos Corpos Gerentes
.
Assembleia-Geral
Presidente: Dr. José Lopes da Silva
Secretário: Humberto Américo Ferreira da Cunha
Secretário: Cap. Luís Vilaverde
.
Direcção
Presidente: Coronel Augusto de Carvalho
Secretário: Dr. Luís Manuel Cabral Adão
Tesoureiro: Tenente Manuel Simões Rosa
Vogal: João Manuel da Costa Teixeira
Vogal: Dr. José Caldeira Areias
.
Conselho Fiscal
Presidente: Eng. Humberto Santana Ferreira da Cunha
Secretário: Dr. Raul Assis de Carvalho
Relator: Leonardo Neto Pereira
.
10 Fevereiro
Na igreja da freguesia de Nariz, concelho de Aveiro, realizou-se ontem o
enlace matrimonial da Sr.ª Dr.ª Maria da Conceição Oliveira Cunha… com o Sr.
Dr.Luís António França de Vasconcelos Dias.
.
10 Fevereiro
Ateneu Setubalense
Novos Corpos gerentes
.
Assembleia-Geral
Presidente: Lourenço da Conceição
Vice-Presidente: Fernando Picoto Rosa
Secretário: Jorge Moreira Raposo
Secretário: Luciano Neves
Vice-Secretário: Angelino J. Fernandes
Vice-Secretário: José António da Cruz
.
Direcção
Presidente: Alberto da Silva Santos
Vice-Presidente: António Luís Pignatelli Figueiredo
Tesoureiro: Joaquim dos Santos Elias
Secretário: Maria Clementina
Secretário: Rui Silva Pires
Vogal: Rodolfo Plácido dos Santos
Vogal: José Augusto Nunes da Silva
.
Conselho Fiscal
Presidente: Guilherme da Circuncisão
Secretário: Fernando Guerreiro
Relator: Alberto A. Paquete
.
14 Fevereiro
Teatro
Lourenço da Conceição é o novo director artístico do “Ribalta”
.
17 Fevereiro
Teatro
O actor Vasco de Lima Couto aceitou um convite para leccionar Teatro aos
componentes do grupo de Teatro “Ribalta”.
.
17 Fevereiro
Coral Luisa Todi
Realizou-se no dia 15,
a apresentação do Maestro Jorge Manzoni, como novo Regente
do Coral.
.
17 Fevereiro
No mosteiro dos Jerónimos realizou-se hoje o casamento da Sr.ª D. Maria
José Palaio da Silva… com o Sr. Mário Carrajola dos Santos.
Foram padrinhos da noiva a Sr.ª D. Mercedes Tavares Esquível e o Sr. Dr.
Manuel Inglês Esquível e, do noivo, a Sr.ª D. Maria Gertrudes Carrajola Ledo e
o Sr. Mário Ledo.
.
19 Fevereiro
Carnaval
Milhares de pessoas aplaudiram, nas ruas da nossa cidade, o primeiro
Cortejo do Carnaval de Setúbal.
.
21 Fevereiro
Estádio do Vitória F.C.
Foi adjudicada a construção da arquibancada do Estádio do Bonfim. Juntamente com a bancada que já está a ser
construída, importará em 6,933.326$00.
.
21 Fevereiro
Falecimento
Carlos Augusto da Silva Pacheco, alferes miliciano, morreu na Guiné ao
serviço da Pátria. Foi componente do Grupo “Ribalta”.
.
24 Fevereiro
Distribuição de prémios no Liceu de Setúbal.
Realizou-se na passada 5ªfeira uma Sessão Solene para a distribuição de
prémios.
Falou o Dr. Estêvão Moreira para dizer… ”No Liceu de Setúbal tem-se
procurado ir além do ensino “em série”, ensino para “as massas”, procurando
realçar os aspectos humanos. Por isso tem-se recorrido às actividades circum-escolares.”
.
Prémios
Maria de Fátima Costa Reis – Prémio Bocage (melhor classificação do 2º Ciclo)
Maria José Alves – Prémio Sociedade dos Amigos do Liceu (dispensado de
exame com 16 valores)
Luís Armando Catarino da Costa - Prémio Sociedade dos Amigos do Liceu
(dispensado de exame com 16 valores)
Carlos Manuel dos Reis Morais – Prémio Rotary (aprovado com 15 valores)
José Júlio Palhares da Conceição – Prémio Sapec (aprovado c/ distinção
com 17 valores)
Maria Teresa Costa Raminhos – aprovada no 1º ano com 15 valores
Manuel Jorge Pedrosa Forte de Goes - aprovada no 1º ano com 16 valores
Maria José Silva Alves - aprovada com distinção com 16 valores
Júlio Manuel dos Santos Botas - aprovada com 15 valores
Luís Catarino da Costa - aprovado com distinção com 18 valores (3ºCiclo)
Maria do Rosário Diniz Rodrigues - aprovado com distinção com 16 valores
– Prémio Maria Teresa Mendonça
Carlos Alberto de Freitas Cristiano - aprovado com distinção com 16
valores – Prémio J.Pedro Mendonça.
