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28 fevereiro 2023

Quero lá saber...

 O marido ao chegar a casa diz à mulher:

        - Querida hoje vou amar-te...!!!!

Responde a mulher:

        - Quero lá saber, até podes ir a Júpiter, desde que me deixes dormir.......

26 fevereiro 2023

Fernando Pessoa...

...é o autor  deste poema 
a que deu o nome de 
Navegar

Fernando Pessoa


Navega, descobre tesouros,
mas não os tires do fundo do mar,
o lugar deles é lá.

Admira a Lua,
sonha com ela,
mas não queiras trazê-la para Terra.

Goza a luz do Sol,
deixa-te acariciar por ele.
O calor é para todos.

Sonha com as estrelas,
apenas sonha,
elas só podem brilhar no céu.

Não tentes deter o vento,
ele precisa correr por toda a parte,
ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.

As lágrimas?
Não as seques,
elas precisam correr na minha, na tua, em todas as faces.

O sorriso!
Esse deves segurar,
não o deixes ir embora, agarra-o!

Quem amas?
Guarda dentro de um porta jóias, tranca, perde a chave!
Quem amas é a maior jóia que possuis, a mais valiosa.

Não importa se a estação do ano muda,
se o século vira, conserva a vontade de viver,
não se chega a parte alguma sem ela.

Abre todas as janelas que encontrares e as portas também.
Persegue o sonho, mas não o deixes viver sozinho.
Alimenta a tua alma com amor, cura as tuas feridas com carinho.

Descobre-te todos os dias,
deixa-te levar pelas tuas vontades,
mas não enlouqueças por elas.

Procura!
Procura sempre o fim de uma história,
seja ela qual for.

Dá um sorriso àqueles que esqueceram como se faz isso.
Olha para o lado, há alguém que precisa de ti.
Abastece o teu coração de fé, não a percas nunca.

Mergulha de cabeça nos teus desejos e satisfá-los.
Agoniza de dor por um amigo,
só sairás dessa agonia se conseguires tirá-lo também.

Procura os teus caminhos, mas não magoes ninguém nessa procura.
Arrepende-te, volta atrás,
pede perdão!

Não te acostumes com o que não te faz feliz,
revolta-te quando julgares necessário.
Enche o teu coração de esperança, mas não deixes que ele se afogue nela.

Se achares que precisas de voltar atrás, volta!
Se perceberes que precisas seguir, segue!

Se estiver tudo errado, começa novamente.
Se estiver tudo certo, continua.

Se sentires saudades, mata-as.
Se perderes um amor, não te percas!
Se o achares, segura-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
"O mais é nada".
.
Fernando Pessoa

24 fevereiro 2023

Vale a pena ler até ao fim...

 A FABULOSA FALA DOS "F's" ... uf!

  Um homem chega ao restaurante, senta-se e, acenando com o braço, diz:

- Faz favor: frango frito, favas, farinheira...
- Acompanhado com quê?
- Feijão.
- Deseja beber alguma coisa?
- Fanta fresca.
- Um pãozinho antes da refeição?
- Fatias fininhas.
O empregado anota o pedido, já meio intrigado: "o tipo fala tudo com F's!"
Depois do homem terminar a refeição, o empregado pergunta-lhe:
- Vai querer sobremesa?
- Fruta.
- Tem alguma preferência?
- Figos.
Depois da sobremesa, o empregado:
- Deseja um café?
- Forte. Fervendo.
Quando o cliente termina o café:
- Então, como estava o cafézinho?
- Frio, fraco. Faltou filtrar formiguinha flutuando.
Aí o empregado pensa: "Vamos ver até aonde é que ele vai".
- Como é que o senhor se chama?
- Fernando Fagundes Faria Filho.
- De onde vem?
- Faro.
- Trabalha?
- Fui ferreiro.
- Deixou o emprego?
- Fui forçado.
- Por quê?
- Faltou ferro.
- E o que é que fazia?
- Ferrolhos, ferraduras, facas... ferragens.
- Tem um clube favorito?
- Fui Famalicense.
- E deixou de ser porquê?
- Futebol feio farta.
- Qual e o seu clube, agora?
- Farense.
- O senhor é casado?
- Fui.
- E sua esposa?
- Faleceu.
- De quê?
- Foram furúnculos, frieiras... ficou fraquinha... finou-se.
O empregado de mesa perde a calma:
- Olhe! Se você disser mais 10 palavras começadas com a letra F... não paga a conta. Pronto!
- Formidável, fantástico. Foi fácil ficar freguês falando frases fixes.
O homem levanta-se e dirige-se para a saída, enquanto o empregado ainda
lança:
- Espere aí! Ainda falta uma!
O homem responde, sem se virar:
- Faltava.

