Miguel Torga
passou dois dias no Alentejo,
em Monforte do Alentejo
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"Tenho as azinheiras e os sobreiros alentejanos quase inventariados. A minha aprendizagem da realidade pátria é lenta e descendente. Comecei pelos monumento, passei pelos habitantes, e agora vou na vegetação. Fica-me depois só a faltar o solo, que espero conhecer a fundo quando for enterrado nele..."
( escrito em 28 de Novembro)
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Ali escreveu também um pequeno poema
a que deu o nome de: "Banquete"
Banquete
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Encho os olhos de terra.
No Alentejo há muita e é de graça.
Dou-lhes esta fartura,
Antes que um só torrão, na sepultura
Os cegue e satisfaça.
(escrito em 29 de Novembro)
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