O pintor Fernando Lanhas faleceu ontem no Porto.
Tinha 88 anos.
Fernando Lanhas
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Fernando Lanhas era arquitecto e escultor, dedicou-se à astronomia e foi também poeta.
Com apenas 32 anos, foi um dos jovens pintores representados na célebre Exposição de Arte Contemporânea realizada nas instalações da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, na rua da EScola Politécnica, em Abril de 1956, ao lado de grandes figuras da pintura portuguesa, como Abel Manta, Júlio Pomar, Nadir Afonso, Augusto Gomes, Júlio Resende e Mário Eloy, Mário Silva e Amadeu de Sousa Cardoso, entre tantos outros.
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Fernando Lanhas foi um dos embaixadores da pintura abstracta.
Era contemporâneo e amigo de Nadir Afonso, de Júlio Resende e de Júlio Pomar; o pintor e arquitecto natural do Porto é considerado um pioneiro na introdução do chamado abstraccionismo geométrico em Portugal.
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A obra de Fernando Lanhas está representada na Colecção de Serralves. O Público citava-o em 2007: “Aos 20 anos, estudava eu Arquitectura, fiz em casa as minhas primeiras experiências de arte abstracta. Não era viajado nem tinha informação. Aliás, estávamos em tempo de guerra e não tínhamos livros ou revistas de informação. Fiz aquilo porque me apeteceu fazer. Quis fazer o que nunca tinha visto”.
Júlio Pomar, seu colega, juntamente com Nadir Afonso, na Escola de Belas Artes do Porto onde Fernando Lanhas estudou Arquitectura recorda, desses tempos, “uma permuta quase diária de experiências, num propósito de não alinhamento com o meio [artístico]” que aproximou os dois artistas, "apesar de cada um ter seguido o seu caminho".
06 fevereiro 2012
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