publicado no dia 12 de Dezembro
Praticamente todos os dias surgem notícias da Assembleia da República segundo as quais foram aprovadas medidas que mais não são do que o fim do que estava em vigor.
Foi assim com os exames do 4.º ano, com as provas de avaliação de conhecimentos e competências dos professores, com o regime de requalificação dos docentes ou com o fim dos julgamentos sumários para crimes graves. A ideia que passa é péssima, já que não se constrói nada, apenas se destrói.
Nas notícias que vão surgindo não vejo qualquer preocupação em melhorar o que estava em vigor, pois se se acaba com os testes de avaliação aos professores, e admitindo que eram mal feitos, onde estão as ideias brilhantes para louvar os bons professores e “correr” com os maus? Ou nos milhares de professores não há quem esteja a mais no ensino? Esta saga de arrasar tudo o que foi feito pelo anterior governo ainda vai acabar mal e dá uma péssima imagem ao país. A do facilitismo e de que estamos a ser governados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, que não foram seguramente os partidos mais votados nas últimas eleições. O futuro nos dirá onde vamos parar e o que teremos de sofrer para recuperar outra vez as finanças.
Percebo que os partidos que apoiam o governo lutem pelo aumento do salário mínimo nacional. Alguns economistas podem dizer que é insustentável, mas não creio que assim seja, até pelas contas que têm sido apresentadas. E mesmo a meta dos 600 euros até ao final da legislatura não me parece exagerada, mas para que isso seja posto em prática é preciso tomar medidas que o possibilitem. Por exemplo, cortando nos falsos rendimentos mínimos ou seja lá o nome que tiver, não acabando com as portagens nas auto-estradas que têm alternativas ou não acabando com taxas moderadoras para quem as pode pagar... Claro que algumas dessas medidas são impopulares e como já percebemos temos um governo que governa com a rua à vista. Não vão os sindicatos ficar zangados e o PCP e o BE passar para as escadarias de S. Bento a liderar essas manifestações.
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