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31 maio 2020

...e à sombra da velhice

... num Poema que
Miguel Torga
escreveu em Coimbra, 

em 1 de Junho de 1965
e ao qual deu nome de 
Penélope
.

Miguel Torga
.
Penélope
.
Ulisses desterrado
No mar da vida,
Digo o teu nome e encho a solidão.
Mas pergunto depois ao coração
Por quanto tempo poderás ainda
Tecer e destecer a tela da saudade...
Vê se não desesperas
E me esperas
Até que eu volte, e à sombra da velhice
Te conte, envergonhado,
As indignas façanhas 
Que cometi
Na pele do semideus que nunca fui
Sê tu divina, de verdade, aí,
Nessa ilha de esperança, 
Fiel ao nosso amor
De humanas criaturas.
Faz que seja bonito
O mito
das minhas aventuras.

.

30 maio 2020

Reuniões&Passeios...

Numa visita ao... Adamastor, no Miradouro de Santa Catarina.
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Em 20 de Setembro de 2014
(Lá atrás, o edifício da Associação Nacional das Farmácias)

29 maio 2020

São quadras, meu bem!... São quadras

.
"A cada pancada tua
vibrando no céu aberto
sinto mais longe o passado

sinto a saudade mais perto". 
.
de Fernando Pessoa

28 maio 2020

Teresa Castanhola...

Permito-me transcrever o texto de uma mensagem que a Teresa Castanhola me deixou no Facebook. Não creio que a Teresa se zangue por isso... Enquanto li, houve "cheia" nos meus olhos...
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A Teresa Castanhola quando frequentava 
o 12ºAno, no Liceu Nacional de Setúbal, já então designado por
Escola Secundária de Bocage
Para mim, há-de ser sempre o Liceu...

Diz ela, assim:
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"Hoje tive uma inesperada SURPRESA ... teve tanto de surpresa como de AGRADÁVEL ...
No meio da azáfama envolta em analises de papeis , emails e telefonemas, averiguação de situações ... toca o meu telemóvel, numero desconhecido .... !??
Foi uma sorte ter atendido ... mas nem pensei ... num gesto mais que automático. 
-"Boa tarde, Farmacia Santiago ...
-Boa tarde , Teresa ???
Apercebi-me tarde que estava com o meu telemovel , apercebo-me do lapso ... e estou às aranhas, não reconheço a voz , o jeito de falar nada me diz ... faço "travagem a fundo "e tento não me encravar ...
- Sim , sim ... Teresa, Teresa Castanhola ... é o hábito da rotina , desculpe ... com quem falo ?
- Olá Teresa , sou Matos... João José Matos ...
Notava- se uma alegria e simpatia , era mesmo comigo que queria falar ... e eu a léguas, sem norte ou orientação ...
- Simmmm ????
- De Setubal , professor de Biologia ...
Eis que salta o coração ... não queria acreditar ... o meu PROFESSOR de Biologia ... fiquei nervosa, entusiasmada ...
Era a minha referência maior dos meus estudos do liceu, foi o meu único professor de Biologia , do sétimo ao 12 ano ... a ligar- me ...
E eis que começa uma breve conversa , onde assuntos vêm e saltam como um entrelaçar de elos de uma corrente ... onde nos rimos , onde fizemos exercícios de memoria , onde brevemente nos atualizamos ...
.....
- tinha planeado ir a Setubal este ano e estava nos planos tentar estar consigo ...
- isso é que era ..
- agora com isto tudo , não vou, talvez para o ano ... vamos ver ...
.....
- Neste mundo apesar de virtual , um grande e forte abraço Professor ! Tudo de bom, foi enorme o prazer que me deu .
E assim terminou um momento alto destes últimos tempos ... onde tudo é Covid .
Já não falava com ele um pouco antes de ter terminado a faculdade , desde que deixei de ter tempo para usufruir do "Dolce far nienti " por terras de Setúbal ... 30 anos ... 32 passaram não importa, não nos falávamos, trocávamos missivas esporadicamente através das novas tecnologias ... mas falar , falar , ouvir não
... importa que há iniciativas que fazem o tempo voltar , que nos animam ... que nos motivam ... que nos ajuda a dar Graças da Vida e nos dão o conforto de agradecer por certas pessoas a Vida nos ter presenteado em conhecer e conviver .
Fiquei de CORAÇÃO CHEIO , principalmente saber que está bem Prof Matos .
Muito Obrigada
Que sorte que tive em atender , há instantes certos , gestos espontâneos e atitudes certas ... que sincronizados provocam momentos totalmente inesperados que nos dão uma ALEGRIA imensa e levamos com um shot ( para evitar dizer uma injeção ) de BOAS EMOÇÕES.
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Permito-me ainda transcrever um excerto de uma outra mensagem, com a data de Fevereiro de 2011, que a Teresa fez chegar até mim.
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"Nunca é tarde para enviar um beijo de Parabéns aqueles a quem desejamos todo o bem , em cujo grupo eu O incluo. Muito bom ter encontrado este blog. Gosto muito do olhar atento e acutilante com que nos espevita e nos conduz na leitura deste mundo em que estamos. Gosto muito das manifestações carinhosas e ternurentas com que vai colocando a descoberto a Excelência do seu Ser. Com Gosto e muito Orgulho recordo que um dia (por vários anos) tive a Grande sorte de o ter tido como meu Professor de Biologia. Muito Obrigada Um grande abraço Teresa Castanhola."
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Que comentários?!...
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"É lindo... 