22 fevereiro 2023

Hoje é o dia...

 ... da minha Mãe.
Fazia anos hoje.
.
Maria Mendes de Matos
(22.02.1902 - 16.05.2000)

21 fevereiro 2023

Pois é, António...

 ...Costa!...
andas mesmo pelas ruas da Amargura!!... 
.
Na página "Rédea solta",
da autoria do jornalista
Eduardo Oliveira e Silva
e com o título
"A incompetência leva ao abismo"
fomos dar com um "naco de prosa" que te cai em cima com toda a razão...
.
Eduardo Oliveira e Silva
.
(. . .)
2. No capítulo da Habitação, a semana passada foi gloriosamente catastrófica. Nem vale a pena perder tempo a analisar os planos que o governo pôs à discussão pública. Tudo aquilo é confusão, burocracia e sobretudo propaganda demagógica. Um Estado que tem 152 empresas públicas, que não consegue decidir a localização de um aeroporto internacional, pretende agora gerir a habitação, violando até o direito de propriedade, quando não consegue sequer saber quantas casas tem, nem mantê-las em condições. Num país onde não se acede sem marcação a uma repartição de finanças, querem fazer-nos crer que o Estado vai tratar do problema.
As patranhas vieram da boca do primeiro-ministro, criatura que extinguiu a EPUL, a única entidade que construía para a classe média em Lisboa.
Na capital, como no Porto, só há habitação para dois tipos de pessoas: os ricos e os pobres. Os outros vão para uma periferia normalmente feia e sem transportes dignos.
Em sete anos, Costa não fez nada e nos quatro que falta nada vai fazer, a não ser proclamações impraticáveis. Produziu teoria, promessas, planos que não deram em nada.
Agora ataca as casas de cada um, através de uma ministra incipiente que tutela o IHRU (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana), o qual devia ser o eixo da política de habitação. Mas não.
É antes um contributo para o caos.
Tem administradores provisórios há 15 anos. Está praticamente inoperacional e sem dinheiro para as coisas mais singelas.
O IHRU recebeu até competências de fiscalização do arrendamento privado. Está incumbido de intervir nas situações irregulares de que tenha conhecimento, devendo participar ilegalidades à PGR e a mais umas quantas instâncias, como câmaras e serviços de saúde. Toda essa articulação tem, porém, de ser feita no respeito das regras de proteção de dados. Cabe-lhe propor arquivamentos em casos concretos. Tudo isto inclui designadamente Lisboa. Portanto, competia-lhe a fiscalização da Mouraria, onde ocorreu um drama há dias. E assim teria sido se houvesse a necessária dotação de recursos humanos, que não existem. Pudera! O IRHU não tem sequer meios para gerir todo o seu parque de 15 mil habitações, o que dá, sensivelmente, duas mil por funcionário/fiscal. Notável!
Em contrapartida, há paletes de gente (uma centena) recém-contratada para tratar do PRR.
(. . .)
.
in. "Jornal i"
21 de Fevereiro de 2023

20 fevereiro 2023

Humor antigo...

 ... com o traço de
René Caillé
.
O melhor é prevenir o noivo dela!... O desgraçadinho não a poderá suportar trezentos e sessenta e cinco dias por ano!...

