1483 - 1520
A Sagrada Família, chamada “A Pérola”
N’ A Sagrada Família, Rafael procurou aqueles efeitos de luz que já antes tinham despertado o seu interesse (por exemplo, no fresco Libertação de S.Pedro, do Vaticano). Apesar de Vasari ter elogiado os ditos efeitos na aurora do fundo e ter exaltado esta obra na Vida de Rafael, a moderna crítica vê nela a colaboração de Giulio Romano e talvez de Penni. Poderia também suceder que, no claro-escuro, Rafael tivesse sofrido a influência da Virgem dos Rochedos de Leonardo, hoje no Louvre. Pode notar-se uma estranha semelhança entre a atitude de Santa Ana e a do Pensador, de Rodin. A tábua pertenceu ao conde de Canossa e aos duques de Mântua e, depois de 1627, à Coroa da Inglaterra; Filipe IV de Espanha adquiriu-a durante o leilão dos bens de Carlos I Stuart, em 1654. Conta-se que, ao ver o quadro, exclamou: “Eis a pérola da minha colecção”, o que originou a denominação popular de “A Pérola”, dada à pintura. Chegou ao Prado em 1837.
Cfr. Marco Valsecchi
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Novembro/1973
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