Páginas

30 maio 2023

Na rua dos Ourives...

 ... lá mesmo ao fundo resvés com o
   Largo da Misericórdia.
   No restaurante "Novo Dia".
    A Data?... Creio que em 1956
        
Não sei se teria havido algum motivo especial para tal "reunião"... mas não era necessário que houvesse qualquer motivo especial para se fazerem uns "almoços entre Amigos"...
         .
  O médico Dr. Gaston de Sousa, o ourives Sr. José Arôcha, o industrial Leonardo Pereira, o médico Dr. Luís Serra Pinto, o professor Dr. Estêvão Moreira e o Nuno da Mesquita Pires, "futuro" despachante da alfandegário...
.
Foi no Restaurante Novo Dia, que existiu num primeiro andar já no Largo da Misericórdia, um pouco mais em frente da Ourivesaria do Sr. José Cândido Arôcha.
Três jovens, no início da sua vida profissional, acompanham outros tantos, mais velhos e já instalados na vida. A todos, os mais velhos, aqui deixamos uma recordação cheia de saudade. 
Os outros, os mais jovens, ainda hoje dizem Presente!... (*)
Comemoravam ali, os 44 anos do Sr. José Cândido Arôcha 
.
NB (*) - Esta foto foi-me cedida pelo Luís Filipe Arôcha, em 2006. A legenda que deixo em cima referia-se àquela data. Mas, na verdade,  hoje já nenhum deles "por cá anda"...
É sempre com muito gosto que relembro figuras que deixaram bom nome na cidade de Setúbal. 
.
Setúbal
30.05.2023

28 maio 2023

Este "apontamento"...

... foi escrito em 28/12/2000.

"Esta noite, num intervalo da novela, liguei para o Canal Hollywood. As imagens que vi logo me disseram tratar-se de um filme que vi pela primeira vez há muitos...muitos anos, no Casino da Figueira da Foz. Tratava-se do filme “From here to eternity”, i.e., “Até à eternidade”. 

Até à eternidade
.

        Pensava que jamais assistiria a uma cena que foi das que mais marcou a minha juventude e me emocionou até às lágrimas. No momento em que comecei a ver o filme, o personagem interpretado pelo Frank Sinatra, um soldado americano, morria nos braços de um companheiro (interpretado por Montgomery Clift). E, logo a seguir, este último, já no entrar da noite, de lágrimas nos olhos, iniciou o celebérrimo “Toque de Silêncio” com um trompete que parecia chorar também...No vasto quartel, de espaços exteriores desertos, a câmara do realizador focava lenta e repetidamente, os companheiros de “Sinatra” que acabava de morrer, dando-nos em certa altura um plano intenso de um sargento duro do exército dos EEUU interpretado por Burt Lencaster.

        Aquela cena em que o toque do clarim aparece tão vivo e tão cheio de pungência fazendo-se ouvir no espaço deserto de uma noite dramática passada num quartel manteve-se “viva” mais de cinquenta anos... O mesmo arrepio que me paralisou no Casino da Figueira da Foz, quando em 1949 ouvi aquele solo de Clarim...voltou a apertar-me o coração cinquenta anos passados... 

27 maio 2023

Na sua página...

