"Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma."
.
Provérbio malaio
31 maio 2016
30 maio 2016
São quadras, meu bem... são quadras!...
.
Tristezas têm-nas os montes,
Tristezas têm-nas o céu,
Tristezas têm-nas as fontes,
Tristezas tenho-as eu!
Tristezas têm-nas o céu,
Tristezas têm-nas as fontes,
Tristezas tenho-as eu!
29 maio 2016
Quando o meu rosto de fingir se esquece...
...num poema a que
Pedro Homem de Melo
deu o nome de
Êxtase
.
Pedro Homem de Melo
deu o nome de
Êxtase
.
Pedro Homem de Melo
.
Êxtase
Este jardim, este jardim calado
Este jardim, este jardim escuro
Este jardim que é todo o meu passado
Este jardim que é todo o meu futuro
Este jardim - jardim de onde até onde? -
Este jardim que é todo o meu futuro
Este jardim - jardim de onde até onde? -
Este jardim que é todo o meu país
Este jardim em que ninguém responde
A todas as perguntas que lhe fiz,
Este jardim onde repouso a fronte
- Longínqua voz seguindo-me de perto...
Este jardim, meu único horizonte,
A todas as perguntas que lhe fiz,
Este jardim onde repouso a fronte
- Longínqua voz seguindo-me de perto...
Este jardim, meu único horizonte,
Este jardim, este jardim deserto,
Este jardim que, ao sol, dobra o joelho
Este jardim que é toda a minha prece,
Este jardim que é todo o meu espelho
Quando o meu rosto de fingir se esquece...
Este jardim que tem a cor do dia
Quando o meu rosto de fingir se esquece...
Este jardim que tem a cor do dia
Este jardim sem nome, este jardim
Que é verde, agora, sob a aragem fria,
Como se alguém me acariciasse, enfim!
Que é verde, agora, sob a aragem fria,
Como se alguém me acariciasse, enfim!
.
Pedro Homem de Melo
Pedro Homem de Melo
in."Nós portugueses somos castos" - 1967
28 maio 2016
Morreu Vicente da Câmara...
O fadista Vicente da Câmara morreu esta manhã, em Lisboa, onde havia nascido em 7 de Maio de 1928. Tinha 88 anos.
.
Vicente da Câmara, sobrinho da fadista Maria Teresa de Noronha, tornou-se conhecido, entre outros êxitos, pelo fado "Menina das tranças pretas".
Entre outros prémios, Vicente da Câmara foi distinguido com o prémio "Amália - Carreira" e tinha um percurso artístico com mais de 60 anos, que iniciou na extinta Emissora Nacional.
Em 1948, incentivado pela tia, concorreu a um concurso da então Emissora Nacional. A vitória no concurso radiofónico, que no ano anterior tinha sido conquistada por Júlia Barroso, deu-lhe o passaporte para atuar aos microfones da rádio oficial em programas de grande popularidade, como "Serão para trabalhadores".
O fado "A menina das tranças pretas" que o celebrizou foi composto na década de 1950, quando assinou o primeiro contrato discográfico para a Valentim de Carvalho. Gravou, em 78 rpm, temas como "Fado das Caldas", "Uma oração", "Varina" (de sua autoria) ou "Os teus olhos", com uma letra sua.
Do seu repertório constam ainda temas como "Sino", de sua autoria, "As cordas de uma guitarra" ou "Outono", com letra de seu pai, "Triste mar", "Maldição" e "Menina de uma só trança".
Em 1964 estreou-se no cinema, em "A última pega", de Constantino Esteves, protagonizado por Fernando Farinha, no apogeu da carreira, e contracenando com Leónia Mendes, Júlia Buisel e José Ganhão.
Voltou ao cinema em 2007, sob a direção de Carlos Saura, em "Fados", e ao lado de Carminho, Ricardo Ribeiro, Mariza, Camané e Carlos do Carmo, entre outros.
