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28 fevereiro 2017

Carnaval em Vanicelos...

Foi na noite de 2 de Fevereiro,
um sábado de Carnaval.
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Um grupo de "folionas" deu "espectáculo"...
Era uma "diabrete", uma "coelhinha", uma "princesa" e uma "irmãzinha da caridade".
Um bocado de boa disposição que nos divertiu imenso.

27 fevereiro 2017

Eles foram professores do Liceu...

Luís Teixeira de Macedo e Castro
Era licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.
Foi professor do 2ºGrupo (Francês) tendo tomado posse em 18 de Outubro de 1906, no ano lectivo de 1906/07.

Dr.Luis Teixeira de Macedo e Castro
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Ocupou o lugar de Chefe da Secretaria da Câmara e foi Delegado do Distrito de Setúbal na Junta de Província da Estremadura.

Anos mais tarde, em 1932 e em 1935/37 Luis Teixeira de Macedo e Castro chefiou a Câmara Municipal de Setúbal e no triénio de 1958/60, exerceu o cargo de Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia onde já era Mesário em 1938.
Em Novembro de 1956, fez parte da Comissão criada na cidade para agradecer ao Governador Civil, Dr.Miguel Rodrigues Bastos a o Presidente da Câmara, Dr. Jorge Botelho Moniz, a elevação a Central do LIceu de Setúbal.
Uns dias mais tarde, em 22 de Novembro, c
omo membro desta Comissão, esteve presente no Ministério da Educação Nacional, em 23 de Novembro para agradecerem ao Ministro Eng.Francisco Leite Pinto, o restabelecimento do 3ºciclo no Liceu de Setúbal.
Em 14 de Janeiro de 1970, foi eleito sócio benemérito da Santa Casa da Misericórdia.

Faleceu uma semana depois, em 20 de Janeiro, no Hospital de S.Bernardo quando tinha 93 anos.
O Dr.Luis Teixeira de Macedo e Castro esteve também ligado à criação do Museu Oceanográfico de Setúbal ao lado de Luis Gonzaga do Nascimento. 
Este professor era avô do Jorge Patrício Paul, um aluno brilhante do Liceu Nacional de Setúbal, nos finais da década de 50.  

26 fevereiro 2017

Humor antigo...

in. "Anedota Ilustrada" nº4
de Dezembro de 1960
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- Senhor Doutor!... Acho que está na altura de mandar a conta à D.Gertrudes! O senhor deu-lhe um ano de vida e já passaram onze meses.

25 fevereiro 2017

Parabéns!... 25 de Fevereiro

A Ana F faz anos hoje.
Beijinhos e uns "trinta anos" cheios de Sol...
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Ana Cristina Figueiredo

São quadras, meu bem... são quadras!...

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Há tanto tempo, Rainha
És dona da minha vida...
Mais vale ver-te sozinha
que ver-te assim tão esquecida.                 

24 fevereiro 2017

Hoje há pintura...

Francisco de Goya
Pintor espanhol

1746 - 1828
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Tourada

23 fevereiro 2017

Eles foram professores do Liceu...

João José Miranda
Os registos mostram que este professor se manteve ligado ao Liceu de Setúbal por mais de vinte anos.
A primeira posse registada remonta ao dia 1 de Março de 1906, no ano lectivo de 1905/06. Era professor do 1ºGrupo (Latim e Português).
Em 21 de Novembro de 1910, é nomeado Secretário do Liceu e passa a assinar os termos, no impedimento de Luciano Evaristo Coelho; ocupa este cargo e passa a assinar os autos de posse entre 21 de Novembro de 1910 e 15 de Maio de 1912. A partir de 6 de Novembro de 1911 assume o cargo de Secretário efectivo.
Em 6 de Abril de 1927 passa a exercer o cargo de Reitor interino
A filha do Dr.João José de Miranda era casada com Álvaro Ramos Reynaud, o mais novo dos irmãos Ramos Reynaud, cuja irmã, D.Paulina Ramos Reynaud casada que foi com Guilherme Silva, ambos pais do Paulo Guilherme, Ricardo Jorge e Maria da Conceição Reynaud que frequentaram o Liceu no início da década de 60.

22 fevereiro 2017

Hoje era dia de anos...

