António Correia de Campos escreve hoje na sua
Coluna "Terra e Lua", no "Público".
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António Correia de Campos
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Obcecados pelo défice, impotentes por canhestros na negociação
com credores, os nossos governantes, de cerviz inclinada, apenas olham para o
chão que pisam. Esquecem a redução drástica do consumo interno, o desemprego
que ele arrasta, a persistente quebra do crescimento que continua a fazer subir
o spread da dívida soberana, ao contrário de outros países sob intervenção ou
que dela estiveram próximos.
Os pensionistas, sem voz e sem outro poder que o voto, tudo
aceitam: os cortes ditos transitórios, a contribuição extraordinária de
solidariedade, a sobretaxa e a taxa adicional de solidariedade. Tal como vão
aceitar o corte que aí vem. Apenas gostariam que lhes dissessem de uma vez por
todas quantos mais cortes virão a sofrer. E que lhes garantissem que o corte é
para todos, que o vizinho do lado não fica a rir-se dele, que as dezassete dentre as vinte empresas nacionais mais
cotadas em bolsa passam a pagar imposto de rendimento aqui e não em Haia. E já
agora, que o IVA da restauração e quejandos vai finalmente regressar aos 13%. E
que não nos rapem tudo, deixem a nossa tença em paz.
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António Correia de Campos
Deputado ao Parlamento Europeu
In. “Público” de 16.09.2013
"A coluna de Correia de Campos chama-se "Terra e Lua" e ninguém tem a menor dúvida em qual dos astros a cabecinha do amigo de José
Sócrates decidiu morar."
João Miguel Tavares dixit…
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(É capaz de ter razão mas... hoje não concordo com o JMTavares...)
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