O fadista, um dos fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF), integrou o elenco do espetáculo de inauguração do Museu do Fado, em 1998. Actuou na Alemanha, Luxemburgo, França, Espanha, Países Baixos, Canadá, África do Sul, Macau, Hong Kong, Coreia do Sul, Malásia, Brasil, Moçambique e Angola.
Em 1993, gravou com José da Câmara e Nuno da Câmara Pereira o CD "Tradição" (EMI/VC), em homenagem à tia Maria Teresa de Noronha.
D.Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara
Entre outros prémios, Vicente da Câmara foi distinguido com o prémio "Amália - Carreira" e tinha um percurso artístico com mais de 60 anos, que iniciou na extinta Emissora Nacional.
Em 1948, incentivado pela tia, concorreu a um concurso da então Emissora Nacional. A vitória no concurso radiofónico, que no ano anterior tinha sido conquistada por Júlia Barroso, deu-lhe o passaporte para atuar aos microfones da rádio oficial em programas de grande popularidade, como "Serão para trabalhadores".
O fado "A menina das tranças pretas" que o celebrizou foi composto na década de 1950, quando assinou o primeiro contrato discográfico para a Valentim de Carvalho. Gravou, em 78 rpm, temas como "Fado das Caldas", "Uma oração", "Varina" (de sua autoria) ou "Os teus olhos", com uma letra sua.
Do seu repertório constam ainda temas como "Sino", de sua autoria, "As cordas de uma guitarra" ou "Outono", com letra de seu pai, "Triste mar", "Maldição" e "Menina de uma só trança".
Em 1964 estreou-se no cinema, em "A última pega", de Constantino Esteves, protagonizado por Fernando Farinha, no apogeu da carreira, e contracenando com Leónia Mendes, Júlia Buisel e José Ganhão.
Voltou ao cinema em 2007, sob a direção de Carlos Saura, em "Fados", e ao lado de Carminho, Ricardo Ribeiro, Mariza, Camané e Carlos do Carmo, entre outros.
O fadista, um dos fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF), integrou o elenco do espetáculo de inauguração do Museu do Fado, em 1998. Actuou na Alemanha, Luxemburgo, França, Espanha, Países Baixos, Canadá, África do Sul, Macau, Hong Kong, Coreia do Sul, Malásia, Brasil, Moçambique e Angola.
Em 1993, gravou com José da Câmara e Nuno da Câmara Pereira o CD "Tradição" (EMI/VC), em homenagem à tia Maria Teresa de Noronha.
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cfr. "Jornal de Notícias"
27 maio 2016
Humor antigo...
in. "Anedota Ilustrada", nº 4
de Dezembro/1960
de Dezembro/1960
.
- Mãe, nem calculas como foi simpático! Deu-me um cheque em branco para eu preencher com a quantia que eu quizesse! E nem o assinou! Disse que assim demonstrava bem a confiança que tinha em mim...
26 maio 2016
A bomba de Marcelo...
...é o título do "artigo de fundo"
no Público que saíu esta manhã,
dia 26 de Maio de 2016
não assinado, como vai sendo hábito neste jornal...
(muito mau hábito, diga-se de passagem).
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O Presidente da República fala muito e em geral várias vezes ao dia, daí o risco de tropeçar nas suas próprias palavras. Porque as palavras do Chefe de Estado pesam, têm consequências e são dadas a controvérsia num país preso na malha de fragilidades várias, sejam de índole política, sejam de carácter económico, social ou financeiro. Nestas circunstâncias, um Presidente que diz uma palavra a mais acaba por ter de se explicar, justamente para evitar ser acusado de ser ele próprio o agente perturbador da mensagem que definiu como sendo o objectivo central do seu mandato: defender a estabilidade.