A minha Mãe nasceu em
22 de Fevereiro de 1902.
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Maria Mendes de Matos

21 fevereiro 2017

Nuns versos dedicados ...

..."Aos Nossos Amigos".
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Recordando um final de Curso
na Escola Superior de Farmácia
da Universidade de Lisboa - 1956
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Livro de Curso - 1956
Escola Superior de Farmácia
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Sem autoria declarada,
mas dedicado "Aos nossos Amigos", 
um poema a que foi atribuido o título:
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Ver a Escola por um canudo
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Quando entrei para a Torrinha
Pensava muito sisudo:
- É preciso trabalhar
Para apanhar o canudo.
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Uma folha de papel
Passará a querer dizer
O esplendor, o ouropel
Da ditosa mocidade
Que me deram para viver
E buscar a felicidade.
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Passei o crivo das Químicas
Mostrando que sou capaz
De ter nota com o Forjaz!
Na Botânica brilhei,
Não fiz figura de arara
Boas notas arranquei
à saudosa Seomara.
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P´ra Gnosia me cansei
Mil drogas empinando
Na teórica recitei...
Na prática passei chorando!!!
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A Física aos trambulhões;
Inorgânica electrões
Muitos, muitos bem juntinhos;
Na Orgânica foram fórmulas
Aos montões.
Na Gamia mil bichinhos.
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Galénica bem penteada!
Técnica com "politesse"
Se não quis ficar chumbada
Tive de ter "mui finesse".
E no fim de tanto estudo
Chegou o sonhado dia
Em que cheia de alegria
Vejo a Escola p´lo canudo...
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Autora desconhecida
Abril/1956

20 fevereiro 2017

Se o elegeram que o aturem...

Diário de
Vasco Pulido Valente
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Marcelo Rebelo de Sousa
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O mestre da encrenca
...hopes expire of a low dishonest decade... W.H.Auden
.
Vasco Pulido Valente
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Quem conheceu Marcelo nestes quarenta anos de democracia com certeza não se espanta com a encrenca que ele agora arranjou com o primeiro-ministro e o ministro das Finanças. Onde ele pode baralhar as coisas, baralha – pelo prazer, por impulso, porque a sua natureza o impede de se calar, quando devia ficar calado, ou de falar quando devia falar. Com vinte anos, foi o lélé da cuca e a “vichyssoise”. Depois vieram outras mais graves, menos graves, numa sucessão irresistível até à Presidência da República, onde ele tem finalmente a oportunidade de exercer o seu talento e consolar o espírito. Mesmo na televisão os comentários dele eram sempre sobre a habilidade de cada um para enganar o próximo e o bom povo, a quem hoje ele inunda de “afecto”, num espectáculo pelo menos pouco sério. Há quem goste e há quem se desgoste. Não interessa. Se o elegeram, que o aturem. 
De resto, Marcelo em parte não tem culpa. A espécie de sarilho em que desta vez se resolveu meter exige parceiros e ele descobriu dois com muitas possibilidades: Centeno e Costa. O jogo do diz que disse e que não disse, ou que disse e não pensou, ou que pensou e não disse, precisa de um certo treino e de uma certa vocação. Pena que o Estado e as finanças da ralé sofram com isso. E que a Presidência da República, como o parlamento e os partidos, caia no desprezo geral. Eanes, Soares, Sampaio e Cavaco cometeram erros, consentiram abusos, mas nunca se arriscaram ao ridículo e a querelas pueris, a que o vivaz Marcelo diariamente se presta. A República pede por força um Presidente; e a nossa, com origem militar, deu a essa personagem um papel, aliás, pouco a pouco limitado, mas que, de qualquer maneira, ainda é excessivo e lhe permite uma ingerência constante na política partidária. Com Marcelo em Belém não consigo conceber onde iremos parar. Ou consigo: iremos de encrenca em encrenca até ao desastre final.
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in."Observador"
19 de Fevereiro

19 fevereiro 2017

Humor antigo...

in. "Anedota Ilustrada" nº4
de Dezembro de 1960
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- O senhor colocou um carburador que poupa 25% de gasolina! Um novo regulador de ar que poupa mais 30%!. Um excitador de corrente que faz com que poupe mais 10%... Mas, no fim, não tapou o buraco que havia no depósito da gasolina!!!...