 ..."Elogio do vinho"
no "Público" desta manhã,
Pedro Garcias 
escreve algumas "coisas" com muito humor...
.
Pedro Garcias
.
(...)
Chegando a sexagenários, e eu estou quase lá, passamos a dar mais importância aos relacionamentos e a valorizar cada vez mais as coisas boas, como beber um belo vinho na companhia dos amigos. Bate certo com Miguel Esteves Cardoso, por exemplo, a quem invejo a capacidade de escrever sabiamente sobre o que realmente interessa, sejam cerejas, sardinhas ou vinhos de Colares. Até a "Música triste" que sugere durante a semana na Antena 1 é alegre.
Depois li o texto de sábado de António Barreto no Público e entrei de novo em depressão. Na sua teoria, o que se passou no Ministério das Infra-Estruturas pode envolver "muito dinheiro, muitos interesses, enormes favores e imensas negociações". E tem "procedimentos" e uma "moral" semelhantes ao que se passa "na máfia, nos gangs de Nova Iorque, entre oligarcas de Moscovo, nas redes de tráfico de droga, no mercado do sexo e dos trabalhadores clandestinos, nos serviços de emigrantes, no comércio de armamento, nos arranha-céus de magnatas do petróleo ou nos resorts dos bilionários dos metais raros". Isto tudo? E os militares ainda não decretaram o recolher obrigatório?
Eu, na pureza da minha inocência, julgava que  se tudo se resumia a uma cena de putos reguilas, parecida com as que tínhamos na escola.
 - Mentiroso!
 - Mentiroso és tu!
 - Vou fazer queixa ao meu pai!
 - E eu vou fazer ao meu, que é mais importante.
 - O meu produz 100 pipas de vinho...
 - E o meu produz 200 pipas de azeite e tem um trator e um jipe.
 - Mas a minha mãe...
Depois vinha o professor, agarrava os dois pelas orelhas, dava-lhes um sermão e ditava a sentença:
duas semanas a limpar as latrinas da escola e cinco reguadas a cada um como começo do castigo. Ninguém se ficava a rir.
Isso era antigamente. Agora, já nem os fantasmas assustam a catraiada. Cavaco Silva, por exemplo, voltou a dar sinal de vida e ninguém fugiu. Irritou alguns tolos socialistas, mas o resto do povo foi ver o Sporting-Benfica."
.
in. "Fugas"
no "Público" desta manhã.
27.Maio.2023


25 maio 2023

Estou farto e cansado!

 ... o ponto de exclamação é meu.
.
Todo o resto é o título de um artigo que 
o Prof. Eduardo Marçal Grilo
escreve hoje no jornal 
"Público" 
e que irá, com toda a certeza, dar muito que falar .
 .

Prof. Eduardo Marçal Grilo
.
Sim, estou farto de quase tudo o que ouço e vejo à minha volta.
Mas também estou cansado de ouvir e ler sempre os mesmos a dizerem as mesmas coisas, como se conhecessem as soluções para todos os problemas, mas que nunca nos apresentaram  uma única ideia ou proposta para a solução dos problemas com que o país se confronta.
Sim, estou farto de ver os políticos a criar conflitos inúteis, como estou farto de ver as televisões a massacrar os telespectadores com programas de futebol intermináveis e em que para entreter se criam conflitos sobre penalties, expulsões e foras-de-jogo.
Estou cansado de ler as notícias da corrupção que corrói a democracia e alimenta populismos. Estou cansado de ver os moderados sem voz e sem presença nos media. Estou cansado e triste por ver pessoas "queimadas" na praça pública com notícias falsas ou com acusações infundadas. Estou farto de ver títulos de jornais que não correspondem à notícia a que se referem.
Estou farto de conferências, colóquios e seminários em que os que falam e os que ouvem são sempre os mesmos. Estou farto dos debates  em que nós todos já sabemos o que cada um vai dizer.
Estou cansado e triste quando vejo os militantes dos partidos abdicarem de dizer o que pensam.
Estou farto de ver gente em lugares de responsabilidade comportarem-se como membros de uma associação de estudantes do ensino secundário.
Estou cansado e triste por ver deitados para o lixo trabalhos que foram feitos por organizações credíveis que só querem contribuir para melhores soluções para os problemas do país.
Estou farto da arrogância de alguns que nos querem impor as agendas das minorias 
Como também estou cansado dos excessos em torno da cultura de género.
Estou cansado das notícias que justificam os processos judiciais se tornem intermináveis.. Estou farto dos que lucram com todo este emaranhado jurídico dos processos lançados pelo Ministério Público.
Estou também indignado com os processos lançados contra pessoas que, quando julgadas, se provou nada terem feito de mal.
Estou farto de ver incompetentes a exercer cargos para os quais não têm qualquer qualificação
Estou cansado e farto de ver nas televisões o rigor substituído pelo espectáculo. Estou farto de ver muita gente interessada em estar do lado do problema do que do lado das soluções. E também estou cansado de ver que em certos casos são eles mesmos o problema.
Como também estou cansado dos que gostam mais de destruir do que construir- Estou cansado de ver tanta inveja e tanta vontade de deitar abaixo os que fazem qualquer coisa que se veja.
Confesso igualmente que estou cansado das notícias sensacionais que duram menos de 24 horas, porque foram forjadas com objectivos inconfessáveis.
Estou cansado de não ver enaltecido o que de muito bom se faz em Portugal, seja nas empresas, nas universidades, nas escolas ou nos hospitais. Como estou farto de ver  aqueles que, como portugueses, gostam de se autoflagelar. Estou cansado de ver televisão e até de ler jornais.
Sim, estou cansado de viver num país que adoro, mas que me trás grandes frustrações quase todos os dias. Tanta frustração deve talvez ser da idade e da falta de paciência que tenho para aturar tantos disparates.
Nota final: estou triste, cansado e farto de muitas coisas, mas não sou um desistente.
Estarei sempre disponível para lutar contra os populismos e contra os inimigos da democracia, procurando que não nos toquem na liberdade e que, sem complexos ideológicos, se encontrem, com moderação, equilíbrio e bom senso, as soluções para os problemas que enfrentamos.
.
in "Público"
25.05.2023