O Presidente da República
Marcelo Rebelo de Sousa
Mas descontada a falta de contenção presidencial, Marcelo tem toda a razão. É evidente que as autárquicas marcam um ciclo. Estaremos a meio da legislatura e as eleições locais serão inevitavelmente encaradas como a grande sondagem que avalia a prestação do Governo e também da oposição. Aliás, Passos Coelho já apontou a vitória como meta. É provável que uma derrota tenha consequências no seu próprio futuro. Em relação ao Governo, o que está em cima da mesa é o Orçamento de Estado para 2018 – o grande teste para aferir se a geringonça irá até ao fim. Marcelo só disse o óbvio.
Anunciação...
...é o título de um poema que
Pedro Homem de Melo
escreveu em 1947
.
Pedro Homem de Melo
escreveu em 1947
.
Pedro Homem de Melo
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Anunciação
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Quando nas ruas não houver ciganos,
Nem árabes na praia sequiosa,
Nem sereias no mar, nem uma rosa
Se desfolhar os dedos desumanos,
- Quando as mãos brancas, rudes, que hoje afago
Destruirem na praça estátuas falsas,
Quando o vento varrer lages descalças,
Em torno do meu lago,
Quando o antigo jardim ficar desnudo,
Tal qual a serra agreste,
Quando o faquir rasgar a sua veste
De púrpura e veludo,
E quando o cisne em último bailado
Exausto se prostrar
E a sombra e o seu exército pesado
Entrarem no solar,
Ai! quando as naus pela maré salgada
Se afundarem com oiro, vinho e pão,
Quando a volúpia não tiver estrada
E a beleza e a mentira também não,
Quando os lábios das virgens, porto a porto
Ao vento e às noites não pedirem nada
(Quando a volúpia não tiver estrada!)
Ninguém chame por mim, que estarei morto.
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Pedro Homem de Melo
in."Bodas vermelhas" - 1947
25 maio 2016
Escrito na pedra...
In. “Público”
04.10.2015
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“Se vivermos durante muito tempo, descobrimos que todas as vitórias, um dia, se transformam em derrotas...”
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Simone de Beauvoire
1908-1986
Escritora e filósofa francesa
24 maio 2016
São quadras, meu bem... São quadras...
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Não tenho ouro de lei
Nem nada que te enriqueça
Toda a ternura que eu tenho
É toda a tua promessa.
23 maio 2016
As actas da Câmara Municipal...
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Sessão de 13 de Maio de 1970
…realizou-se
a reunião ordinária semanal, sob a presidência do Excelentíssimo Doutor Manuel
José Constantino de Goes, estando presentes, além do Senhor Vice-Presidente,
Doutor João José Mendes de Matos, os seguintes vereadores: Senhores Manuel
Pacheco Calanane Wengorovius, Afonso Henriques Rocha e Carlos José Pinto.
Não compareceram os vereadores Senhores Doutor José Caldeira
Areias, José Maria da Silva Belo e Fernando Batalha Pedrosa, cujas faltas foram
julgadas justificadas.
Assistiu à reunião o Chefe da Secretaria António Maria de Rhodes
Sérgio Callapez.
.
Por proposta
do Senhor Presidente, aprovada por unanimidade, foi deliberado solicitar a
valiosa intervenção do Excelentíssimo Senhor Governador Civil junto do Governo,
no sentido de ser concedida autorização para a montagem, neste Concelho que,
para o efeito reúne óptimas condições, de uma fábrica de faianças, porcelanas e
loiças decorativas, conforme pretende a firma
“Cerâmica de São Paulo”, atendendo às
vantagens de ordem económica e
social que daí poderão derivar.
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22 maio 2016
Provérbios...
"Não há melhor negócio que a vida. A gente a obtém a troco de nada."
.
Provérbio judaico
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Provérbio judaico
21 maio 2016
E, além, o sol doirado morria...
...num poema a que
Teixeira de Pascoaes
deu o nome de
Elegia do amor.
Teixeira de Pascoaes
deu o nome de
Elegia do amor.