Prémio D. Diniz (prémio nacional) - Luís Armando Catarino da Costa, do
7º ano - g), com 18 valores.
.
26 Fevereiro
Carnaval
O Liceu fez-se representar com um carro, no Corso Carnavalesco.
07 fevereiro 2015
Pasme-se...
... no Editorial do i, hoje, dia 7 de Fevereiro de 2015.
da autoria do jornalista Luís Rosa, Director do jornal "i"
.
da autoria do jornalista Luís Rosa, Director do jornal "i"
.
Luís Rosa
-
A antecipação que o i fez da entrevista que hoje
publicamos à ministra da Justiça causou grande alarido. Em causa, uma crítica à
forma como o PS tem gerido o processo Sócrates com a frase:
“Temo pela separação
de poderes
se o PS ganhar as eleições.”
.
.
Os socialistas ficaram indignados e,
pasme-se, um comentador chegou a pedir a demissão de Teixeira da Cruz.
Estados de alma à parte, tentemos analisar a questão de forma
objectiva. Comecemos pelo historial recente dos socialistas em matéria de
justiça.
Caso Casa Pia. Prisão preventiva de Paulo Pedroso, ex-ministro, alto
dirigente do PS e braço-direito do então secretário-geral, Ferro Rodrigues. O que
fez o PS? Ferro falou numa tentativa de decapitação política da direcção do
partido e pediu a intervenção do Presidente da República (o também socialista
Jorge Sampaio, que chamou o procurador-geral da República Souto Moura a Belém).
António Costa, então líder parlamentar e ex-ministro da Justiça, falou com Souto
Moura e negociou a entrega de Pedroso. E todos os socialistas com contactos na
justiça activaram os seus canais de comunicação. Descobriram que Paulo Pedroso
tinha estado sob escuta – legitimamente, refira-se, já que as escutas foram
validadas por um juiz de instrução criminal.
O que fez o PS de José Sócrates quando chegou ao governo em 2005?
Criou uma Unidade de Missão liderada por Rui Pereira (o PGR favorito de José
Sócrates para substituir Souto Moura) e fez uma reforma penal em 2007 marcada
descaradamente pelo caso Casa Pia. Entre outras alterações, passou a ser
expressamente proibido a comunicação social divulgar escutas telefónicas sem
autorização dos visados. Mais: quaisquer escutas telefónicas ao Presidente da
República e ao primeiro-ministro teriam de ser autorizadas e validadas pelo
presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Recordemos agora o que aconteceu no processo Face
Oculta. O primeiro-ministro, José Sócrates, foi alvo de escutas telefónicas
fortuitas e considerado suspeito de crimes graves por um procurador da
República. Como manda a lei feita pelo governo Sócrates, enviou uma certidão
para o então procurador-geral, Pinto Monteiro, para abertura de um inquérito e
solicitou a validação das respectivas escutas telefónicas junto do presidente do
STJ.O que aconteceu? Não houve inquérito, Pinto Monteiro e Noronha de Nascimento
destruíram as escutas, esconderam o processo administrativo que abriram e
impediram qualquer tipo de escrutínio das suas decisões. Ainda hoje não sabemos
o que aconteceu.
Falemos agora do Processo Sócrates. Praticamente em todas as cartas
da prisão, José Sócrates ameaça deliberadamente, como sempre fez com tudo e com
todos (é o seu modo de vida, aliás), vingar-se do juiz que o mandou prender, do
procurador que o investiga e da comunicação social que faz notícias sobre o
caso. Mário Soares, autêntico porta-voz de Sócrates, faz muito mais. Depois de
várias ameaças veladas, afirmou: “O juiz Carlos Alexandre que se cuide.” Eis uma
frase que faz sentido na boca de um personagem do filme “O Padrinho” mas não na
boca do fundador de um partido como o PS e do nosso primeiro Presidente da
República civil.
O que fez ontem o PS pela voz do deputado Jorge
Lacão? Defendeu a liberdade de expressão de Mário Soares em vez de, como partido
democrata que é, se afastar claramente de afirmações que podem configurar a
prática de um crime de coação de um juiz de direito, isto é, de um titular de
órgão de soberania. As declarações de Lacão são vergonhosas para um partido hoje
liderado por um político que foi ministro da Justiça. António Costa tem a
obrigação de ordenar ao PS o afastamento claro das declarações de Mário Soares.
Não por Soares, que está altamente descredibilizado, mas sim para mostrar que o
futuro governo do PS respeitará sempre a separação de poderes.
Voltemos ao início. O PS tem uma relação saudável
com a separação de poderes? Sim, se as investigações não recaírem sobre
dirigentes socialistas.
.
NB - Um texto para ser lido e meditado por muitos socialista "sem mácula"... Que ainda deve haver em grande número..
Subscrever:
Mensagens (Atom)