18 fevereiro 2017

Eles foram professores do Liceu...

António Luís Vaz
Foi professor do 1ºGrupo (Português e Latim). Vindo transferido, por concurso, do Liceu de Angra do Heroísmo, tomou posse em 1 de Março de 1906. Sem mais referências directas nos arquivos, apenas podemos concluir que ainda era professor do nosso Liceu no ano lectivo de 1916/17, porquanto foi este professor, com o cargo de Vice Reitor interino, quem conferiu a posse, em 17 de Fevereiro de 1917, ao futuro Reitor Manuel Neves Nunes de Almeida.

17 fevereiro 2017

Faleceu o dr. Antero Torres...

... que foi professor no Liceu Nacional de Setúbal.
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dr.Antero Bernardino Torres
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Era natural de Navais, Póvoa de Varzim onde nasceu em 1 de Julho de 1921. Tinha 95 anos.
Licenciado em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa, foi professor do 1ºgrupo (Português, Latim e Grego), no Liceu Nacional de Setúbal a partir do ano lectivo de 1957/58.
Em Agosto de 1968, foi nomeado Vice Reitor do desdobramento do Liceu de Setúbal, no Barreiro.
Regressa ao Liceu de Setúbal, como profesor efectivo, no ano lectivo de 1975/76
Mantêm-se, até à idade de reforma, no Liceu Nacional de Setúbal até 1980 e com a designação de Escola Secundária de Bocage, até 6 de Junho de 1988.
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Desaparece agora, com a sua morte, mais um excelente professor que deixa o nome ligado ao Liceu Nacional de Setúbal.
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Um bom Amigo que se ausentou.
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Descansa em Paz

São quadras, meu bem... são quadras!...

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De o "Público", em 24 de Abril de 1996

     " A humanidade tem por hábito dedicar um dia por ano  a  causas perdidas: à criança, à mulher, à vaca inglesa,  em suma, aos perdedores". disse o escritor catalão de   língua castelhana Manuel Vásquez Montalbán no dia da  abertura do XXV Congresso da União Internacional de  Editores, e disse mais:


Há que viver  o 23 de Abril  como se fosse um verso de Bolero     -- " a última noite que passei contigo..." --  conscientes de que poucas vezes temos a possibilidade de ser felizes em troca de uma dose tão pequena de auto-engano! "

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"Como um verso de Bolero"
Como uma noite perdida...
Penso em ti e logo quero
Vogar, vago, em tua vida...             

16 fevereiro 2017

Escrito na pedra...


In. “Público”
11.02.2017
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Quem vem e atravessa o rio, junto à serra do Pilar, vê um velho casario, que se estende até ao mar.”
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Carlos Tê e Rui Veloso
Composição para a canção "Porto sentido"

15 fevereiro 2017

Uns versos que já fizeram...

...60 anos!
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Um "poema" respigado num
Livro de Curso publicado em 1956
a que deram o título de
"Pedido recusado"
de um autor desconhecido
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Livro de Curso (1953/56)
Escola Superior de Farmácia
Universidade de Lisboa
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Pedido recusado
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I
Um valor me falta
Peço-o. mas...
Dá?
Que custa um valor?
Dê, por favor
Vá!...
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II
Um valor é culpa
Que se não desculpa, mas...
Dá?
- "Foi por cabulice?" -
Oh, mas que tolice!
Vá!
.
III
E um valor é de graça
Que a mais não passa:
Dá?
- "Teme que repita?" -
- "Qu'estou fazer fita? -
Vá!
.
IV
Guardo segredo
Não tenha medo...
Vê?
Dê-me um valorzinho
Seja bonzinho
Dê!
.
V
Que bom que seria
Que paz me traria
Dai!
- E com o meu Pai!
Só de pensar...
Ai!
.
VI
- Contente? Um...
Talvez seja pouco
Pois!...
Bom... talvez...
Seria possível...
Dois?
.
VII
Oh, dois! felicidade 
Nem é bom sonhar
Vê?
Porque ao acordar... ?!
Vá, por piedade
Dê!
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VIII
Porém a conta
Certinha e justa são...
Três!
Pois não são três
A conta que Deus...
Fez?
.
IX
- "Nem implorando
As três graças?
- Não?
- Nem as três Virtudes?
Nem as folhas do trevo?"
Que desilusão!
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X
- "Não e não e não?"...
Três... era tão pouco!...
Veja!
- "Que foi cabulice?!-
- Muita malandrice?"
Seja!
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Livro de Curso
1953 - 1956
autor(a) desconhecido(a)             

14 fevereiro 2017

Meia dúzia de piedades...

