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Jacques Tardi - o autor françês
"Tardi nasceu em Valance, mas residiu com o pai na Alemanha depois da devastação da segunda grande guerra na Europa. Com 23 anos, em 1969, iniciou o trabalho na revista “Pilote”. Só depois foi ganhando popularidade no mundo da Banda Desenhada.
O universo da obra de Tardi é fácil de resumir: “Subúrbios de Paris, anarquistas, alguns monstros, os soldados e a guerra e, por toda a parte, uma miséria subterrânea e a revolta… A obra de Tardi é bastante explícita." cfr."Internet"
É noite nas ruas de Paris...
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Um verdadeiro equívoco!
Adèle "ferra" umas cacetadas no sr.Espérandieu...
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...mas depois pede desculpa.
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Acontecem coisas estranhas nas noites de Paris...
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O "desenho" de Tardi é muito pessoal
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...e muito sóbrio
Jacques Tardi é um desenhador de banda desenhada françês com um traço muito característico e inconfundível. A sua obra é talvez dedicada a um público-alvo mais adulto do que a crianças... Daí que eu ache interessantíssima, a crítica que, para a Biblioteca da Fundação Gulbenkian, foi feita pelo "expert" em BD e literatura infantil que foi o Adolfo Simões Müller. Adolfo Simões Müller (1909-1989) fundou e foi director do jornal infantil "O Papagaio" e dirigiu também o "Diabrete". Foi a literatura infantil que o celebrizou tendo escrito obras como "Caixinha de Brinquedos" (1937) e "O Feiticeiro da Cabana Azul" (1942) que lhe valeram, em cada um daqueles anos, o Prémio Nacional de Literatura Infantil".
Em 1982, recebeu o Grande Prémio da Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.
Está sintetizada nestas duas pequenas folhas, a crítica que Simões Müller fez à obra de Banda Desenhada que hoje aqui deixo. E que "traduzo" em letra visível mais adiante:
"É uma péssima história-em-quadradinhos. Uma história de terror, quase satânica, com estátuas que se transformam em carros de guerra, chefes de polícia que se fazem bandidos, etc., etc... Não tem qualquer valor que a recomende. Mal contada, confusa. Trata-se, é evidente, de uma banda desenhada para adultos. Mas nem mesmo para esses presta. Por outro lado, como estes livros não trazem qualquer indicativo da idade a que se destinam - como se faz lá fora - é fácil um livro destes ir (...) para as mãos de um jovem que gosta de histórias-em-quadradinhos. Não poderia a Fundação, pelas suas B.I., sugerir aos editores que apusessem nas capas das suas edições do género uma indicação como "Para crianças", "Impróprio para menores de...", "Para todas as idades"? Evitar-se-iam perigosos equívocos."
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