Tina Turner...

 ...morreu uma grande Senhora.
.
"Não quero necessariamente ser uma pessoa forte. tive uma vida terrível. 
Limitei-me a continuar. Limitas-te a continuar, e esperas que algo apareça"
.
Diz o "Público":
"Voz soul poderosa como poucas, performer de excepção, estrela pop de primeira grandeza.
.
Tina Turner, a de "Proud Mary e The best, exemplo de superação e persistência, morreu ontem aos 83 anos.

Tina Turner
(1939-2023)

E mais adiante podemos ler no artigo do meu Jornal:
"Estávamos em 1976 e dirigia-se para mais um concerto. Mais uma discussão, a violência machista a cair sobre ela novamente, pela última vez. Tina Turner foge do hotel. Levava consigo 36 dólares. O divórcio chegaria dois anos depois. Tina ficou com dois carros. Mais importante, ficou igualmente com o direito a manter o nome artístico.
Nos anos seguintes, tentou e falhou em estabelecer-se em nome próprio, percorreu todos os palcos que estivessem disponíveis. Estava a um passo de se tornar uma figura do passado, remetida às digressões nostálgicas de velhas glórias. E, então, algo extraordinário aconteceu. Uma versão do clássico do Al Green, Let's stay together, devolve-a em 1983 às tabelas de vendas. no ano seguinte o regresso tornou-se oficial. O álbum Private Dancer foi mais do que um regresso, foi um renascimento.
.
Este apontamento retirado do jornal "Público", desta manhã, termina da melhor maneira:
Há pouco mais de um mês, num questionário, perguntaram-lhe como gostaria de ser recordada.
"Como Raínha do Rock'n'roll. Como mulher que mostrou a outras mulheres que não há problema em lutar pelo sucesso segundo os seus próprios termos". 
Missão cumprida, rainha Turner.
.
Deus te tenha em descanso.
.
in. "Público", desta manhã
     25 de Maio de 2023

24 maio 2023

Parabéns!... 24 de Maio

A Gabriela faz anos hoje.
Um belo dia com mil prendas
e muita alegria.
.
Dr.ª Maria Gabriela Costa

23 maio 2023

O Governo parece...