... e emociona, receber mensagens como esta que acabei de ler esta tarde.
Da Teresa Castanhola, uma boa aluna que terminou o 12ºAno do Curso Liceal no ano lectivo de 1986/87.
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Trinta e quatro anos que se passaram num "de repente"...
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Olá Teresa!... O que é feito de ti?...
Hoje fizeste-me chorar... Mas chorei com gosto!
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Este texto, que então me enviou, classifica-a como pertencendo àquele restrito grupo de alunos  que cada professor guarda como inesquecíveis.
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Bjinhos, Teresa...

27 maio 2020

Curiosidade...

Há muito tempo que não consultava esta estatística.
Nos últimos 30 dias, este blogue foi visto por muita gente...
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Estados Unidos - 4317
Portugal - 4221
Alemanha - 184
Brasil - 144
Hong Kong - 102
Região desconhecida - 90
Ucrânia - 79
França - 71
Espanha - 52

Reino Unido - 45


26 maio 2020

Escrito no vento…

In “Fecebook”
26.05.2020
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“A vida e o tempo são os dois maiores professores. A vida ensina-nos a fazer um bom uso do tempo enquanto o tempo nos ensina o valor da vida."

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Via Luísa Uva
Minha antiga aluna no
Liceu Nacional de Setúbal

24 maio 2020

Conheço alguns assim...

Com o título "Sois intitulado?" aparece hoje 
no "Público" na sua coluna 
"Ainda ontem" um texto de
Miguel Esteves Cardoso.
Sempre com um humor inteligente, ao seu estilo...
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Miguel Esteves Cardoso
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"Uma das pancadas do nosso tempo, filho do narcisismo, é o entitlement, a noção de que eu tenho direitos que os outros não têm, por ser especial e, no fundo, melhor do que a arraia-miúda.
Em português entitlement diz-se carapausismo de corrida, em que cada carapau se julga piloto da Ferrari no pódio da vida, muito acima dos jaquinzinhos do público.
"Mas nós também somos carapaus!", grita a multidão enfurecida. "Sim", grita um democrata para ali perdido, "nós somos todos carapaus." Mas a multidão não tarda em fazê-lo em escabeche, porque, no fundo, cada carapau sente que é especial, que é mais do que os outros e, por isso, até se identifica com o piloto da Ferrari, achando que é só uma questão  de tempo antes de subir ao pódio também.
"Olha, os jaquinzinhos pensam que são carapaus", observa o piloto e, dali para a frente, fará questão de se intitular chicharro, chicharro de corrida.
Porque não traduzir entitle por intitulado? Não têm a mania que têm títulos? Não se portam como duques, avançando sem máscara e oferecendo à grei a oportunidade de apanhar uma das suas nobres gotículas coronadas?
Ou que tal brasonados? Não é apenas a mania que são bons. isso qualquer desgraçado tem. É portarem-se como se os privilégios que concederam a si próprios fossem uma parca recompensa pela bênção de nos trazerem ao misturarem-se com os deslavados.
Brasonado tem a vantagem de ecoar brazen: descarado, ostensivo, ufano. Dá um novo sentido ao ditado "where there´s muck, there's brass" porque, precisamente, só é intitulado quem quer.
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in "Público"
24.05.2020

Parabéns!... 24 Maio

A Gabriela faz anos hoje!...
Muitos parabéns e um dia cheio de boas prendas.