Teixeira de Pascoaes
(por Carlos Botelho)
Lembras-te, meu
amor,
Das tardes outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu, triste, meditava
Na vida, em Deus, em ti…
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos…
Erravam, pelo Azul,
Canções do fim do dia.
Canções que, de tão longe,
O vento vagabundo
Trazia, na memória…
Assim o que partiu
Em frágil caravela,
E andou por todo o mundo,
Traz, no seu coração,
A imagem do que viu.
Das tardes outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu, triste, meditava
Na vida, em Deus, em ti…
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos…
Erravam, pelo Azul,
Canções do fim do dia.
Canções que, de tão longe,
O vento vagabundo
Trazia, na memória…
Assim o que partiu
Em frágil caravela,
E andou por todo o mundo,
Traz, no seu coração,
A imagem do que viu.
Olhavas para mim,
Às vezes, distraída,
Como quem olha o mar,
À tarde, dos rochedos…
E eu ficava a sonhar,
Qual névoa adormecida,
Quando o vento também
Dorme nos arvoredos.
Olhavas para mim…
Meu corpo rude e bruto
Vibrava, como a onda
A alar-se em nevoeiro.
Olhavas, descuidada
E triste… Ainda hoje escuto
A música ideal
Do teu olhar primeiro!
Ouço bem tua voz,
Vejo melhor teu rosto
No silêncio sem fim,
Na escuridão completa!
Ouço-te em minha dor.
Ouço-te em meu desgosto
E na minha esperança
Eterna de poeta!
O sol morria, ao longe;
E a sombra da tristeza
Velava, com amor,
Nossas doridas frontes.
Hora em que a flor medita
E a pedra chora e reza,
E desmaiam de mágoa
As cristalinas fontes.
Hora santa e perfeita,
Em que íamos, sozinhos,
Felizes, através
Da aldeia muda e calma,
Às vezes, distraída,
Como quem olha o mar,
À tarde, dos rochedos…
E eu ficava a sonhar,
Qual névoa adormecida,
Quando o vento também
Dorme nos arvoredos.
Olhavas para mim…
Meu corpo rude e bruto
Vibrava, como a onda
A alar-se em nevoeiro.
Olhavas, descuidada
E triste… Ainda hoje escuto
A música ideal
Do teu olhar primeiro!
Ouço bem tua voz,
Vejo melhor teu rosto
No silêncio sem fim,
Na escuridão completa!
Ouço-te em minha dor.
Ouço-te em meu desgosto
E na minha esperança
Eterna de poeta!
O sol morria, ao longe;
E a sombra da tristeza
Velava, com amor,
Nossas doridas frontes.
Hora em que a flor medita
E a pedra chora e reza,
E desmaiam de mágoa
As cristalinas fontes.
Hora santa e perfeita,
Em que íamos, sozinhos,
Felizes, através
Da aldeia muda e calma,
Mãos dadas, a
sonhar,
Ao longo dos caminhos…
Tudo, em volta de nós,
Tinha um aspecto de alma.
Tudo era sentimento,
Amor e piedade.
A folha que tombava
Era alma que subia…
E, sob os nossos pés,
A terra era saudade,
A pedra comoção
E o pó melancolia.
Falavas duma estrela
E deste bosque em flor;
Dos ceguinhos sem pão,
Dos pobres sem um manto.
Em cada tua palavra,
Havia etérea dor;
Por isso, a tua voz
Me impressionava tanto!
E punha-me a cismar
Que eras tão boa e pura,
Que, muito em breve — sim!
Te chamaria o céu!
E soluçava, ao ver-te
Alguma sombra escura,
Na fronte, que o luar
Cobria, como um véu.
A tua palidez
Que medo me causava!
Teu corpo era tão fino
E leve (oh meu desgosto!)
Que eu tremia, ao sentir
O vento que passava!
