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Recordando um final de Curso
na Escola Superior de Farmácia
da Universidade de Lisboa - 1956
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Livro de Curso - 1956
Escola Superior de Farmácia
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Sem autoria declarada,
mas dedicado "Aos nossos Amigos",
um poema a que foi atribuido o título:
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Ver a Escola por um canudo
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Quando entrei para a Torrinha
Pensava muito sisudo:
- É preciso trabalhar
Para apanhar o canudo.
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Uma folha de papel
Passará a querer dizer
O esplendor, o ouropel
Da ditosa mocidade
Que me deram para viver
E buscar a felicidade.
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Passei o crivo das Químicas
Mostrando que sou capaz
De ter nota com o Forjaz!
Na Botânica brilhei,
Não fiz figura de arara
Boas notas arranquei
à saudosa Seomara.
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P´ra Gnosia me cansei
Mil drogas empinando
Na teórica recitei...
Na prática passei chorando!!!
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A Física aos trambulhões;
Inorgânica electrões
Muitos, muitos bem juntinhos;
Na Orgânica foram fórmulas
Aos montões.
Na Gamia mil bichinhos.
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Galénica bem penteada!
Técnica com "politesse"
Se não quis ficar chumbada
Tive de ter "mui finesse".
E no fim de tanto estudo
Chegou o sonhado dia
Em que cheia de alegria
Vejo a Escola p´lo canudo...
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Autora desconhecida
Abril/1956
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