18 fevereiro 2023

Para recordar...

... "isto já é da História...
   do nosso Liceu Nacional de Setúbal

... Exames em 1966. 

Acta da reunião do júri examinador das provas escritas do primeiro ciclo.

Aos sete dias do mês de Julho de mil novecentos e sessenta e seis, pelas quinze horas, reuniu pela última vez o júri das provas escritas do segundo ano. Foi presidente a Professora efectiva do primeiro grupo, Elda Quintão Lages, que examinou as provas de Língua e História Pátria; os restantes vogais examinadores foram os professores: Maria Irene Rito que classificou também as provas de Língua e História Pátria; Maria Amélia Freitas Alves Fuzeta da Ponte e Fernanda da Conceição Tomás Rodrigues Calado que classificaram as provas de Francês; João José Mendes de Matos e Padre António Teixeira Marques que classificaram as provas de Ciências Geográfico-Naturais; Maria Rosette Silva Pinto e Salvador Ricardo da Costa que classificaram as provas de Matemática; Maria Teresa Tavares Roque do Alpendre e Conceição Vitorino que classificaram respectivamente as provas de Desenho Geométrico e de Desenho decorativo.

Foi dispensado da prestação das provas de desenho por autorização ministerial o aluno seiscentos e setenta e oito.

Não concluiu as provas o examinando duzentos e trinta e dois que faltou às provas de Ciências Geográfico Naturais, Desenho Geométrico e Desenho Decorativo.

Ao abrigo do Art.10 do Decreto número quarenta mil quinhentos e noventa e um, foram votadas as notas seguintes: Português aos alunos números catorze, vinte e nove, quarenta e seis,  cento e quarenta e seis, duzentos e trinta e cinco, duzentos e trinta e sete, duzentos e quarenta e quatro, duzentos e sessenta e dois, digo, trezentos e sessenta e dois, quatrocentos e cinquenta e um, quatrocentos e oitenta e um, quinhentos e um, quinhentos e dezasseis, quinhentos e quarenta e um, quinhentos e cinquenta, quatrocentos e seis e setecentos e dezoito. Francês aos alunos números duzentos e oitenta e dois, quinze e quinhentos e setenta e dois. A Ciências Geográfico-Naturais aos Examinandos números trezentos e cinco, quatrocentos e sessenta e cinco e quatrocentos e noventa e três.

                                 Internos      Externos          Total
N.º de Examinandos        195              538               733
Admitidos à oral             168              367               535
Reprovados                      6                97               103
Dispensados                    21                74                95 

O quadro indica os resultados e as percentagens dos setecentos e trinta e três examinandos que prestaram provas escritas.

Os resultados foram lançados nas pautas, nas cadernetas e nos livros de termos.

Por não haver mais nada a tratar foi encerrada a sessão da qual, para constar, se lavrou a presente acta que, depois  de lida em voz alta e discutida, foi aprovada e vai ser assinada nos termos da lei, pela presidente e por mim, secretária, que a escrevi

A Presidente: Elda Quintão Lages
A Secretária: Maria Teresa Costa Mota Tavares Roque do Alpendre.
.
Esta "memória" já faz parte da História do nosso Liceu!
Já passaram 57 anos...

17 fevereiro 2023

Foi Agualusa ...

 ...quem o escreveu,
num texto publicado em
5 de Novembro de 2000,
no suplemento "Pública".

José Eduardo Agualusa
.
Do trabalho “Complexo de Peter Pan” que hoje se publica na Pública, respigo alguns apontamentos que penso terem sido feitos à medida...

