Obrigado António Salvado!...
Por te lembrares sempre de mim.
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António Salvado
.Acabado de editar - Setembro de 2015 - chegou hoje às minhas mãos, o novo livro de António Salvado, a que o autor deu o nome de
"O olhar do ver
O ver do olhar"
seguido de
"Cantares de Amigo
Cantares de Amor"
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Integrando as
"Comemorações dos 500 anos da morte de
João Roiz de Castelo Branco
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E, como sempre, com uma dedicatória bonita que te agradeço:
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António Salvado inicia a sua obra actual com um breve texto:
"O olhar do ver
O ver do olhar.
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Como abelha pousando em flor,
também o frémito do olhar e
do ver sorveu em vasta floração
(e por terras diferentes) os
grãos de pólen que, transportados
pela brisa do encantamento,
a estas novas fecundações
deram origem."
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Vou transcrever dois dos teus poemas que escolheste para "primeiros".
1.
A tua grácil figura,
a esbelteza do teu corpo,
o teu menear que é tudo
isso que o ar faz mover,
imagem feliz de toda
a perene juventude
que dulcifica a beleza
entregando-lhe um contorno -
tu vais além de Afrodite:
em tuas veias circula
o sangue mais fresco e puro
que te faz filha da Vida.
E se tens límpida a alma,
teu corpo é feito de carne.
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3.
Aparição tão fugaz,
inverso do meu desejo:
começo a sofrer por crer
que distante mais te afastas
do teu vão permanecer.
Ter-te ali sem possuir
o que tens no pensamento:
se é uma vaga presença
fortuita sem fim à vista
o seres à minha frente.
Mas não me canso do jogo
diário que tu praticas:
não apoucas o amor
que sinto maior por ti
e pelo teu desamor.
Esta contradição estranha
entre a verdade e o engano.
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NB:
Não me despeço por muito tempo, António...
Espero voltar dentro em breve para falar o teu outro livro também agora publicado com o título: "Poemas nascidos da Cantiga partindo-se"
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