 ... o "Sozinho em Casa"
.
Mais Galamba menos Galamba, deve ficar tudo na mesma e António Costa prosseguirá a caminhada para o desastre coletivo.
.
Eduardo Oliveira  Silva
(Jornalista)
.
1. O Governo parece o “Sozinho em Casa”. Faz asneiras sucessivas. Não vale a pena perder muito tempo com as joão-galambices do próprio e de outros. O problema está mesmo na falta de sentido de Estado, amplamente demonstrada, sábado, na arrasadora intervenção de Cavaco Silva. Uma pedrada no charco! O ex-Presidente não se limitou a denunciar o desastre da governação de António Costa e a incentivar Montenegro, fazendo-lhe um guião de estratégia que recentra o PSD na social-democracia legada por Sá Carneiro, afastando-o pré-eleitoralmente dos liberais e do Chega. Cavaco deixou ainda um recado ao seu sucessor em Belém, lembrando-o que em democracia há sempre soluções. Uma seria, como sugeriu, a tomada de consciência por parte de António Costa que o levasse a demitir-se. Cavaco fez uma análise duríssima, mas realista, da situação. Como dizem depreciativamente os trasmontanos, estamos entregues a “uns quaisquer”. A degradação é, lamentavelmente, ilustrada pelas picardias entre os dois principais responsáveis do país, o Presidente e o primeiro-ministro. Chegam ao ponto de um comer gelados, ir ao multibanco ou dar um jeito na calçada em momentos críticos, usando um discurso de indiretas e imagens. o outro não encontrou melhor do que ir a um concerto rock no momento em que um seu ministro o envolvia num caso de intervenção ilegal dos serviços secretos. Neste rol surgiram até anúncios de comunicações aos jornalistas, em Belém, que foram depois inexplicavelmente desconvocadas. É, entretanto, óbvio que António Costa já não tem noção dos erros que comete e deixa cometer. Não vale a pena procurar um racional em tudo o que vivemos porque não há. O Governo está em autogestão. Costa vive em negação permanente e não vai mexer nele tão cedo. O “galambagate” e os seus desenvolvimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não ilustram apenas um país à deriva e uma classe dirigente deplorável. Traduzem um contexto em que nem sequer se consegue discutir a substância da TAP, a maior e mais importante empresa portuguesa. Pode ser cara, mas é também a que mais retorno nos dá. A falta de documentação sobre o passado recente da companhia e a prestação de quase todos os depoentes na CPI é deprimente. Há dias, por exemplo, o ex-presidente da Parpública apresentou-se no parlamento com um ar de sabichão. Mas logo vacilou quando não conseguiu explicar porque é que a operação de privatização não constava das contas do gigantesco grupo estatal que integra a companhia. São aspetos reveladores. Afinal quem gere o país? Quem mexe os cordelinhos? Quem decide preços? Quem vende e quem decide o comprador? Já se percebeu que os governantes não estão em geral capacitados para o fazer e que os seus acólitos também não têm competências para isso, além de todos terem uma relação difícil com a verdade. O mistério do Portugal de hoje é descobrir quem na verdade governa. Quem são os novos donos disto tudo? Quem são os mandantes e as marionetas? O nível de laxismo e de incompetência é desolador. Há de dar jeito a interesses a circunstância do ministro das Infraestruturas (onde estão os supernegócios) não dominar o plano estratégico da TAP, que não leu todo ou de todo. Esse ponto é mais grave do que ter um gabinete onde há lambadas a granel, polícias e espiões à mistura e supostos roubos de computadores e documentos. Toda a história está mal contada. Talvez as peritagens aos famosos computador e telemóvel do estranhíssimo assessor oriundo do Bloco sejam esclarecedoras, se não durarem anos a serem feitas. Para já, com mais Galamba ou menos Galamba, não é expectável que o rumo da governação do país possa ser corrigido. António Costa não é manifestamente do género de se demitir como Cavaco Silva lhe recomendou. Antes pelo contrário.
.
Hoje no "Jornal i"
23.05.2023

Em 3 de Dezembro do ano 2000...

 ... escrevi um "apontamento"
referente à leitura do "Público"
saído naquele mesmo dia.

