Ticiano
1490 (?) - 1576
Danae
A "Danae" do Prado é talvez o mais belo nu feminino pintado por Ticiano, e foi oferecido pelo artista a Filipe II, em 1553, juntamente com outras “poesias”. O exemplar do Museu de Nápoles também belíssimo é de execução anterior
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Cfr. Marco Valsecchi
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed. Verbo – Novembro de 1973
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Cfr. Marco Valsecchi
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed. Verbo – Novembro de 1973
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Agora um pouquinho de História da Mitologia...
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"Danae era filha de Acrísio, rei de Argos e de Euridice. Impressionado com a falta de um herdeiro varão que lhe assegurasse a descendência do trono, Acrísio foi consultar o oráculo. O deus respondeu-lhe que a sua filha lhe daria um neto, em cujas mãos ele viria a morrer.
Apavorado diante dessa negra predição, Acrísio pretendeu impedir que Danae fosse mãe; e, para isso, mandou encerrá-la em um sólido subterrâneo, de paredes revestidas de bronze, guardado por diligentes sentinelas. Mas o destino zombou de todas essas precauções: Júpiter transformou-se em chuva de ouro ( alegoria indicando que o Deus corrompeu as sentinelas a peso de ouro ) que, penetrando no solo, se infiltrou pelas paredes do subterrâneo, vindo a gotejar no níveo seio da virgem prisioneira. Dessas gotas divinas e fecundantes, veio à luz Perseu.
Ao ter conhecimento do fato, Acrísio mandou expor Danae e filho no mar, em uma frágil embarcação, mas as ondas os arremessaram à ilha de Sériphos onde, encontrados por pescadores, foram levados à presença do rei Polidetes que os acolheu e, mais tarde, querendo desposar Danae, e receando oposição por parte de Perseu, pretendeu eliminá-lo, para o que o mandou cortar a cabeça de Medusa, que tinha a virtude de petrificar todo aquele que recebesse a luz de seus olhos.
Perseu, protegido por Minerva, saiu-se bem da arriscada empresa, após o que retornou a Argos. Aí tendo chegado no momento em que celebravam jogos em honra do pai, tomou parte da diversão; mas, com tanta infelicidade, que o disco por ele lançado foi vitimar seu avô, que ali se achava entre os espectadores.
A predição do oráculo acabava de realizar-se. Danae, é nesta fábula, a personificação do solo fertilizado pelas chuvas do deus-céu."
Apavorado diante dessa negra predição, Acrísio pretendeu impedir que Danae fosse mãe; e, para isso, mandou encerrá-la em um sólido subterrâneo, de paredes revestidas de bronze, guardado por diligentes sentinelas. Mas o destino zombou de todas essas precauções: Júpiter transformou-se em chuva de ouro ( alegoria indicando que o Deus corrompeu as sentinelas a peso de ouro ) que, penetrando no solo, se infiltrou pelas paredes do subterrâneo, vindo a gotejar no níveo seio da virgem prisioneira. Dessas gotas divinas e fecundantes, veio à luz Perseu.
Ao ter conhecimento do fato, Acrísio mandou expor Danae e filho no mar, em uma frágil embarcação, mas as ondas os arremessaram à ilha de Sériphos onde, encontrados por pescadores, foram levados à presença do rei Polidetes que os acolheu e, mais tarde, querendo desposar Danae, e receando oposição por parte de Perseu, pretendeu eliminá-lo, para o que o mandou cortar a cabeça de Medusa, que tinha a virtude de petrificar todo aquele que recebesse a luz de seus olhos.
Perseu, protegido por Minerva, saiu-se bem da arriscada empresa, após o que retornou a Argos. Aí tendo chegado no momento em que celebravam jogos em honra do pai, tomou parte da diversão; mas, com tanta infelicidade, que o disco por ele lançado foi vitimar seu avô, que ali se achava entre os espectadores.
A predição do oráculo acabava de realizar-se. Danae, é nesta fábula, a personificação do solo fertilizado pelas chuvas do deus-céu."
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