Diário de
Vasco Pulido Valente


União Europeia
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A utopia da “Europa”.
...hopes expire of a low dishonest decade... W.H.Auden

Vasco Pulido Valente
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No fim de Janeiro, Portugal, na pessoa do primeiro-ministro, teve a honra de receber seis países do sul da Europa: a Itália, a Espanha, a França, a Grécia, Malta e metade da ilha de Chipre. Apesar do atraso este encontro merece alguns comentários. Primeiro, é duvidoso que Chipre e Malta se possam apresentar ao mundo como “países”. Segundo, o que distingue os membros deste subconjunto da União é precisamente não fazerem parte da Europa. A Espanha não tem um papel no continente desde o século XVII, a França desde o princípio do século XIX e o resto do grupo não existia até há muito pouco tempo e nunca contou para nada. Todos vieram agora aqui dizer meia dúzia de piedades, que o mundo inteiro conhece e, no fundo, como disse o inefável Tsipras, reforçar a “solidariedade”, ou seja, convencer a Alemanha a abrir um bocadinho mais a bolsa.

Desde o princípio que os críticos da “Europa” mostraram a dificuldade de integrar económica, política e culturalmente num organismo único o que se chama, por abuso vocabular, a “Europa” do sul e a “Europa” do leste. A verdadeira Europa sempre começou na Suécia e acabou no norte de Itália e no centro de França. Para Metternich, o Oriente começava às portas de Viena e basta assistir ao que se passa hoje na Roménia, na Hungria e na Polónia para lhe dar razão. Quanto ao sul, embora desejasse melancolicamente ser Europa, não conseguiu ao fim de centenas de anos ser mais do que uma cópia primitiva e deformada de um modelo para ela incompreensível. Basta ler Eça e, por exemplo, Elena Ferrante. O último capítulo de Os Maias, a passagem mais trágica da literatura portuguesa moderna (fim do século XIX) ou o Quarteto de Nápoles (princípio do século XXI), para medir a distância que separa o norte da nossa mediterrânica tristeza.

A “Europa” foi uma utopia que, como o nome indica, não tinha lugar no mundo real. Neste momento, em que ela não passa de uma ruína, ou do anúncio de uma ruína, e em que a fragilidade dos seus fundamentos é pública e notória, convinha perceber o que sucedeu e não perder tempo com gestos vazios para prolongar uma vida condenada, a benefício dos pobrezinhos que se tomam pelo que não são.

