Isabel Carriço e Fernando Branco
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Acabo de receber uma mensagem sobre a nova Medalha de Castelo
Branco que me foi enviada pelos autores, a Isabel Carriço e Fernando Branco.
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“Bons amigos
Aqui vai a medalha de
CASTELO BRANCO
o nosso último trabalho e a
moeda das Colchas.
Beijos e abraços Isabel e Fernando”
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Soube ontem, através de Reconquista, que “ O aniversário da
cidade serviu de mote para o lançamento de nova medalha de Castelo Branco. Da
autoria de Isabel Carriço e Fernando Branco, autores da primeira moeda
produzida em Portugal com motivo de cor e que teve por base o bordado de
Castelo Branco, a nova medalha é numerada e teve uma produção limitada e
numerada de 100 unidades. A primeira ficará depositada no cofre da autarquia e
a segunda e a terceira foram entregues aos ex-Presidentes da Câmara César Vila
Franco e Joaquim Morão.
A medalha tem a particularidade de ter nomes de ilustres
albicastrenses numa das faces, o bordado de Castelo Branco na outra e ao centro
um módulo que gira dentro da medalha, tendo o brasão do concelho de um lado e a
nova imagem gráfica da cidade no outro.”
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Na mensagem que recebi esta manhã, Isabel Carriço apresentou
alguns dados que pesaram na escolha das individualidades cujos nomes figuram nesta sua
recente obra medalhística.
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A medalha:
O anverso e o reverso da Medalha de Castelo Branco
podem ser vistos de duas maneiras distintas
devido à mobilidade a placa circular central.
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E, num apontamento informativo, os autores dão-nos a conhecer algo mais sobre a Medalha agora dada a público:
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"Quando em 2015
aqui viemos, na qualidade de autores da Moeda Colchas de Castelo Branco, a
primeira moeda com cor em Portugal, da série Etnografia Portuguesa, para o seu
lançamento pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, tivemos o gosto e a honra de
ser convidados pelo Senhor Presidente da Câmara para criarmos uma Medalha que
representasse Castelo Branco.
Representar
Castelo Branco numa medalha não é fácil, sendo o seu percurso histórico e o seu
presente indubitavelmente recheados de factos e entidades tão notáveis que é
impossível caberem todos numa peça tão pequena."
Assim, tivemos
em atenção e propusemo-nos incluir três elementos que, de certo modo a pretendem
definir:
1 – Ao centro o
seu Brasão – símbolo da sua identidade como Autarquia. Mas, este símbolo tanto
se refere ao significado do conteúdo duma das faces da medalha, como da outra.
É pertença de ambas as realidades. Por isso, resolvemos inclui-lo numa pequena
peça centrada que, rodando em torno dum eixo vertical, vai marcar a sua
presença no lado para que esteja virada.
2 – Numa das
faces, um desenho do bordado das suas Colchas, seu Património, inspirado na
barra de uma colcha existente no Museu Machado de Castro, em Coimbra.
3 – Na outra
face, estão inscritas quinze Personalidades nascidas em Castelo Branco com
excepção de D. Pedro Alvito e do seu primeiro Bispo que, de qualquer modo,
deram o seu contributo a esta Cidade para sua História e de Portugal
ultrapassando muitas vezes as suas fronteiras.
Escolher e
seleccionar esse conjunto torna-se difícil e sempre incompleto; será sempre
controversa a sua escolha mas tivemos o privilégio da ajuda de três
investigadores que nos deram as hipóteses da selecção para incluirmos na
medalha.
Queremos por
isso, deixar aqui o nosso agradecimento ao Senhor Dr. José Martins, ao Senhor
Arquitecto José Afonso e ao Senhor Dr. Alberto Tavares Barreto por essa
indispensável contribuição.
Daremos assim o
Nome e uma pequena resenha das personalidades aqui incluídas, com limite no
início do século XIX:
1 – D. PEDRO ALVITO – (séc. XIII) 11º
Mestre da Ordem do Templo e dos Três Reinos concedeu em 1213 a primeira Carta de
Foral à povoação de Vila Franca da Cardosa, na qual é já designada por Castelo
Branco.
2 – AFONSO DE PAIVA – (c.1443-c.1490)
Incumbido por D. João II, para juntamente com Pêro da Covilhã, tentarem obter
notícias no Oriente sobre as rotas comerciais para a Europa, da Índia e do
mítico Preste João.
3 – JOÃO ROIZ DE CASTELO BRANCO, nasceu
no século XV, Cavaleiro nobre, Fidalgo da Casa Real das Cortes de D. Manuel I e
D. João III. Contador da Fazenda da Beira e Almoxarife da Guarda. Humanista, é
mais conhecido pelos poemas incluídos no “Cancioneiro Geral” de Garcia de
Resende, entre eles a sua cantiga “Partindo-se”
4 – João
Rodrigues, mais conhecido por AMATO
LUSITANO – (1511-1568) Cursou Medicina na Universidade de Salamanca.
