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11 fevereiro 2022

Henrique Penha Coutinho...

Li há dois dias uma "Carta ao Director"
assinada por um 
Henrique Coutinho
e que achei curiosa
pela semelhança do nome...
Foi no "Público" do dia 7 de Fevereiro.
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A leitura desta "carta" de imediato me confirmou a certeza de que a minha memória ainda por cá anda, em boa forma. Tratava-se de um Amigo que não vejo há muitos anos... com o nome 
Henrique Penha Coutinho.
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"Sou um homem vulgar. No meio de milhões de homens vulgares. Chamo-me Henrique Penha Coutinho e décadas atrás partilhei os meus pensamentos na imprensa com o pseudónimo de Manuel de Portugal. Leio o Público pela elevada qualidade produzida por um escol de profissionais de alto gabarito em paralelo com intelectuais que analisam a nossa sociedade com uma acutilância merecedora dos maiores elogios. Permitido me seja  exaltar o superior pensamento de Carmen Garcia que no texto "Tendencialmente ridículos" dissecou com o bisturi da inteligência o mau hábito lusitano de endeusar os doutores e desprezar o homem comum que, tantas vezes, acumulou ao longo de sofridamente percorrer a estrada da vida mais saber que muitos possuidores dum universitário canudo. Chega de só dobrar a espinha a sectores porque o Tuga Vulgaris Lineu merece um justo respeito. Penso eu e graças a Zeus também a Carmen Garcia...
Henrique Coutinho , Lisboa."
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Tal como o Henrique Penha Coutinho também eu sou um "freguês assíduo" da "página 3" do suplemento dos domingos, no "Público"... e gosto imenso do que ali escreve Carmen Garcia.
Mas, para mim, esta "carta ao director" veio dar-me a bela satisfação de saber que o Henrique Penha Coutinho... "ainda por cá anda", provavelmente mantendo o hábito de tomar a sua "bica" na esplanada da "Mexicana"... 
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O que muitos, ou quase todos, não sabem é que Henrique Penha Coutinho foi um dos maiores e mais brilhantes jornalistas que teve voz durante os anos que sucederam ao "25 de abril"... Escrevia no jornal "Tempo"

Henrique Penha Coutinho
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Mais tarde, todas as suas "Crónicas" semanais foram inseridas em dois volumes de um livro cuja capa aqui vos deixo:
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A capa do 1ºVolume

... " Pelo que a todos englobando por igual, a todos abraçando, fortemente, como amigos, como irmãos, dedico este meu livro com amor:
AO HOMEM.
PORTUGUÊS E LIVRE, LIVRE e PORTUGUÊS."
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em Amarante, 
16 de Março de 1976.
Manuel de PORTUGAL.
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Um abraço, Henrique Penha Coutinho.

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