        “Está-se jovem. É-se velho. Ou seja: depois de chegarmos a velhos, apenas nos resta a certeza de que em breve seremos ainda mais velhos”

        ... e um pouco mais adiante podemos ler:

        “Na juventude, por exemplo, tudo é transitório e o futuro, qualquer futuro, inevitavelmente precário e mesmo, por vezes, assustador. O passado, pelo contrário, costuma ser estável. A melhor coisa do passado é que está sempre lá, belo ou terrível, e lá ficará para sempre (cacos espalhados pelo chão)” - (1)
         “O passado prospera à medida que o futuro diminui. Gostaria de ser historiador. Diriam de mim, talvez: este tipo tem ainda um grande passado pela frente. E eu seria feliz.”

        E mais além:

        “No meu caso é até pior: sinto que estou a mentir quando revelo a alguém a minha idade. Não, não posso ter nascido há tantos anos... Na maior parte do tempo sou ainda um menino...”
(...)
       “Vem-me à memória uma frase de um outro autor brasileiro, Rubem Braga, ao completar 50 anos: 
“ Uma injustiça. Sem dúvida alguma. Logo comigo, que tinha tanta vocação para ser rapaz... A vocação em mim não se extinguiu. Os meninos reconhecem-me e riem-se. Sabem que sou um deles...”

        Quase no final, acrescenta em certa altura:

        “... e muitos pensam que Michael Jackson foi sempre branco. Bob Marley, a propósito, morreu em 1981, aos 36 anos. Na altura, lembro-me bem, achei que ele já tinha boa idade para morrer.”

        Como é brutal ouvir um tipo proferir estas palavras!! 
.
in. "Público"
   05.11.2000

.
NB-1
Oh! Meu Deus...
Onde é que eu já ouvi isto?!...

(Uma tareia na alma...
Faz partir um coração
Há "cacos" por todo o lado...
Não há um "caco" no chão!...)
jj

15 fevereiro 2023

Só hoje soubemos ...

 ... a D.Maria Afonso 
deixou-nos 
no dia 11 de Fevereiro.
.
Tinha 84 anos 

D. Maria Afonso Santos Silva
.
Um "Grupo de Setúbal"
relembra a simpatia que irradiava 
e deseja a toda a sua Família
os mais profundos sentimentos.

14 fevereiro 2023

No dia de São Valentim.

No "dia da Amizade", que perdura há mais de 7 décadas :) !!", envio um Abraço de muito apreço pela permanência da afeição que sempre preservámos incólume :)))
Até sempre.

Do que te foste lembrar, Maria Regina!...
neste dia dos Namorados... 
Deus te pague, por essa tão querida lembrança.

Memórias de então...

 ... Acabo de  "descobrir"  um  "apontamento" que escrevi em Abril de 2000 e que agora ainda me faz rir.
É da autoria de um escritor italiano que viveu muitos anos em Portugal e sempre teve uma simpatia  grande dos portugueses.
Tinha nascido em Pisa. em 1943 e foi professor da Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Génova e director do Instituto Italiano de Cultura, em Lisboa.
Dedicou algum do seu tempo ao estudo da figura de Fernando Pessoa, produziu ensaios sobre este autor e traduziu obras suas.

