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28 novembro 2016

Faleceu o Arlindo de Carvalho..

... e dele me recordo quando, em 1952/53, ele vinha da Soalheira, com alguma frequência, para tomar café ao Arcádia, com um saudoso grupo de finalistas do 7º ano, no Liceu de Castelo Branco, que ali se reunia depois do jantar. Muitas vezes não resistia quando lhe pedíamos para cantar alguma das suas bonitas canções... Já lá vão 64 anos...
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O maestro Arlindo de Carvalho
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"O compositor e maestro Arlindo de Carvalho, autor de êxitos como "Chapéu Preto" e "Fadinho Serrano", morreu aos 86 anos, no sábado às 23:00, num hospital de Lisboa.

Segundo fonte da família, o funeral realiza-se, em data a anunciar, na sua terra natal, a Soalheira, no concelho do Fundão, na Beira Baixa.

No passado mês de maio o compositor foi homenageado na Soalheira, onde se lhe ergueu um monumento.

Em 2011, Arlindo de Carvalho recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, reconhecendo a sua valiosa obra musical de raiz popular, como afirmou na ocasião fonte daquela cooperativa.

As suas composições foram interpretadas por nomes como Luís Piçarra, Gina Maria, Amália Rodrigues, Tristão da Silva, António Mourão, Maria de Fátima Bravo, Madalena Iglésias, Maria de Lourdes Resende, Lenita Gentil, Rão Kyao, Júlio Pereira, Guilherme Kjolner, Armando Guerreiro, Carlos Guilherme, Bjorn Ehrling, Richard Winsborough ou Maria do Ceo."
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Que descanse em paz
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NB - Deixo aqui a letra, também de sua autoria,
de uma das suas canções mais bonitas.
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"Chapéu preto
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A azeitona já está preta,
a azeitona já está preta,
Já se pode armar aos tordos,
já se pode armar aos tordos.
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Diz-me lá, ó cara linda,
diz-me lá, ó cara linda,
Como vais de amores novos,
como vais de amores novos
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Refrão
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É mentira, é mentira,
É mentira sim, senhor!
Eu nunca pedi um beijo,
Quem mo deu foi meu amor!
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Ó que lindo chapéu preto
Naquela cabeça vai.
Ó que lindo rapazinho,
Para genro do meu pai.
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Quem me dera ser colete,
Quem me dera ser botão.
Para andar agarradinha,
Juntinha ao teu coração
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É mentira, é mentira,
É mentira sim, senhor!
Eu nunca pedi um beijo,
Quem mo deu foi meu amor!

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