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DrªMaria Gabriela Costa

23 maio 2020

Faleceu a Teresinha Pinto Cardoso...

... sempre a conheci como Teresinha desde os tempos da minha instrução primária da nossa professora D. Maria Celeste Dias, ali junto da Praça Velha 
Com os atrasos da chegada da "Reconquista", só hoje tive conhecimento do seu falecimento.
Apesar dos seu 91 anos, para mim foi sempre e continuará a ser a 
Teresinha Pinto Cardoso.
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Maria Teresa Caldeira D' Ordaz da Cunha
Pinto Cardoso de Mello e Alvim
(foto de Junho/2008).
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Que descanse em Paz.
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As minhas sentidas condolências
para toda a Família
que aqui deixo ao José Luís Alvim.

A pintura de Graça Lagrifa...

Em 14 de Maio, Graça Lagrifa escreveu.
"@9magdalenabagrianow9 fotografou na Índia/Rajastão. Inspirando-me no retrato, pintei hoje, a pastel como já venho fazendo."
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"Faces da Índia 44."

22 maio 2020

Humor antigo...

...com o traço de
Kiraz.
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- Acho-a muito distante depois do que se passou entre nós, 
no sonho que tive esta noite...

20 maio 2020

Reuniões&Passeios...

Costa Nova
Aveiro
28.Abr.2013
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Uns dias de férias... e um passeio com frio e muito vento.

19 maio 2020

São quadras, meu bem... são quadras!...


Os teus Olhos cintilantes
Que pousam no meu olhar...
São como dois Diamantes
São dois Sininhos no ar...

18 maio 2020

A Luisinha...

... está um espanto!...
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Uma bisneta tão linda.

17 maio 2020

No rio Tejo...

Num dia cinzento e calmo...
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... o vento podia ajudar um pouco mais.

16 maio 2020

Até dá para rir...

...a leitura do artigo que
Rodrigo Alves Taxa
deixou ontem no seu 
espaço das sextas-feiras
no "Jornal i"
à qual deu o título
"O corno é sempre o último a saber."
.
Rodrigo Alves Taxa
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(...)
Aqui chegados, entramos no domínio político e convenhamos que nele foi quase vexatória a forma como António Costa se rebaixou ao Bloco de Esquerda, pedindo desculpa pela informação errada que deu por um suposto desconhecimento pontual. É tudo tão surreal que uma pessoa, por vezes, já não sabe se ria ou se chore. Palavra de honra que me imaginei na posição de Costa e, se fosse primeiro-ministro, além de tentar ser mais competente do que ele, certamente preferiria demitir-me a ter de pedir desculpas públicas a qualquer partido. E não é por incapacidade de pedir desculpas. É porque um primeiro-ministro que pede desculpas a outro partido político assina, nesse momento, um atestado de estupidez a si próprio. Não há mais caminho daí para a frente.
(...)
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Deixo aqui apenas este curto excerto do artigo de Rodrigo Alves Taxa.
Parece-me bastante...

15 maio 2020

Hoje há pintura...

Liberto Molina Barnabeu
Pintor espanhol
1926 - 2002
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Praça Velha
Castelo Branco
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NB - Molina nasceu em Alcoy, Espanha, em Fevereiro de1926.
Viveu em diversos locais da Europa e no Brasil, na década de 60, e acabou por regressar a Barcelona onde recebeu uma proposta para trabalhar em Lisboa, não tendo pensado duas vezes, radicando-se em Lisboa em 1967.
Foi aqui em Portugal que a sua pintura figurativa começou a tomar força, devido principalmente à cor do casario, das telhas portuguesas e do céu azul mediterrânico que ele viria a reforçar ao ponto dos críticos de arte chamarem o céu azul forte das suas pinturas de "azul Molina"
Molina morreu em Lisboa em Agosto de 2002. Tinha 76 anos de idade.
Cfr. "blsmolina96@gmail.com

14 maio 2020

A propósito de um livro...

...da autoria de Albano Martins que reli há umas semanas.