António Trabucchi
(1943 - 2012)
.
A "nota" que aqui deixo hoje foi retirada do suplemento  "Pública", do jornal que ainda hoje leio com regularidade...
.
O italiano António Tabucchi continua o mesmo cabotino de sempre. Mas tem sempre, dentro da neo-nomenkatura  cultural deste cantinho à beira mar plantado, uma mão que o mantem à tona de água... Desta vez é a mão da "gaguinha" do canal 1, a Maria João Seixas, que o aguenta numa entrevista que intitulou "O Português Extravagante".
.
"Nasci num hospital em Setembro de 43. Na altura, os aliados estavam a bombardear a cidade, porque os alemães, na sua retirada de Roma para cima, tinham-se instalado na margem direita do Arno e, com as pontes todas destruídas, não havia outra maneira de os desalojar. Pisa era um lugar estratégico, porque tinha um centro ferroviário importantíssimo, um aeroporto e fábricas de material indispensável aos desígnios da guerra. "Nasci portanto por baixo das bombas. Bombas que mataram em Pisa, à época do meu nascimento, cinco mil pessoas.
.
A minha Mãe contou-me que era a única ocupante da clínica de obstetrícia e que foi ajudada nos trabalhos de parto, por uma freirazinha que só lhe dizia - "Oh, minha Senhora, despache-se, despache-se!". Ao que a minha Mãe respondia -"Faço o que posso!".stronzo Talvez por estas circunstâncias, sou filho único. Logo a seguir ao parto, o meu pai veio buscar-me de bicicleta. Uma bicicleta sem pneus. E, assim, ao colo da minha Mãe, sentada no quadro daquela bicicleta, deixámos a nossa casa em  e partimos para Vecciano, uma aldeia a cerca de 10 quilómetros da cidade, onde viviam os meus avós paternos.
.
(...)
Seixas pede a António Trabucci, a propósito da invocação do Pranto de Maria Parda, que lhe dê a sua hierarquia, de eleição e de abjeção, de insultos e palavrões. Em italiano e em português.
"O que mais me ofende é cabrão. Não gosto. Acho que é uma palavra horrível, é um insulto baixo, ferino, de animais. Prefiro ser chamado filho da puta.  Cabrão é que não. Cabrão é mais baixo que puta.  Puta é saudável. Sempre é uma actividade exercida por humanas criaturas. Quando me irrito, o que acontece muitas vezes , é em italiano. Digo, por exemplo, stronzo, que é assim uma espécie de "cagalhão", um merdas. Mas o mais terrível de todos os insultos em italiano, é em dialecto romano: Li mortacci tua (em italiano - I mortacci tuoi). Atinge o que mais de sagrado uma pessoa tem, os seus antepassados, os entes queridos já desaparecidos, os Lares da cultura latina. Quer dizer exactamente isto: os teus horrorosos mortos ou, se quiseres, os teus mortos não prestam para nada.
.
E, mais à frente
"Sempre que hesito, num cruzamento na estrada normalmente parcos em indicações de sentido, ouço: Vai para a tua terra, estúpido! Claro que respondo mandando-os à merda, na suposição que aquelas pessoas devem saber melhor onde fica a merda do que eu sei onde é a minha terra."  
.
in "Pública"
02.04.2000

13 fevereiro 2023

Escrito na pedra...

In "Público".
11.02.2023 
.
"As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insectos e são rasgadas pelos grandes."
.
Sólon
638 a.C. - 558 a.C.
poeta e político.

12 fevereiro 2023

Humor antigo...

 ... com o traço de
Don Flowers
.
- Francamente, Miguel... Nem compreendo...
Dormes sozinho e, mesmo assim, acordas cansado!...

11 fevereiro 2023

Ontem, no "Público"...

Marçal Grilo, Ex-Ministro da Educação diz que esta negociação já não é só sobre os professores. 
Tem que ver "com o clima geral que se vive."
E exige "delicadeza política."
.
Prof. Eduardo Marçal Grilo
.
"Estou preocupado com o movimento sindical. Há uma radicalização."
.
"Os professores pedem respeito mas também têm de se dar ao respeito."
.
O momento tem alguma delicadeza política. Nunca tinha visto greves como estas."
.
"Se a greve se prolongar após o Carnaval, receio que os sindicatos percam o apoio da população."
Na série de pergunta-resposta, orientada pela jornalista Andreia Sanches, destaco três momentos desta entrevista:

1ª - Mas não está preocupado com a escassez de professores? Como é que conseguimos cativar mais se não lhes dermos melhores condições, incluindo salariais?
    - Não é só uma questão de condições. As escolas têm de ser boas. As lideranças das escolas têm de ser boas. E o corpo docente tem de ser coeso e o mais fixo possível. Depois é o projecto de escola. E depois temos de valorizar os cursos de formação de professores e ver como é que fizeram, por exemplo, os finlandeses para valorizar o curso de formação de professores, para o tornar atraente.. Os professores são absolutamente essenciais. Esta coisa de os professores pedirem respeito... Na verdade, nos inquéritos de opinião , estão sempre nos primeiros lugares. Cá em baixo estão os políticos.