Exerceu clínica em Lisboa. Em 1534 partiu para Antuérpia onde permaneceu 7 anos.
Foi depois para Ferrara e, em 1550, é chamado a Roma para tratar do Papa Júlio
III. Fugindo de perseguições vai instalar-se em Ragusa (hoje Dubrovnik). Mais
tarde fixa-se em Salónica onde morre e aí enterrado no cemitério judeu.
Escreveu vários Tratados de Medicina e as 7 Centúrias.
5 – Frei BARTOLOMEU DA COSTA –
(1553-1608) Doutorou-se em Teologia na Universidade de Coimbra. Em Lisboa
ocupou o cargo de Tesoureiro-mor e Coadjutor da Sé, onde está sepultado. Muito
ligado à Misericórdia de Castelo Branco foi homenageado com um monumento quando
das Comemorações do V Centenário.
6 – FILIPE ELIAS DE MONTALTO –
(1567-1616) Estudou Filosofia e Medicina em Salamanca. Casou em Castelo Branco
mas resolve emigrar e segue para Livorno onde se estabelece como médico. Maria
de Medicis convida-o para seu médico; ele aceita na condição de poder praticar
a religião judaica. Em 1614 publica em Latim “Archipatologia” a sua obra mais
importante e pioneira onde se estudam doenças mentais. Após a sua morte o seu
corpo já embalsamado é levado para cemitério de Oudekerk da Comunidade Judaica,
em Amsterdão.
7 – ANTÓNIO SOARES DE ALBERGARIA –
(1581-1639 ou 1640?) Ordenado presbítero, sendo Beneficiado da Colegiada da
Igreja de Santo Estêvão, em Lisboa. Notabilizou-se como heraldista,
genealogista e pelas suas célebres obras “Tropheos Lusitanos” e “Livro de
Armaria”.
8 – MIGUEL ACCIOLY DA FONSECA LEITÃO –
(c.1609-c.1674) Estudou em Coimbra. Desembargador da Casa da Suplicação, Juiz
dos Órfãos do Porto e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Genealogista escreveu
“Famílias de Castelo Branco”, “Famílias do Reino de Portugal” e “Árvore de
Costados de Títulos de Portugal”. Sindicante Geral dos Estados do Brasil.
9 - PADRE ESTÊVÃO CABRAL – (1734 – 1811 ou
1812?) Nasceu em Tinalhas. Em Coimbra, ingressou na Companhia de Jesus em 1751.
Foi, no Curso de Matemáticas que desenvolveu o seu entusiasmo pelo estudo da
Hidráulica. Esteve em Itália e regressou a Portugal a pedido de D. Maria para
estudar os leitos dos rios de Portugal.
10 – JOSÉ PESSOA TAVARES DE AMORIM –
(1738-1815) Sargento-Mor da Companhia de Ordenanças de Castelo Branco; Vereador
da Câmara, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo. Um dos homens mais ricos da Beira, como disse o Engº Manuel Castelo
Branco, no tempo do Marquês de Pombal.
11 - D. Frei José de Jesus Maria Caetano - 1º Bispo da Cidade de Castelo Branco entre1771 a 1782. Nomeado pelo
Rei D.José e associado à elevação da vila a Cidade. Pôs cobro ao terror da
Inquisição em Castelo Branco.
11 - D. Frei José de Jesus Maria Caetano - 1º Bispo da Cidade de Castelo Branco entre
12 – MANUEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA
– (1752-1829) Estudou Medicina, Filosofia e Farmácia. Doutor em Medicina, Lente de Química em Coimbra. Fidalgo e Médico da Casa Real. Faleceu no Brasil.
13 – JOSÉ ANTÓNIO MORÃO (1786-1864) Licenciatura em Medicina. Deputado por Castelo Branco e depois Governador do Distrito. Provedor da Misericórdia. Reitor do Liceu de Castelo Branco. Dramaturgo e Tradutor. Legou a sua vasta Biblioteca à Cidade de Castelo Branco.
14 – RAFAEL JOSÉ DA CUNHA (1791-1868)
Grande proprietário, notável lavrador e criador do gado português. Com ele
começou um longo processo para a construção do chamado Palácio dos Cunhas na
Praça Velha, só acabada após a sua morte.
15 – MANUEL VAZ PRETO GERALDES
(1828-1902) Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra e Deputado do
Partido Constituinte. Teve grande influência na construção da linha de Caminhos
de Ferro da Beira Baixa.
Director
da Infância Desvalida de Castelo Branco, e intitulado Patrono da Beira Baixa.
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NB - Espero que uma tiragem tão curta não dificulte a aquisição de alguns exemplares.
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NB - Espero que uma tiragem tão curta não dificulte a aquisição de alguns exemplares.
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