Caía-me, na alma,
A neve do teu rosto.
Ao longo dos caminhos…
Tudo, em volta de nós,
Tinha um aspecto de alma.
Tudo era sentimento,
Amor e piedade.
A folha que tombava
Era alma que subia…
E, sob os nossos pés,
A terra era saudade,
A pedra comoção
E o pó melancolia.
Falavas duma estrela
E deste bosque em flor;
Dos ceguinhos sem pão,
Dos pobres sem um manto.
Em cada tua palavra,
Havia etérea dor;
Por isso, a tua voz
Me impressionava tanto!
E punha-me a cismar
Que eras tão boa e pura,
Que, muito em breve — sim!
Te chamaria o céu!
E soluçava, ao ver-te
Alguma sombra escura,
Na fronte, que o luar
Cobria, como um véu.
A tua palidez
Que medo me causava!
Teu corpo era tão fino
E leve (oh meu desgosto!)
Que eu tremia, ao sentir
O vento que passava!
Caía-me, na alma,
A neve do teu rosto.
Como eu ficava mudo
E triste, sobre a terra!
E uma vez, quando a noite
amortalhava a aldeia,
Tu gritaste, de susto,
Olhando para a serra:
— Que incêndio! — E eu, a rir,
Disse-te — É a lua cheia!…
E sorriste também
Do teu engano. A lua
Ergueu a branca fronte,
Acima dos pinhais,
Tão ébria de esplendor,
Tão casta e irmã da tua,
Que eu beijei sem querer,
Seus raios virginais.
E a lua, para nós,
Os braços estendeu.
Uniu-nos num abraço,
Espiritual, profundo,
E levou-nos assim,
Com ela, até ao céu
Mas, ai, tu não voltaste
E eu regressei ao mundo.
E triste, sobre a terra!
E uma vez, quando a noite
amortalhava a aldeia,
Tu gritaste, de susto,
Olhando para a serra:
— Que incêndio! — E eu, a rir,
Disse-te — É a lua cheia!…
E sorriste também
Do teu engano. A lua
Ergueu a branca fronte,
Acima dos pinhais,
Tão ébria de esplendor,
Tão casta e irmã da tua,
Que eu beijei sem querer,
Seus raios virginais.
E a lua, para nós,
Os braços estendeu.
Uniu-nos num abraço,
Espiritual, profundo,
E levou-nos assim,
Com ela, até ao céu
Mas, ai, tu não voltaste
E eu regressei ao mundo.
Teixeira de
Pascoaes,
in Prosa e Poesia
20 maio 2016
Hoje há pintura...
... no Museu Alte Pinakothek de Munique
por Hendrick Goltzius - 1614
.
por Hendrick Goltzius - 1614
.
Venus e Adonis
(óleo sobre tela)
19 maio 2016
18 maio 2016
Setubalense - 1969 - Julho
.
02 Julho
Foi adiada para Agosto
a abolição da gorjeta nos cafés e restaurantes.
.
02 Julho
Na Direcção dos Serviços Marítimos do Ministério
das Obras Públicas, efectuou-se o acto de abertura das propostas do concurso
para adjudicação da empreitada para a construção do cais comercial do porto de
Setúbal.
.
05 Julho
O Sr. António Manuel Tavares Gomes é o novo
Piloto-Mor de Setúbal.
.
07 Julho
Louvor e condecoração para um oficial setubalense.
Pela Ordem do Exército, foi louvado e condecorado
com a medalha de prata dos Serviços Distintos, o Tenente Coronel José Alves de
Carvalho Fernandes.
.
07 Julho
Morre em Lisboa o Prof. Eng. José Mascarenhas
Belard da Fonseca, de 77 anos, natural da Chamusca. Foi Director do Instituto
Superior Técnico.
.
07 Julho
José Lemos Ferreira, novo “milionário do ar”.
