... um poema de Sebatião da Gama
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Sebastião da Gama
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Minha alma abriu-se...
Que linda janela
que é a minha alma!
Não!, linda não é ela:
lindas são as vistas
que se avistam dela.
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Que ouvidos tão finos
que tem a minha alma!
Não!, finos não:
finos são os cantos
que os pássaros cantam,
meus ouvidos ouvem.
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Como são tão belas
as coisas lá por fora!
Minha alma em tudo,
em tudo se demora.
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Que ouvidos tão finos!
Que linda janela!
Quem me compra a alma?
Quanto dá por ela?
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Sebastião da Gama
in."Cabo da Boa Esperança"
Edições Ática - Outubro/59
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