Ray Bradbury, autor das “Crónicas marcianas” e do “Fahrenheit 451”, agora com 80 anos, garante que nunca pensa no futuro! Mas está a mentir... Numa coisa ele tem razão. É quando diz que “Estamos a criar uma geração de idiotas.
.
Esta manhã, enquanto aguardava pelo "fim de um dia de serviço", seriam 8h20m, estacionei na Rodrigues Manito para ler os jornais. Dei por mim com as lágrimas irrepremíveis a brotarem dos meus olhos. O conto da Laurinda  Alves fez-me lembrar, pelas semelhanças, a noite de 15 para 16 de Maio...
.
Apenas dois apontamentos retirados de António Barreto, em "Retrato da Semana".

1º. Das Tábuas da sabedoria persa:
     Ter muitos rivais pode ser perigoso
    Ter um só rival é pior do que ter muitos
    Não ter rival é pior do que só ter um.

2º. A propósito "de quê tem medo Sampaio?"
    É, acima de tudo, "self righteous", expressão para a qual não encontro expressão em português e que os dicionários definem: pessoa excessivamente convencida da sua virtude ou consciente da sua rectidão. Sampaio vive no pavor de não ser compreendido." 
.
in. "Público"
03.12.2000

21 maio 2023

Ando a reler "coisas antigas"...

... e deparei hoje com um "apontamento"
que escrevi em 26 de Outubro de 2011.
.
"Tive hoje dois contactos através do meu blogue. 
Um deles, da Margarida Carriço (Monteiro Grillo), que se referia a um poema que inseri hoje no meu blogue e cuja ideia eu lhe “roubei”, no Facebook,  num apontamento a que ela chamou “Benção irlandesa”.
.
Dizia assim: 
”Olá João! Já me fez rir... gostei! Como já me tinha avisado, não era preciso especificar a proveniência. Obrigada! Abraço amigo, Margarida”
.
A Margarida Carriço referia-se a um post que publiquei naquele dia, sob o título "Benção irlandesa..." e que aqui transcrevo:

Benção irlandesa...
Lindo...

O arco-iris...

"Que Deus lhe dê:
Para cada tempestade, um arco-íris.
Para cada lágrima, um sorriso.
Para cada cuidado, uma promessa.
E uma bênção para cada provação.
Que para cada problema,
A vida lhe traga alguém fiel com quem dividi-lo.
Por cada olhar, uma doce canção.
E, para cada oração, uma grande resposta.

.
("roubado" no fb, à Margarida Carriço...)

.
... e tão verdadeiro ontem como hoje!...

19 maio 2023

Singularidades...

.
Uma "Singularidade"
Sucede sempre que eu entro
Num "Campo de gravidade"
Com o teu Corpo no centro...

 Não se aplicam mais as Leis
Que regem o Universo ! ...
Se estás por perto no espaço
Logo me sinto submerso...
 
De um Big-Bang estelar
Em energia envolvida...
Uma Estrela singular
Gravita na minha Vida...
 
A Luz forte que irradia
Para o Espaço envolvente...
São os Fotões dos seus olhos
Quando me olham de frente...

jjmatos
em Alpedrinha
26.05.1996

18 maio 2023

Já lá vão 70 anos...

 ... em Évora
eu fui o "fotógrafo".
.
...foi numa viagem dos finalistas do Liceu de Nun'Álvares, que reencontrámos 
o Luís Calheiros Veloso Sampaio, 
que tinha sido finalista, em Castelo Branco, dois anos antes, no ano lectivo de 1950/51

Em 15 de Fevereiro de 1953.
De pé, o Júlio Casaleiro, o Luís Sampaio "laranjinha" 
e o Luís Marçal Grilo. 
Em primeiro plano, o Manuel de Sena Boléo.

16 maio 2023

Poema de Janeiro...

Gosto imenso deste poema
mas... não sei quem é o autor.
Alguém me ajuda?!...