13 fevereiro 2017

Setubalense - 1970 - Maio

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04 Maio
Aniversário
O aspirante miliciano José Manuel da Silva Fernandes, que se encontra em serviço nos Açores fez anos hoje
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04 Maio
Frederico Oliveira
Ao contra-mestre da matança, no Matadouro Municipal, foi concedida a Medalha de Ouro da cidade, por ter atingido o limite de idade, com 50 anos de serviço, sem interrupção.
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04 Maio
Soledade Machado
Atleta do Vitória FC, é campeã nacional de disco com a marca de 25,38m
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04 Maio
Nos campeonatos distritais da Mocidade Portuguesa, José António Valentim Carreira, do Liceu de Setúbal, venceu as provas de 100m, 4x100m e salto em comprimento.
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06 Maio
Exposição de Fotografia
Fernando Motrena expõe fotografias no Círculo Cultural de Setúbal.
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09 Maio
Temporal
Ontem à tarde, “Rajadas ciclónicas causaram prejuízos em Setúbal.”
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09 Maio
“Agradeço ao Naval, em nome de Setúbal, tudo o que tem feito por Setúbal”, palavras do Presidente da Câmara, ao colocar a Medalha da Cidade, no estandarte dos Navalistas.
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09 Maio
O Clero do Patriarcado vai pronunciar-se sobre a criação das Dioceses de Setúbal e Santarém.
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09 Maio
Na Venezuela
Estreia sensacional do Vitória FC, em Caracas, ao vencer o Santos, por 3-1.
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11 Maio
Exposição de pintura
Adão Rodrigues mostra ao público de Setúbal, numa sala do Museu da Cidade, uma exposição de pintura e colagens
Estiveram presentes os Srs. Presidente da Câmara, Dr. Manuel José Constantino de Goes, Vice-Presidente, Dr.João José Mendes de Matos e o Presidente da Comissão de Festas, Eng. António Barroso.
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13 Maio
A cidade merecia ter um mínimo de nível em questões de trânsito.
Um artigo de J.C.Madeira, ponde em destaque “o enfiamento desde o Largo do Poço do Concelho a uma das saídas da Praça de Bocage” e o pandemónio da rua Luís de Camões.”
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16 Maio
No Liceu
Os alunos do 2ºciclo liceal com média inferior a 12 valores, já podem ser dispensados do exame.
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16 Maio
Aniversário
Passa amanhã o aniversário natalício do furriel miliciano Vitor Manuel dos Santos Paixão, que se encontra em serviço no Ultramar.
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18 Maio
Cultura
“O Coro de Cracóvia vai actuar no Cine Teatro Luisa Todi.”
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20 Maio
Missa nova, de Frei Orlando, de Setúbal
No dia 17 de Maio, dia de Pentecostes, na Sé Patriarcal de Lisboa, foi ordenado sacerdote, nas mãos de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, o franciscano Frei Orlando, de Setúbal.
Nasceu nesta cidade em 17 de Novembro de 1939 e frequentou o Colégio Frei Agostinho da Cruz.
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23 Maio
O vereador Fernando Pedrosa solicitou que fosse estudado o problema da generalização do regime de “fim de semana”, com suspensão do trabalho em todas as profissões, aos sábados após o almoço.
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23 Maio
O pavimento da rua Álvaro Castelões vai ser enquadrado no progresso comercial daquela artéria.
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23 Maio
Falecimento
Faleceu o pintor Martins Barata.
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25 Maio
As instalações da "Firma José Maria da Fonseca, Internacional.” 
Foram inauguradas em Azeitão, por Xavier Pintado, sub-secretário do Comércio.
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25 Maio
Começaram hoje as emissões da TV, à hora do almoço.
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27 Maio
“A projectada ligação da rua Gen. Daniel de Sousa, com a Avenida Luisa Todi, tende a solucionar-se."
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27 Maio
Falecimento
Eduardo Teodoro Fidalgo
Na sua residência, faleceu ontem o Sr. Eduardo Teodoro Fidalgo. industrial conserveiro, natural de Setúbal, pai da Sr.ª D. Maria do Carmo Fidalgo Sérgio.


12 fevereiro 2017

Eles foram professores do Liceu...

Carlos Alberto Faria
Era professor do 7ºGrupo (Físico-Químicas)
O seu primeiro registo surge no ano lectivo de 1905/06, tendo tomado posse, como professor interino, em 7 de Novembro de 1905. Curiosamente foram-lhe entregues neste seu primeiro ano de serviço, as turmas de Desenho e de Inglês.
Manteve-se em exercício até ao final do ano lectivo de 1915/16 como professor provisório regendo a disciplina de Sciencias

11 fevereiro 2017

São quadras, meu bem... são quadras!...

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O luar é como a prata
No espelho do mar imenso!
A tua face retrata
Tudo aquilo em que penso...           

10 fevereiro 2017

09 fevereiro 2017

Coisas que não esquecem...

...por mais anos que passem sobre nós.
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Ainda guardo em casa, as cadernetas das turmas que regi durante uma vida inteira...
E um dia decidi digitalizar todos estes alunos e fiz, com eles, uma "obra exemplar" que fui publicando neste blogue... Decorridos uns anos, passei a encontrar por tudo quanto
 é "google",  páginas e mais páginas desta obra que me divertiu a organizar.
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O "apontamento" que hoje publico faz-me lembrar esses tempos antigos e baseia-se numa mensagem que me foi enviada por uma aluna que eu nunca mais vi desde então.


