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14 fevereiro 2015

Poesia em Castelo Branco...

Os livros “Voluptuário” e “Outra nudez” que reúnem a poesia de Gonçalo Salvado e os desenhos do escultor João Cutileiro foram apresentados no sábado dia 7 de Fevereiro, no Foyer do Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, uma sessão que contou com a presença dos autores dos prefácios, Sousa Dias e Maria João Fernandes.
A apresentação dos livros ficou completa com a inauguração, na Sala da Nora, de uma exposição com os desenhos que ilustram as duas obras e que ali ficará presente até dia 1 de Março.

Gonçalo Salvado
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Vencedor do prémio da União Brasileira de Escritores ou do prémio Sophia de Melo Breyner Andresen pelo conjunto da sua obra poética, Gonçalo Salvado continua a afirmar-se como o “poeta exclusivo do amor”.
Sousa Dias lembrou os tempos que passou em Castelo Branco, “onde os dias tinham, mais de 24 horas” e onde diz ter conhecido “pessoas únicas” como “o maior dramaturgo vivo, em Portugal, o professor Vicente Sanches”, através de quem conheceu “o poeta António Salvado, pai do Gonçalo Salvado”, reconhecendo que “é uma honra apresentar este livro onde se destaca o traço característico de Gonçalo Salvado, a singularidade com que fala da poesia do amor, com um mínimo de palavras”. Isto porque “dizer com o mínimo de palavras o máximo de silêncio é a forma correcta de fazer poesia."

 
Vicente José Sanches Vaz Pardal
O maior dramaturgo vivo em Portugal.

António Salvado
Poeta

(...) 
Nas palavras de Maria João Fernandes, “estes poemas são mais para ser lidos do que ditos, porque estas palavras parecem inesgotáveis” e destaca que “o feminino aparece como metáfora, como imagem da mulher, da natureza, da lua, da luz. E a poesia evolui a partir da imagem, daí não se poderem dissociar as duas”,
(...)

António e Adelaide Salvado com Gonçalo
na inauguração da Exposição dos desenhos de Cutileiro 

Gonçalo Salvado afirma mais adiante que “o desenho do mestre Cutileiro associado à minha poesia é um sublimado de uma mesma apetência de beleza, de fome e sede de infinito, tendo a mulher como pólo concentrador dessa aspiração.
(…) O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco afirmou, por seu lado, que a poesia de Gonçalo Salvado, “de onde tanto amor transborda em tão poucas palavras faz entrar numa dimensão  que não se consegue medir.” E lembrou que a poesia que existe em Castelo Branco, pela via de António Salvado e de seu filho Gonçalo estão também patentes fora daqui , não só em Salamanca como em muitos pequenos lugares que vão transformando.
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A cidade de Castelo Branco continua a pontificar nas actividades culturais. Está de parabéns!... Assim pudéssemos dar parabéns a outras terras...
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NB - Este "apontamento" é baseado num texto da jornalista Lídia Barata.
        Cfr. "Reconquista" de 12.02.2015, pg.15, com o título "Obra de 
        Gonçalo Salvado ilustrada por João Cutileiro". 

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