O 2ºComandante da BA nº1, (Portela de Sacavém)
receberá o distintivo de "Milionário do ar”, por ter completado 1000 horas de voo,
no decorrer de um jantar a realizar num restaurante de Lisboa.
.
12 Julho
O desenvolvimento do Porto de Setúbal.
O Dr. Manuel José Constantino de Goes, presidente
da Junta Autónoma e o Eng. Humberto Santana Ferreira da Cunha, director do
porto, falam de três grandes realizações:
-- Via Rápida entre as Fontainhas e a Cachofarra
-- Cais Comercial nº5, com 174 metros .
-- Porto de atracação em Tróia.
“A Via Rápida é a primeira fase da libertação das
passagens de nível.”, afirma-nos o Dr. Manuel Constantino de Goes.
.
16 Julho
“Conversas” com o Sr. Presidente…
“Desde há muito
que a Câmara Municipal ajuda a resolver o problema da habitação” declarou-nos o
Dr. Manuel Constantino de Goes.
.
19 Julho
Na Junta Autónoma
do Porto de Setúbal, foram reconduzidos o Sr. Dr. Manuel José Constantino de
Goes, como representante da Câmara e o Sr. Jorge de Carvalho Salgado como
representante dos interesses industriais.
.
19 Julho
Faleceu em Lisboa,
na 5ªfeira, o Sr. Sebastião António de Jesus, natural de Setúbal e funcionário
da Secretaria Notarial.
17 maio 2016
São quadras, meu bem... são quadras!...
.
Por
detrás de um Sol brilhante
Esconde-se
um resto do céu.
Gostava
tanto que um dia
O resto fosse só meu...
16 maio 2016
Provérbios...
"Todos são formados da mesma massa da farinha mas não são cozidos no mesmo forno."
.
Provérbio Iídiche
.
Provérbio Iídiche
15 maio 2016
Mantem-se a tradição...
... vai haver jantar no dia 10 de Junho!...
.
Pelo 3ºano consecutivo,
os professores benfiquistas
da Escola Secundária de Bocage
vão comemorar este triunfo.
.
O Benfica venceu o último jogo e mantem o 1ºlugar na classificação geral
.
.
Pelo 3ºano consecutivo,
os professores benfiquistas
da Escola Secundária de Bocage
vão comemorar este triunfo.
.
O Benfica venceu o último jogo e mantem o 1ºlugar na classificação geral
.
Campeão Nacional de 2016
Humor antigo...
in. "Anedota Ilustrada, nº 2
de Outubro/1960
de Outubro/1960
.
- Quantas vezes já lhe disse que não quero que diga
aos meus clientes que saí para comer um "cachorro"?!
14 maio 2016
Escrito na pedra...
"In. “Público”
04.12.2015
.
“Quão maravilhosas são as pessoas que não conhecemos bem.”
.
Milllôr Fernandes
1923-2012
Jornalista e humorista brasileiro.
.
“Quão maravilhosas são as pessoas que não conhecemos bem.”
.
Milllôr Fernandes
1923-2012
Jornalista e humorista brasileiro.
13 maio 2016
O pintor Francisco Charneca...
...e uma bonita aguarela.
.
Chafariz das Portas de Moura,
em Évora
.
Francisco Charneca nasceu em Évora em 11 de setembro de 1959 e imigrou com os pais para Moçambique onde morou até aos 15 anos. Com dois anos começou a desenhar. Um lápis e o papel foram os seus brinquedos preferidos na infância. Com nove anos realiza sua primeira exposição. Mais tarde, dedica-se ao estudo dos grandes mestres da pintura mundial, em especial aos clássicos Michelângelo, Leonardo da Vinci, Carravagio, Pedro Paulo Rubens, Rembrandt Van Rijn. Entre os contemporâneos a principal influência foi de Salvador Dalí.
12 maio 2016
Em tudo vejo saudades...
... num poema a que
António Botto
deu o nome de
Quem não ama não vive...
