... uma "legenda errada"!?...
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"Carlos e Diana enfim coroados...
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NB:
Só uns momentos mais tarde me apercebi que também o meu jornal fazia uma referência destacada à vida da Princesa Diana, num artigo assinado pela jornalista Carla B. Ribeiro que destacou como título
Diana, "rainha do povo"
De que destaco alguns parágrafos
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"Dezenas de
milhares de pessoas (o número era apontado pela Reuters a meio da tarde deste
sábado) amontoaram-se nas ruas londrinas para saudar o coroado rei Carlos III e
a rainha Camila. Menos compareceram para se manifestarem contra a monarquia – “Not
my king” (“não é o meu rei”), lia-se em vários cartazes.
...houve quem tivesse saído à
rua para declarar uma espécie de “Not my queen” (“não é a minha
rainha”). Só não se tratava de nenhum manifesto antimonárquico.
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Diana,
primeira mulher de Carlos, que entrou nas vidas dos britânicos (e de milhões de
pessoas de todo o mundo) como uma jovem educadora de infância tímida, de
cabelos loiros curtos e olhos azuis tristes, roubou, logo no primeiro instante,
o afecto que muitos nutriam pelos mais importantes membros da família real. Foi
a ideia – falsa (o pai era conde e a mãe era filha de um barão) – de que era
plebeia; a forma como Carlos a tratava, lida pelo público como distante; a
maneira como se transformou numa mãe carinhosa.
...
E, enquanto chegava aos noticiários internacionais pelas suas causas, a sua elegância conquistava capas de revistas em todo o mundo e encantava quem com ela se cruzava, fosse actor, designer, político ou uma criança deitada numa cama de hospital.
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Por tudo
isso, a princesa de Gales (título tão associado a Diana que se manteve vazio
até William ter ocupado o lugar do pai como o herdeiro) foi criando um culto à
sua volta. E nem as traições assumidas lhe causaram dano à imagem. Era Carlos
que era o adúltero, e Camila, a “Rotweiller” – que, “quando trinca
alguém, nunca mais larga” (a afirmação é atribuída a Diana pela sua amiga
Simone Simmons) –, culpada pelo fim do casamento que, em 1981, deixou milhões
com os olhos postos no pequeno ecrã. A adoração que lhe era dedicada
contrastava com alguma desconsideração manifestada pelo príncipe: em eventos
públicos, a multidão apenas queria saber dela, cumprimentando Carlos apenas por
cordialidade.
Diana
morreu. Demasiado nova: tinha 36 anos. Já não fazia parte da família real, mas
os milhões que choraram a sua morte obrigaram, na época, Isabel II a se render:
não tendo sido um funeral de Estado, foi organizado praticamente como se fosse.
E, à parte do título de princesa de Gales, que manteve com o divórcio, foi no
dia da sua morte que conquistou a maior honra, quando o então primeiro-ministro
Tony Blair lamentou a morte da “princesa do povo”.
E, neste sábado, a sua memória voltou para causar sombra a Carlos (e, claro, a Camila), estando o nome de Diana entre as tendências nas redes sociais, onde os maiores saudosistas encontraram um palco para carpirem a saudade pela sua “rainha do povo”.
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