A propósito de um "post" que aqui publiquei há dias no qual eu recordava um amigo dos tempos da Associação e Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, ainda na rua da Escola Politécnica, por volta do ano lectivo de 1955/56, recebi uma mensagem de um outro Amigo que frequentou o "nosso Liceu" mais recentemente... mesmo assim já no início dos anos 60...
Tornou-se um investigador que passa grande parte do seu tempo metido na Biblioteca Nacional, em Arquivos vários como o da Torre do Tombo que tem frequentado com alguma frequência.
Tornou-se um investigador que passa grande parte do seu tempo metido na Biblioteca Nacional, em Arquivos vários como o da Torre do Tombo que tem frequentado com alguma frequência.
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Volto a publicar a foto que deu origem ao "voluntário esclarecimento" que este meu Amigo agora me apresenta.
Volto a publicar a foto que deu origem ao "voluntário esclarecimento" que este meu Amigo agora me apresenta.
Com o Alfredo Noales à nossa direita
( ver post do dia 18 de Abril 23 )
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E menciono agora a informação que agora recebi deste aluno antigo, do nosso Liceu:
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Caro Dr. Matos
Estava no meio do meu trabalho a consultar alguns documentos online no Arquivo da Torre do Tombo quando me lembrei de uma referência, na sua página, ao Alfredo Noales Rodrigues.
Fui consultar o arquivo da PIDE e encontrei o registo prisional dele (Anexo 1 ).
De caminho fiz algumas pesquisas adicionais e:
Encontrei uma fotografia dele no Arquivo do Museu do Aljube.
E fiquei a saber, em resumo, que:
Noales casou com a Maria Helena Martins dos Santos Pato em 1960.
Saiu de Portugal em 1962, para não ser preso pela PIDE.
Foi para Paris e Helena foi ter com ele.
Tinha um linfoma que ainda não tinha sido diagnosticado.
Foi definhando.
Exilado político, tinha o desejo de vir morrer a Portugal, perto dos pais e da restante família.
Foram feitas diversas diligências junto da PIDE, pedindo que Alfredo pudesse regressar sem correr o risco de ser detido.
Alfredo voltou em novembro de 1965.
Saiu do avião em cadeira de rodas, os pais estavam à espera dele e foi detido pela PIDE para interrogatório.
Caro Dr. Matos
Estava no meio do meu trabalho a consultar alguns documentos online no Arquivo da Torre do Tombo quando me lembrei de uma referência, na sua página, ao Alfredo Noales Rodrigues.
Fui consultar o arquivo da PIDE e encontrei o registo prisional dele (Anexo 1 ).
De caminho fiz algumas pesquisas adicionais e:
Encontrei uma fotografia dele no Arquivo do Museu do Aljube.
E fiquei a saber, em resumo, que:
Noales casou com a Maria Helena Martins dos Santos Pato em 1960.
Saiu de Portugal em 1962, para não ser preso pela PIDE.
Foi para Paris e Helena foi ter com ele.
Tinha um linfoma que ainda não tinha sido diagnosticado.
Foi definhando.
Exilado político, tinha o desejo de vir morrer a Portugal, perto dos pais e da restante família.
Foram feitas diversas diligências junto da PIDE, pedindo que Alfredo pudesse regressar sem correr o risco de ser detido.
Alfredo voltou em novembro de 1965.
Saiu do avião em cadeira de rodas, os pais estavam à espera dele e foi detido pela PIDE para interrogatório.
Morreu um mês depois, em 2 de dezembro desse ano.
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Fiquei a saber o que teria sido feito do Alfredo Noales, depois de eu ter deixado a AEFCL e ter ido estudar para a Cidade invicta. Nunca mais eu tinha ouvido falar dele.
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Com os devidos agradecimentos
a quem fez esta actual pesquisa
NB -
Anexo 1
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