A página publicada em 29 de Setembro de 2009
que deu origem à mensagem que recebi da minha aluna
Rita Brites Silvério
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Prof. João Matos

Recebi de um colega de outra turma do LNBarreiro, um email "Olha o que eu descobri", contendo o endereço do seu blog e acabei em viagem-regresso ao passado-Liceu Nacional do Barreiro-1974/75.
Essas fotos estão o máximo!!!!! Obrigada pela ideia de as publicar.

Quase morri a rir só de olhar para o meu corte de cabelo “à garçon” e aquela golinha alta da blusa!!!! Uma coisa única!!!!! Blusinha preta e, aposto, calças vermelhas!!! Sim, que aqueles eram os tempos de vermelho e negro no LNBarreiro.

Observo cada um dos colegas e vejo que o único que consigo localizar é o António Pincho que é chefe de repartição de finanças e trabalha aqui, "ao lado", na ilha de Santa Maria. Eu estou em S. Miguel - Açores- e mal vi as fotos, corri logo a ligar-lhe e a enviar o endereço do seu blog. Estivemos a comentar “em directo e simultâneo” a doce inocência daquelas carinhas larocas e a especular sobre o que fará cada uma das criaturinhas neste tempo actual. Parecia que estávamos a ver um dos episódios da série da RTP1, "Conta-me como foi".
Por coincidência, o António Pincho faz hoje 49 anos e ficou felicíssimo com este presente de aniversário.
Disse-lhe que iria escrever ao professor João Matos a agradecer por me ter ouvido e feito a vontade, omitindo o meu primeiro nome, certamente porque lhe disse, logo no dia de apresentação, que eliminasse o “Antónia”, pois não gostava nada daquele nome e nem sequer admitia que o deixasse na caderneta. O prof. aceitou a minha reivindicação, certamente atendendo ao contexto revolucionário da época e do local. Apesar de tudo, a exigência tinha a sua importância!!! Um nome é um nome, caramba! E custa carregar com uma "coisa" que não nos diz nada!!!O prof. deve entender do que falo. Afinal, também prefere ser João de Castelo Branco, transportando, assim, a terra onde nasceu. O facto, é que ainda hoje, sempre que posso, elimino o "Antónia" mas agora, posso demonstrar, graças a si, que já naquele tempo, só me chamava Rita, ainda que estivesse inserida no meio de uma turma onde todos os nomes começavam pela letra "A".

Um beijinho
Rita

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NB - Por vezes dou comigo a ler e a relembrar "coisas" do passado... Desta vez surgiu um texto escrito, há já um bom par de anos, por uma aluna minha, no Liceu Nacinal do Barreiro, no ano lectivo de 1974/75; frequentava o antigo 3ºano, do 2ºCiclo do curso Liceal.
E lembro-me perfeitamente dessa jovem aluna que não queria que a tratássemos pelo seu primeiro nome...  Fiz-lhe a vontade!... Nem na caderneta escolar escrevi o nome Antónia, na verdade, o seu primeiro nome. E fiquei a conhecê-la apenas por Rita...

08 fevereiro 2017

Escrito na pedra...


In. “Público”
06.02.2017
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Usa a capacidade que tens. A floresta ficaria mais silenciosa se só o melhor pássaro cantasse.
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Henry van Dyke
1852 - 1933
clérigo e escritor norte-americano

07 fevereiro 2017

Está perdida e desanimada...


A Direita

por Vasco Pulido Valenteno seu Diário.
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Vasco Pulido Valente
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"… hopes expire of a low dishonest decade…" (W. H. Auden)

Em 2015, quando António Costa fabricou o seu extraordinário governo, Paulo Portas percebeu perfeitamente o que esperava a Direita: a Direita só voltaria ao poder unida e com a maioria absoluta que tinha perdido. Seria razoável que o CDS e o PSD dali em diante fizessem todo o esforço para encontrar uma doutrina comum (mesmo se temporária), um programa comum e uma estratégia comum.

Fizeram precisamente o contrário. Hoje não há Direita. Assunção Cristas de quando em quando lá se vai aliviando de umas sentenças, que não valem nada por si ou em conjunto. Fora algumas piedades sem sentido, ninguém sabe o que ela quer, excepto que gostava de ser presidente da Câmara para seu gozo e humilhação de Passos.