POEMA DE JANEIRO

É Janeiro… 
Noites frias 
Dias cinzentos de nevoeiro
Gelam os pés, as mãos,
O corpo inteiro. 
Fecha-se a noite,
Cai o relento.
E no terreiro
Ouve-se o vento.
 
Tranca-se a porta
E ao serão,
Junto à lareira,
Os dois lá estão
Lendo ou rezando
E aconchegados
De vez em quando
Trocam carícias de namorados. 
  
O sono chega,
O livro cai,
E o terço,
Já no regaço
São o sinal de que são horas.
E sem demoras
Os dois se vão num longo abraço.
. 

15 maio 2023

Humor antigo...

com o traço de um
... autor desconhecido.
.
- Isto é para que o senhor pare de me chamar "minha ondinha quente", ouviu bem?!...

14 maio 2023

Escritas antigas...

 Foi em 31 Outubro 1966
que escrevi este breve "apontamento":
.
"Dr. José Antunes Teodósio.
Faleceu ontem, em Coimbra, o Sr. Dr. José Antunes Teodósio que, durante anos, foi professor efectivo da Escola Industrial e Comercial de Setúbal, tendo também leccionado no Externato Liceal Frei Agostinho da Cruz. 
Era natural da Zebreira, no concelho de Castelo Branco (!?). 
Tinha 62 anos.
.
(Fui amigo do Dr. Teodósio que integrava um “belo grupo de gente com mais idade” que reunia no Café Central, e ao qual fiquei a dever muito daquilo que sou. Era sogro do Coronel Simão Malcata, um antigo aluno do Liceu de Castelo Branco que ali terminou o curso liceal, em 1948/49.)

12 maio 2023

No dia 12 de Maio...

... de 2010,
publiquei aqui um 
"Escrito na pedra"
que está sempre actual...
.
"O nosso passado... aí tendes o que nós somos.
Não há outra maneira de julgar as pessoas."
.
Oscar Wilde
poeta e dramaturgo irlandês
1854-1900

11 maio 2023

Na "Ceia dos Cardeais"

(...)

 Cardeal Montemorency

    Sou um velho, também… Um velhinho com o ar
    De quem viveu feliz e envelhece a cantar…

Cardeal Gonzaga

    Em tendo a nossa idade
    Verá que o relembrar coisas da mocidade
    É o prazer maior que podem ter os velhos…

Cardeal Montemorency

    Eu sei, eu também sei… Recordar é viver
    Transformar num sorriso o que nos fez sofrer
    Ressurgir dentro d’alma uma idade passada
    Como em capela de oiro, há cem anos fechada
    Onde não vai ninguém, mas onde há festa ainda…
    Se eu não hei-de saber como a saudade é linda!
    Se eu não hei-de saber!...
.
Júlio Dantas
In “A Ceia dos Cardeais”
1902

10 maio 2023

Recordações...

Castelo Branco
    01.12.1968 

                   GI

09 maio 2023

No espaço "Rédea solta"...

 ... no "Jornal i "
Hoje, dia 9 de Maio.
.
assinado por 
Eduardo Oliveira e Silva
.

Eduardo Oliveira e Silva
.
3. O enredo de Costa teve uma resposta dura do Presidente da República, que, pela primeira vez, se assumiu como sendo de direita. A melhor parte do discurso foi o preâmbulo em que lembra a deplorável governação que faz com que os proclamados resultados económicos não cheguem às pessoas, que continuam a viver mal. Tivesse o PR feito observações dessas mais vezes e em momentos solenes do Estado (como o 25 de Abril) e talvez Costa não tivesse o topete de o afrontar ou não escolhesse gente tão desqualificada para o Governo. Desta vez Marcelo teve de deixar o estilo português suave. Desfez o caráter de Galamba e por tabela o de António Costa. Só alguém sem pinga de vergonha aceita ficar ministro depois daquilo. Lá diz o nosso povo que quem não tem vergonha todo o mundo é seu. Galamba vai manter-se, embora para sair lhe baste mudar uma palavra na nota que mandou a Costa. É só substituir “pedir por apresentar” a demissão. É coisa que não vai fazer tão cedo, mas é óbvio que está morto politicamente. Até por isso não é de excluir a hipótese de, mais adiante, António Costa mexer no Governo, possivelmente logo que a venda da TAP esteja negociada. Essa necessidade é tão provável que não é por acaso que tem sido afirmada (por alta recreação e talvez com o beneplácito de Costa) por Carlos César. O presidente do PS vai assim consolidando o seu perfil de candidato a Belém, bem mais adequado do que o do troglodita político Santos Silva. Em síntese: é uma evidência que a equipa governativa tem de levar uma volta e António Costa sabe isso melhor do que ninguém.
.
Jornal i
09.05.2023