2ª - Os professores já estiveram melhor, a imagem degradou-se. Sobretudo em Portugal.
    - Temos de os pôr lá em cima! Agora também digo: os professores pedem respeito mas também têm de se dar ao respeito . Os pais, quando vêem alguns professores, com os chapelinhos ridículos na cabeça, a apitar com um apito na boca, a descerem a Avenida da Liberdade... isto não credibiliza muito os professores.
As pessoas que têm filhos nas escolas têm uma opinião muito pior. Têm a que lhes é dada pelos meios de comunicação, sobretudo pela televisões e pelas redes sociais. Podemos ter problemas graves, temos problemas de recuperação gravíssimos, temos problemas de falta de professores gravíssimos. Mas as escolas fazem trabalhos extraordinários, não são o caos."

3ª - Então temos professores que estão a radicalizar-se e um Governo que não é hábil a negociar?
    - Não sei se não está a ser hábil, mas sinto que o momento tem alguma delicadeza política. Nunca tinha visto greves como estas, e o Governo, para readquirir a credibilidade que deve ter, porque tem uma maioria absoluta e três anos e meio pela frente, tem de pensar nisto em termos muito políticos. É perigoso que um movimento quase inorgânico tenha capacidade de mobilizar muitas pessoas em torno de objectivos que, se calhar, não vão ser satisfeitos.
.
in "Público"
10.Fev.2023.

10 fevereiro 2023

Recordações...

Novembro de 1973
em Troia.
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                            Gi

09 fevereiro 2023

Parabéns!... 9 de Fevereiro

A Filomena faz anos hoje.
Parabéns!... e
uma bjoka grande.
.

Filomena Cachão Rodrigues

07 fevereiro 2023

Parabéns!... 7 de Fevereiro

A Aida faz anos hoje.

Parabéns, 
beijinhos e 
um dia bem passado.
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Maria Aida Caetano da Silva

Setubalense - 1975 - Julho

02.07.1975
CMS
O eng. Alberto Manuel de Sousa Pereira tomou posse do cargo de vice-Presidente da CMS.
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04.06.1975
“Só um exército revolucionário pode consolidara democracia e construir o socialismo.”
(Num artigo assinado por Rogério Severino.)
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07.06.1975
Veiga Simão foi afastado da função pública, por causa de “vigilantes”.
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09.06.1975
PSP
O cap. José Machado é substituído no comando da PSP,
pelo major Joaquim Ruivo de Oliveira.
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14.06.1975
Feira de Santiago,
este ano ainda mais revolucionária.
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18.06.1975
Diocese de Setúbal
Foi criada a Diocese de Setúbal, cujo prelado vai ser D. Manuel da Silva Martins.

05 fevereiro 2023

Eduardo Marçal Grilo...

 ...esta tarde em
Castelo Branco
apresenta novo livro
no "seu Liceu"

Prof. Eduardo Marçal Grilo
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e o livro de que é autor