.
Já na minha alma se apagam
As alegrias que eu tive;
Só quem ama tem tristezas,
Mas quem não ama não vive.
Andam pétalas e folhas
Bailando no ar sombrío;
E as lágrimas, dos meus olhos,
Vão correndo ao desafio.
Em tudo vejo Saudades!
A terra parece morta.
- Ó vento que tudo levas,
Não venhas á minha porta!
E as minhas rosas vermelhas,
As rosas, no meu jardim,
Parecem, assim caídas,
Restos de um grande festim!
Meu coração desgraçado,
Bebe ainda mais licor!
- Que importa morrer amando,
Que importa morrer d'amor!
E vem ouvir bem-amado
Senhor que eu nunca mais vi:
- Morro mas levo comigo
Alguma cousa de ti.
António Botto
deu o nome de
Quem não ama não vive...
.
António Botto
.
Quem não ama não vive...Já na minha alma se apagam
As alegrias que eu tive;
Só quem ama tem tristezas,
Mas quem não ama não vive.
Andam pétalas e folhas
Bailando no ar sombrío;
E as lágrimas, dos meus olhos,
Vão correndo ao desafio.
Em tudo vejo Saudades!
A terra parece morta.
- Ó vento que tudo levas,
Não venhas á minha porta!
E as minhas rosas vermelhas,
As rosas, no meu jardim,
Parecem, assim caídas,
Restos de um grande festim!
Meu coração desgraçado,
Bebe ainda mais licor!
- Que importa morrer amando,
Que importa morrer d'amor!
E vem ouvir bem-amado
Senhor que eu nunca mais vi:
- Morro mas levo comigo
Alguma cousa de ti.
.
António Botto,
in "Canções"
António Botto,
in "Canções"
11 maio 2016
Humor antigo...
in. "Anedota Ilustrada nº 01
de Setembro/1960
.
de Setembro/1960
.
- Agora que já nos compreendemos um ao outro,
vamos dar mais uma volta!
10 maio 2016
09 maio 2016
O Liceu de Nun'Álvares...
... em Castelo Branco, em 1948/49
.
No 3.º Ano do Liceu já havia então 4 turmas.
Na segunda daquelas turmas estavam matriculados 28 alunas
.
1948/49 3.º Ano - Turma B
1 Edviges Santos Salgueiro
2 Georgina Martins Lourenço
3 Ilda do Carmo Silva
4 Ilda Pina Guerra
5 Irene Craveiro de Matos
6 Isaura de Jesus Moreira
7 Manula Manso Vaz
8 Maria Alice Lalanda Batista
9 Maria Alice Martins dos Santos
10 Maria Amélia Matos Rascäo
11 Maria Cândida Garrido
12 Maria Celestina da Conceiçäo Camilo
13 Maria Emília Esteves Nunes
14 Maria Irene Barata Lourenço
15 Maria Joaquina Afonso
16 Maria José Pinto Correia
17 Maria Júlia Silva Torres Peixoto
18 Maria Manuela Cruz Feijäo
19 Maria Marques Araújo
20 Maria Onémia Cardoso Carmona
21 Mari Rosa Dias Lopes
22 Maria do Rosário Cardoso Ribeiro
23 Maria do Rosário Pereira Martins Godinho
24 Maria Teresa Duarte Gil da Silva
25 Maria Teresa Freire de Gusmäo Bandarra
26 Noémia do Carmo Sequeira Ribeiro
27 Otília Bispo Robalo Pereira
28 Maria Teresa Santa Marta Belo
.
No 3.º Ano do Liceu já havia então 4 turmas.
