Vasco Pulido Valente deixou ontem a sua Opinião,
num texto a que deu o título
“Requalificação”.
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Vasco Pulido Valente
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No cérebro do sr.Seguro, não existe o vestígio de uma ideia.
E o PS não achou conveniente fabricar um programa, um horrífico trabalho que
guarda para o Verão de 2014. Por isso, quando vai animar a festa (mais
conhecida no vocabulário da seita, por “campanha”), está reduzido a duas soluções:
ou se indigna com a miséria da austeridade, ou promete desfazer o que o Governo
fez, coisa em que ninguém acredita e que, de resto, é patentemente absurda. A dívida
continua com ou sem Passos Coelho e os credores não amolecem ao ver a carinha
de Seguro, mesmo que ele ponha, como devia, um bibe. Seja como for, os
sofrimentos de agora ninguém os “paga”, sobretudo com promessas de um regresso
mítico à prosperidade e ao dinheiro fácil do Portugal que morreu em 1910.
Passos Coelho também fica em perigo cada vez que abre a
boca. Anunciar cortes, despedimentos e o aumento do horário de trabalho para o
funcionalismo público não é, como se calculará, a melhor maneira de convencer o
eleitorado a votar na gente que lhe trouxe tantas benesses. Pior ainda, o crânio do primeiro-ministro anda, coitado,
tão vazio como o de Seguro. Perdido na crise, é constantemente empurrado de um
lado para o outro, nega e afirma, não
manda de facto no Governo e trata com um inexplicável zelo as querelas do
partido e da coligação. Nestas patéticas circunstâncias, o silêncio era a
melhor política.. Mas não para Passos, constantemente obrigado a falar. E ele
fala, coitado, com o amadorismo e a
irresponsabilidade a que se habituou na JSD. As vociferações contra Seguro acabam
por ser o melhor refúgio, tanto mais porque Seguro amavelmente retribui. Este
par é que precisava com urgência de “requalificação”.
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VPV continua em "boa forma"...
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