Conheci Albano Martins no Liceu de Castelo Branco a partir de 1945, eu caloiro e ele já no 5º ou 6ºano. Fazia parte de um grupo de alunos mais velhos que deixaram nome naquela nossa cidade e de entre os quais destaco o António Amaral, ortopedista emérito que chegou a dar consultas no Sanatório do Outão e foi também médico no SCP e o Camilo Cardoso, professor catedrático na Faculdade de Medicina de Lisboa.
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Albano Martins
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Albano Martins nasceu em 1930 na aldeia do Telhado (Fundão) e faleceu em 2018 em Vila Nova de Gaia. 
Albano Martins era poeta e tradutor.
Licenciado em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerceu funções docentes na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Publicou o seu primeiro livro, "Secura verde", em 1950. Em 1990, reuniu em volume, numa edição da IN-CM e com prefácio de Eduardo Lourenço, os seus primeiros 35 anos de poesia, com o título de "Vocação do Silêncio". Em 2000, os seus 50 anos de vida literárias foram comemorados com a realização dum Colóquio Internacional, promovido pela Universidade Fernando Pessoa, e a publicação dos volumes "Assim são as algas", que reune toda a sua produção poética até àquela data, e "Ecos do Silêncio" - fotobiobibliografia de Albano Martins (ed.UFP, Porto,2000) 

Como tradutor, publicou 16 volumes, de entre os quais se salienta a sua versão do "Canto Geral", de Pablo Neruda (Grande Prémio de tradução PEN Clube Português/ A.P.T.), de 161 epigramas da antologia palatina e da antologia de Planudes (Do mundo grego outro sol, Ed.Asa, Porto, 2000) e dos Cantos de Giacomo Leopardi (Ed.Asa.Porto,2005)

Doutor honoris causa pela Universidade de São Marcos (S.Paulo, Brasil), foi distinguido em 2004, pelo governo da República do Chile, com a Ordem de Mérito Docente e Cultural Gabriela Mistral, no grau de Grande Oficial, e, em 2006, com a medalha de ouro da cidade, pela Câmara Municipal do Fundão.
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Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
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NB - Deixo aqui a capa da Antologia de que Albano Martins é autor e da qual retirei o poema a que Miguel Torga  deu o nome de "Mãe" 

13 maio 2020

Humor antigo...

...com o traço de 
Jean Belus
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- Ainda bem que gostas!... Precisamente esta manhã comprei 
um par de castanholas...

12 maio 2020

Escrito no vento...

In “Público
07.05.2020
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"Prudência é saber distinguir as coisas desejáveis das que convém evitar."
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Marcus Cícero
- 106 a.C / - 43 a.C.
político e filósofo

11 maio 2020

A pintura de Graça Lagrifa...

Em 2 de Abril, Graça Lagrifa escreveu.
"Jovem afegão, retratado por @chiarafelmini, com uns olhos extraordinários!
Como podia resistir-lhes?
A minha terapia de hoje. 
Cuidem-se e, como eu, mantenham-se em casa."
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Jovem afegão

10 maio 2020

Recordações...

... um ano mais velha do que
     a neta "Luisinha"... 
Foto tirada em Setúbal 
em12.Out.1968
 .
                   GI

09 maio 2020

Um apelo cheio de força...

... e cheio de razão, feito esta manhã por
José Pacheco Pereira,
no seu "Espaço público", no jornal Público.
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José Pacheco Pereira
.
Tenho à minha frente uma série de jornais e de outras publicações do Brasil, de angola, de Cabo Verde, de Moçambique, da Guiné,  de Macau e de Timor. São actuais e nenhum respeita o Acordo Ortográfico. Se acrescentar a esses jornais e publicações mais uma série oriunda de Portugal, ou explicitamente usam o Acordo, ou misturam artigos escritos nas duas línguas, o "acordês" e o português. Já não ponho livros em cima da mesa, romances, poemas, ensaios, porque quanto mais conhecido e criativo é o autor, menos usa o "acordês".

Por detrás destas publicações está uma série de acordos diplomáticos que, ou estão a ser ilegalmente aplicados, ou foram ratificados e metidos na gaveta, com explícitas declarações de que são para manter na gaveta, ou, por fim, não foram  provados pelos países que deveriam tê-los incorporado na legislação nacional. Como monumental falhanço diplomático, é um caso exemplar. O problema nem sequer é esse: é que, como falhanço cultural, é uma desgraça, mas, vindo de quem vem, é previsível.

A razão é muito simples: a língua é uma coisa viva, e o "acordês" é uma língua morta. Foi ferida por um vírus pior nos seus efeitos sociais e culturais do que o coronavírus, e é mantida moribunda por duas forças infelizmente poderosas nos nossos dias: a inércia e a arrogância de não querer perder a face e admitir o erro. 