Na segunda daquelas turmas estavam matriculados 28 alunas
1948/49 3.º Ano - Turma B
1 Edviges Santos Salgueiro
2 Georgina Martins Lourenço
3 Ilda do Carmo Silva
4 Ilda Pina Guerra
5 Irene Craveiro de Matos
6 Isaura de Jesus Moreira
7 Manula Manso Vaz
8 Maria Alice Lalanda Batista
9 Maria Alice Martins dos Santos
10 Maria Amélia Matos Rascäo
11 Maria Cândida Garrido
12 Maria Celestina da Conceiçäo Camilo
13 Maria Emília Esteves Nunes
14 Maria Irene Barata Lourenço
15 Maria Joaquina Afonso
16 Maria José Pinto Correia
17 Maria Júlia Silva Torres Peixoto
18 Maria Manuela Cruz Feijäo
19 Maria Marques Araújo
20 Maria Onémia Cardoso Carmona
21 Mari Rosa Dias Lopes
22 Maria do Rosário Cardoso Ribeiro
23 Maria do Rosário Pereira Martins Godinho
24 Maria Teresa Duarte Gil da Silva
25 Maria Teresa Freire de Gusmäo Bandarra
26 Noémia do Carmo Sequeira Ribeiro
27 Otília Bispo Robalo Pereira
28 Maria Teresa Santa Marta Belo
08 maio 2016
07 maio 2016
São quadras, meu bem... são quadras!...
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Por detrás de um Sol doente
A Lua esconde o seu rosto...
É pelo medo que sente
De lhe causar um desgosto!
06 maio 2016
Um poema de...
... Fiama Hasse Pais Brandão
dedicado a Eugénio de Andrade
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dedicado a Eugénio de Andrade
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Fiama Hasse Pais Brandão
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Poesia
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...Os meus olhos, o espírito e as mãos
pegam em cada imagem de uma flor,
em cada dia de visão e ganho.
Mas a perda, enfim, virá somar tudo
igual a si mesmo, uno, passado.
E, de repente, uma flor de palavras
muito branca chega até mim, e é
esta estação, nesse florir de goivos.
Uma carta traz-me inscrita as palavras
de Eugénio, goivos e o seu eflúvio.
Esta transcreve-a ele de Pessanha,
diante de tão nítidos canteiros.
Grata, prendo-me a esses elos vivos
da corrente de vozes, que se oferecem
aos ouvintes, depois de recolherem
o real, o findo, o que foi amado. (...)
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Fiama Hasse Pais Brandão
in. "Aproximações a Eugénio de Andrade"
Ed.ASA - Novembro/2000
05 maio 2016
Humor antigo...
in. "Anedota Ilustrada
de Setembro/1960
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de Setembro/1960
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- O João convidou-me para ir a uma festa com ele! Gostava de levar um vestido a condizer com a cor do cabelo dele! Espero que não seja careca...
04 maio 2016
Hoje há pintura...
...da autoria de Ingres, (Jean-August Dominique Ingres),
pintor e desenhista francês (1780-1867) .
pintor e desenhista francês (1780-1867) .
Joana d'Arc na coroação de Carlos VII
03 maio 2016
Eles foram meus alunos...
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Pude identificar quase todos...
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Na 1ªfila - O Fernando Carlos do carmo Santos, o José Manuel Nunes dos Santos, o José António Estreia Cabrita e o Delfim Cabral Esteves Lopes.
Na 2ªfila - O João Vasco Almeida Fernandes, o João Manuel Guerreiro Marçalo, NN e NN.
Na 3ªfila - O Manuel Pedro da Gama Santos Cachão, o Fernando Ziegler Raimundo, o Rui Manuel Barreto Tibúrcio e o Luís Manuel Rocha Oliveira.
NB - com a simpática ajuda de um "contemporâneo", o Miguel Ângelo Bastos, ficaram identificados os "nomen nudum", na fotografia: o Melo e o João Manuel Curado, pela ordem.
02 maio 2016
01 maio 2016
São quadras, meu bem!... São quadras.
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Com
vergonha de ser vista,
De
quarto em quarto girando...
Não
há ninguém que resista
Ao ver a Lua chorando...
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