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Eduardo Marçal Grilo, ministro da Educação no primeiro Governo chefiado por António Guterres, apresenta este domingo, pelas 17h30m,  na Biblioteca Egas Moniz, localizada na Escola Secundária Nun'Álvares, o seu último livro.
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"Salazar e a Educação no Estado Novo" apresenta-nos uma visão, distanciada e sem constrangimentos políticos ou ideológicos sobre a educação durante aquele período da vida portuguesa..
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"Decidi escrever este livro por um conjunto de razões (...) mas sobretudo porque tenho hoje a ideia de que só conhecendo bem o passado se consegue perceber o tempo que vivemos e ter uma noção do que será possível perspetivar para o futuro.
(...)
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a forma como exerceu o cargo de Ministro da Educação. 
"Muitas pessoas só perceberam o grande ministro que foi, anos depois de ter deixado o cargo".
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Em Castelo Branco, a obra será apresentada por António de Carvalho, director do Agrupamento de Escolas Nun'Álvares.
A realização desta apresentação em Castelo Branco resulta da vontade do autor, que procurou o antigo Liceu de Castelo Branco onde estudou, para concretizar a iniciativa.
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NB 1 - O texto que aqui deixo é  um simples "apanhado"  de um artigo da autoria de João Carrega que fui "buscar" ao jornal "Reconquista".  Creio que não irá zangar-se comigo, por este meu "atrevimento".
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NB 2 - Para o Eduardo Grilo envio um grande abraço e gostaria de estar hoje presente nessa Sala, onde ainda recordo as "malandrices" que fazíamos á "inesquecível" Dona Antónia, a funcionária que então tomava conta da Biblioteca, e de nós, quando havia qualquer falta de um Professor... Era o Reitor Joaquim Sérvulo Correia quem mandava... Passados quase 80 anos, podemos estar-lhe ainda muito gratos por tal decisão que tomou!... 
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NB 3- Descobri agora mesmo um apontamento, que escrevi em Abril de 2007, que demonstra como estas passagens pela Biblioteca nos foram muito úteis. 
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"Os anos foram passando… Mas a recordação pelo gosto da leitura, em geral, que ganhei naquela Sala, e a memória que me ficou daquele velho Guia de Portugal, de Raul Proença, marcaram muito a minha vida.
Foi por isso que rejubilei quando, em Janeiro de 1983, a Fundação Gulbenkian anunciou a publicação do “texto integral que reproduz fielmente a 1ªedição publicada pela Biblioteca Nacional de Lisboa em 1924

Exactamente com o mesmo aspecto saiu, em Fevereiro de 1983, uma edição de 7000 exemplares, em tudo semelhante ao original de Raul Proença.
E no decorrer dos anos seguintes, a Fundação Gulbenkian foi publicando todos os outros.
"Tenho agora todos os volumes desta Obra que comecei a “consultar” quando tinha apenas 10 ou 11 anos… porque o Reitor, um “tirano”, nos mandava passar os feriados na Biblioteca do Liceu…"
.
Setúbal,
05.02-2023
11h 00m

04 fevereiro 2023

Hoje, no "Público"...

...na "coluna"
"Importa-se de repetir?"
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"A liberdade é como o ar: ninguém repara quando é puro. mas asfixia-se quando é rarefeito."
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Dmitry Glukhovsky
escritor russo

02 fevereiro 2023

Humor antigo...

 ...com o traço 
característico de
Lassalvy.
.
- Que disparate! A baterem-se por causa de um binóculo!...

01 fevereiro 2023

Hoje, no "Público"...

 A economista 
Maria João Marques
também se refere a uma 
"Greve de terra queimada".
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Maria João Marques
.
"Os professores têm motivos de queixa.
Merecem a solidariedade do país
Isto dito, também há que dizer que as greves têm limites."
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e, mais adiante:
" O Stop tem provocado o caos. Já não se percebe se o objectivo é vergar o Governo às pretensões dos professores se é gerar um ambiente de contestação pré-revolucionário.!
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e já no fim:
" No segundo confinamento da pandemia, as escolas mantiveram-se abertas para receber crianças sinalizadas pela CPCJ e as recetoras da Acção Social Escolar. É sabido da necessidade de vigilância pela escola dos alunos que vivem em contextos potencialmente violentos. Há alunos pobres que precisam das refeições que tomam nas escolas. E, no entanto, o Stop quer fechar as escolas, deixando crianças sem refeições e sem vigilância da violência que vivem. Os serviços mínimos foram acordados em arbitragem, garantindo que as escolas se mantêm abertas, não estando sequer abrangidos números mínimos de aulas. Ora o Stop contesta até esta decisão minimalista envolvendo o pessoal não docente.
Chegados a este ponto, a greve do Stop é uma greve indigna.
Uma coisa é uma greve. Outra coisa é terra queimada.
.
in. "Público"
01.02.2023