Um poema...

... de António Botto
.
António Botto
(1897 - 1959)
.
…e eu te visse pobre e nua…
Ó Pátria mil vezes Santa.
--Meu Portugal, minha terra,
Onde vivi e onde nasci!
.
Na tua História me perco,
E nela tudo aprendi.
.
Mesmo que fosses pequena
E eu te visse pobre e nua,
--Ninguém ama a sua Pátria por ser grande,
Mas sim por ser sua!
.
António Boto
In. “Baionetas da Morte”
1936
.
António Botto
Ainda criança foi viver para Lisboa, tendo sido empregado numa livraria. Após várias viagens ao estrangeiro regressou a Portugal, onde viveu até ser expulso do funcionalismo público em 1942. Partiu então para o Brasil onde veio a falecer, atropelado, em 1959.

" A obra de António Botto ajusta-se geometricamente a tudo quanto seria de esperar da obra de um esteta. Canta a vida, mas nas mesmas palavras em que a canta, a renega; o que sente nela de belo é o que dela se perde..." 
Fernando Pessoa

07 maio 2023

Hoje, no "Público"...

 ... uma "legenda errada"!?...
.
"Carlos e Diana enfim coroados...
.
NB:
Só uns momentos mais tarde me apercebi que também o meu jornal fazia uma referência destacada à vida da Princesa Diana, num  artigo assinado pela jornalista Carla B. Ribeiro que destacou como título 

Diana, "rainha do povo"
De que destaco alguns parágrafos
.
"Dezenas de milhares de pessoas (o número era apontado pela Reuters a meio da tarde deste sábado) amontoaram-se nas ruas londrinas para saudar o coroado rei Carlos III e a rainha Camila. Menos compareceram para se manifestarem contra a monarquia – “Not my king” (“não é o meu rei”), lia-se em vários cartazes. 
...houve quem tivesse saído à rua para declarar uma espécie de “Not my queen” (“não é a minha rainha”). Só não se tratava de nenhum manifesto antimonárquico.
.
Princesa Diana
.
Diana, primeira mulher de Carlos, que entrou nas vidas dos britânicos (e de milhões de pessoas de todo o mundo) como uma jovem educadora de infância tímida, de cabelos loiros curtos e olhos azuis tristes, roubou, logo no primeiro instante, o afecto que muitos nutriam pelos mais importantes membros da família real. Foi a ideia – falsa (o pai era conde e a mãe era filha de um barão) – de que era plebeia; a forma como Carlos a tratava, lida pelo público como distante; a maneira como se transformou numa mãe carinhosa.
...
E, enquanto chegava aos noticiários internacionais pelas suas causas, a sua elegância conquistava capas de revistas em todo o mundo e encantava quem com ela se cruzava, fosse actor, designer, político ou uma criança deitada numa cama de hospital.
.
Por tudo isso, a princesa de Gales (título tão associado a Diana que se manteve vazio até William ter ocupado o lugar do pai como o herdeiro) foi criando um culto à sua volta. E nem as traições assumidas lhe causaram dano à imagem. Era Carlos que era o adúltero, e Camila, a “Rotweiller– que, “quando trinca alguém, nunca mais larga” (a afirmação é atribuída a Diana pela sua amiga Simone Simmons) –, culpada pelo fim do casamento que, em 1981, deixou milhões com os olhos postos no pequeno ecrã. A adoração que lhe era dedicada contrastava com alguma desconsideração manifestada pelo príncipe: em eventos públicos, a multidão apenas queria saber dela, cumprimentando Carlos apenas por cordialidade.

