...quando esta tarde li a Homenagem póstuma que o
Jorge Paulino Pereira
dedicou ao
Ronald, seu Amigo de infância, recentemente falecido:
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Ronald e Jorge Paulino Pereira
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AINDA (E SEMPRE) O RONALD
Companheiro,
É triste ver-te partir tão cedo.
Vou sentir muito a falta do “Máámen” que gritávamos como crianças sempre que atendíamos as chamadas telefónicas um do outro!
Para além da família, deixas uma multidão de amigos que te viam como uma referência. Não tanto pela irreverência dos tempos de juventude, nem só pela alegria de viver ou pela força que tinhas em contornar com sucesso as contrariedades da vida. O que fazia realmente a diferença era a maneira como só tu sabias relacionar-te com os outros, estabelecendo elos entre toda a gente que te conheceu e te admirava. Eras como um catalisador das relações humanas, eras o ponto de encontro entre novos, velhos ricos ou pobres, humildes ou eruditos. Bem me lembro, tanto da forma eloquente como discursaste na Gulbenkian frente ao Primeiro Ministro, como da mesma forma conseguias falar ao coração dum quase sem abrigo prestes a ser transplantado: eles precisaram de ti, e do teu exemplo.
Nunca vou esquecer como nos divertias a contar o comentário do funcionário da emigração no Aeroporto de Miami, quando te carimbava o teu passaporte americano dizendo “Welcome home, son”, ou nos relatavas as diversas peripécias da tua longa estadia laboral na Arábia Saudita. Ou, mais de tudo isso, a maneira preocupada e eficaz com que cuidaste do teu irmão, e o teu empenho pelas tuas filhas de quem tu genuinamente te orgulhavas.
Enfim, a tua melhor qualidade foi talvez fazer de cada um de nós um melhor ser humano, depois de conviver contigo.
Infelizmente, não vou estar presente na tua despedida (eu nunca gostei de despedidas), mas qualquer crente como eu tem a certeza de que, onde quer que estejas, alguém que vela por nós todos te segredará ao ouvido, em todas as línguas do Universo e com um sorriso:
“Bem-vindo a casa, meu filho”.
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em 17/06/2018
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NB - Comovi-me e dei comigo a limpar umas lágrimas
que surgiram… e a lembrar-me de ambos quando
ainda eram uns miúdo. Mas o tempo passa, mais
depressa para uns do que para outros.
JCB.
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NB - Comovi-me e dei comigo a limpar umas lágrimas
que surgiram… e a lembrar-me de ambos quando
ainda eram uns miúdo. Mas o tempo passa, mais
depressa para uns do que para outros.
JCB.
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