Em pouco mais de um ano também essa veneranda figura não abriu a boca que não fosse para lamentar a existência de Costa, um sentimento compreensível mas pouco útil. Deixado a boiar entre viagens pela província e pequenas querelas de economistas, por que raros militantes se interessam e nenhum percebe, o PSD recaiu na desordem que lhe é habitual na oposição. Recomeçaram as guerras de pessoas, principalmente nas Câmaras, e as guerras de princípio (como a desaustinada guerra da TSU). De política não se fala, para não perturbar o sossego dos caciques.

Passos Coelho passeia por aí com o ar de fantasma de uma ópera que já acabou. E a generalidade dos portugueses, se não gosta do PC, do BE ou de Costa, está perdida e desanimada, sem saber que contas deitar à vida.
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By Vasco Pulido Valente
in "Observador"
04.02.2017

06 fevereiro 2017

Não posso amar-te mais...

...num poema de
Eugénio de Andrade
a que o autor deu o título:
"Serenata"
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Eugénio de Andrade
.

Venho ao teu encontro a procurar
bondade, um céu de camponeses,
altas árvores onde o sol e a chuva
adormecem na mesma folha.

Não posso amar-te mais,
luz madura, espaço aberto.
Não posso dar-te mais do que te dou:
sangue, insónias, telegramas, dedos.

Aqui estou, fronte pura, rodeado
de sombras, de soluços, de perguntas.
Aceita esta ternura surda, 
este jasmim aprisionado.

Nos meus lábios, melhor: no fogo,
talvez no pão, talvez na água,
para lá dos suplícios e do medo,
tu continuas: matinalmente.
.
Eugénio de Andrade
in. "Até amanhã" - 1956

05 fevereiro 2017

Humor antigo...

in. "Anedota Ilustrada"4
de Dezembro de 1960

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- Tenho pena que não reuna as condições necessárias para o emprego! E, se me faz favor, mande entrar a menina que está lá fora á espera de ser examinada...

04 fevereiro 2017

Eles foram Professores do Liceu...

César Augusto Gomes Soeiro

Foi professor do 6ºGrupo (Sciencias Naturais) e aparece referenciado pela primeira vez no ano lectivo de 1911/12, com o termo de posse lavrado em 6 de Novembro de 1911, como professor interino. Esteve no Liceu de Setúbal apenas mais um ano. Creio tratar-se do mesmo professor que, anos mais tarde, se tornou autor de diversos livros escolares da área das Ciências Naturais, como o “Compêndio de Biologia”, para o 3ºCiclo Liceal numa parceria com Américo Pires de Lima e do “Compêndio de Zoologia”, para o 2ºCiclo Liceal, oficialmente adoptados pelo Ministério da Educação Nacional, para todo o país.
Acontece, no entanto, que o nome que figura nos arquivos da nossa Escola é o de “César Augusto” e não o de “Augusto César” como aparece nos compêndios…
Nascido em 1888, este professor teria 34 anos quando passou pelo nosso Liceu.

Auto de posse
assinado em 

06.Nov.1911
.

.
Auto de posse referente ao Senhor 
César Augusto Gomes Soeiro

Aos seis dias do mês de Novembro de mil novecentos e onze, no edifício do Lyceu Nacional de Setúbal, perante o Senhor Manuel Neves Nunes de Almeida, reitor, compareceu o Senhor César Augusto Gomes Soeiro, nomeado professor interino para o sexto grupo, no ano lectivo de mil novecentos e onze a mil novecentos e doze, por despacho ministerial de três deste mesmo mês, em vista do que o Senhor Manuel Neves Nunes de Almeida lhe deu, nos termos legaes, a posse do referido lugar. De tudo para constar, se lavrou o presente auto que, depois de lido, é devidamente assignado. E eu, João José Miranda, secretário, o subscrevo e assino.

03 fevereiro 2017

Podia chamar-se vida...

... num poema de
António Gedeão
a que o autor deu o nome de 
"Arma Secreta".
.
António Gedeão 
.
Arma secreta
.
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões
.
Não é Júpiter nem Thor,
Nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.

Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal de partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
.
António Gedeão
in. "Máquina de Fogo".
Coimbra - 1961