Diana morreu. Demasiado nova: tinha 36 anos. Já não fazia parte da família real, mas os milhões que choraram a sua morte obrigaram, na época, Isabel II a se render: não tendo sido um funeral de Estado, foi organizado praticamente como se fosse. E, à parte do título de princesa de Gales, que manteve com o divórcio, foi no dia da sua morte que conquistou a maior honra, quando o então primeiro-ministro Tony Blair lamentou a morte da “princesa do povo”.

E, neste sábado, a sua memória voltou para causar sombra a Carlos (e, claro, a Camila), estando o nome de Diana entre as tendências nas redes sociais, onde os maiores saudosistas encontraram um palco para carpirem a saudade pela sua “rainha do povo”.

06 maio 2023

Humor antigo...

... com o traço de
A. Cypson
.

 - Não se importe, meu amigo. Quando Petrovski, o maior hipnotizador do mundo despertar sua mulher, ela não se lembrará de nada...

05 maio 2023

De novo o Alfredo Noales...

A propósito de um "post" que aqui publiquei há dias no qual eu recordava um amigo dos tempos da Associação e Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, ainda na rua da Escola Politécnica, por volta do ano lectivo de 1955/56, recebi uma mensagem de um outro Amigo que frequentou o "nosso Liceu" mais recentemente... mesmo assim já no início dos anos 60...
Tornou-se um investigador que passa grande parte do seu tempo metido na Biblioteca Nacional, em Arquivos vários como o da Torre do Tombo que tem frequentado com alguma frequência.
.
Volto a publicar a foto que deu origem ao "voluntário esclarecimento" que este meu Amigo agora me apresenta.

Com o Alfredo Noales à nossa direita
( ver post do dia 18 de Abril 23 )
.
E menciono agora a informação que agora recebi deste aluno antigo, do nosso Liceu:
.
Caro Dr. Matos
Estava no meio do meu trabalho a consultar alguns documentos online no Arquivo da Torre do Tombo quando me lembrei de uma referência, na sua página, ao Alfredo Noales Rodrigues.
Fui consultar o arquivo da PIDE e encontrei o registo prisional dele (Anexo 1 ).
De caminho fiz algumas pesquisas adicionais e:
Encontrei uma fotografia dele no Arquivo do Museu do Aljube. 
E fiquei a saber, em resumo, que:
Noales casou com a Maria Helena Martins dos Santos Pato em 1960.
Saiu de Portugal em 1962, para não ser preso pela PIDE.
Foi para Paris e Helena foi ter com ele.
Tinha um linfoma que ainda não tinha sido diagnosticado.
Foi definhando.
Exilado político, tinha o desejo de vir morrer a Portugal, perto dos pais e da restante família.
Foram feitas diversas diligências junto da PIDE, pedindo que Alfredo pudesse regressar sem correr o risco de ser detido.
Alfredo voltou em novembro de 1965.
Saiu do avião em cadeira de rodas
, os pais estavam à espera dele foi detido pela PIDE para interrogatório.
Morreu um mês depois, em 2 de dezembro desse ano.
.
Fiquei a saber o que teria sido feito do Alfredo Noales, depois de eu ter deixado a AEFCL e ter ido estudar para a Cidade invicta. Nunca mais eu tinha ouvido falar dele.
.
Com os devidos agradecimentos 
a quem fez esta actual pesquisa

NB - 
Anexo 1 


04 maio 2023

Pensamentos...

Em 23  Fevereiro  2000,
na mIRC
.
“Meu caderninho de telefones mais parece um cardápio. Faz tempo que não como nada...

Gabriel, o Pensador.