(...)
É por ter lido com indignação um artigo publicado no Público por quatro ministros autoglorificando-se pelo que têm feito pela língua portuguesa, numa altura em que toda a gente sabe que tem havido um considerável recuo da presença do português de Portugal por tudo quanto é universidade estrangeira, escola, instituição paga pelos contribuintes, como o Instituto Camões, que escrevo. E, se a situação não é pior, deve-se ao Brasil. Mas o que mais me encanita é o estarem muito contentes pela "dignificação" da língua portuguesa, quando eles próprios e os seus antecessores do PS e do PSD, desde 1990, são os principais responsáveis  por a manter menos digna, menos própria, menos lavada, menos forte, menos saudável, doente.
(...)
Eu não desisto, porque há ainda muita coisa a fazer contra o acordo. Angarie-se algum dinheiro, e há quem esteja disposto a dá-lo, seja mais, seja uma contribuição de um euro, façam-se anúncios de página inteira nos jornais, coloquem-se outdoors nas ruas, peça-se a escritores, criativos, artistas, cientistas, que escrevam uma frase em defesa da nossa língua ou façam um desenho, um grafismo, uma história aos quadradinhos, façam-se bancas nas ruas para recolha de assinaturas com a presença das muitas pessoas conhecidas e de prestígio que ainda escrevem português, faça-se um associação de defesa da língua portuguesa ou dinamize-se uma que já exista, exija-se direito de antena e pressionem-se os órgãos de comunicação a darem voz a estes críticos da degradação da língua e da cultura.
A língua portuguesa precisa de nós, E não se esqueçam deste facto: 
O Acordo é impopular. 
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in. "Público"
09.05.2020

08 maio 2020

O Editorial do Jornal i...

... de ontem
dia 7 de Maio
assinado por
José Cabrita Saraiva 
director executivo do "Jornal i"
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José Cabrita Saraiva
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A imprensa internacional noticiou, por estes dias, as mortes improváveis de dois médicos na Rússia desde o início da pandemia. Um terceiro profissional de saúde, um paramédico, encontra-se em estado crítico. Na origem da morte dos dois médicos e do estado crítico do paramédico não estiveram, como se poderia pensar, situações de exaustão ou de contágio por covid-19. O que se passou foi simplesmente que as vítimas caíram de janelas. Parece que acontece com alguma frequência em regimes autoritários. É que, logo por coincidência, estas três pessoas eram críticas da forma como o Governo russo está a lidar com a pandemia. “Falta de cautela”, foi o comentário oficial à queda do terceiro profissional, que ocorreu no sábado, menos de duas semanas depois de ter gravado um vídeo a denunciar que fora obrigado a continuar a trabalhar embora tivesse testado positivo para a covid-19. Também durante o fim de semana, um investigador da Universidade de Pittsburgh foi encontrado morto em sua casa. Biu Ling, que apesar de ser chinês vivia e ensinava na América, estava, segundo os seus colegas, “prestes a fazer descobertas muito significativas para compreender os mecanismos celulares subjacentes ao SARS-CoV-2 e à base celular das complicações dele decorrentes”. Tinha tiros na cabeça, no pescoço, no tronco e nas extremidades, noticiou a CNN. Uma segunda vítima foi encontrada no interior de um carro, perto do local do crime.
Todas essas coisas estranhas que andam a passar-se -- e nem sabemos da missa a metade -- são preocupantes, em primeiro lugar, pelos factos em si. Mas são-no também por indiciarem que provavelmente
há segredos muito comprometedores, muito sujos, e quem esteja empenhado em que não vejam a luz do dia.
O novo coronavirus não mata apenas aqueles que são por ele infectados. Parece também perseguir
impiedosamente quem se aproxime da verdade.
Parece um livro de Don Brown, não é? Eu sei. Tal como o leitor, também não acredito em conspirações. Mas que as há...

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in. "Jornal i"
07.Mai.2020

07 maio 2020

Reuniões&Passeios...

25.Abril.2013
Em Frecha de Mizarela...
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Foto obtida junto da Frecha da Mizarela
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Frecha da Mizarela, é uma cascata localizada na Serra da Freita, próxima da povoação de Albergaria da Serra, concelho de Arouca, no Distrito de Aveiro.