António Luis Pereira de Almeida
Regeu a disciplina de Geografia
(5ºGrupo) tendo tomado posse pela primeira vez em 4 de Janeiro de 1915, no ano
lectivo de 1914/15, como professor efectivo. Segundo consta nos registos, manteve-se
ligado ao Liceu até 1921 (ano lectivo de 1920/21). No entanto, em 25 de
Novembro de 1916, ao mesmo tempo que assinava o seu auto de posse como
professor, assinava uma nova posse, agora como Médico Escolar, função que
desempenhou a par com a de professor, até Agosto de 1921. Existe uma informação
relativa ao ano lectivo de 1919/20 onde consta que “foi autorizado a exercer a
função de Médico Escolar”.
Era um homem muito metido
consigo, sóbrio mas dotado de um invulgar sentido de humor e repentista. Usava,
recobrindo o queixo, uma perinha que lhe caracterizava o rosto.
Contam dele que em certo dia, já
com uma certa idade, descansando à tardinha, num banco da avenida Luisa Todi,
por ele passou um qualquer pescador que lhe dirigiu um impropério… “Eh! Amigue…
más que grrande perrinha!... Já só te faltam os cornes para serres
caberrão!...”
Não mostrando o incómodo por
tamanha falta de respeito, o Dr. Pereira de Almeida apenas respondeu com uma
breve frase: “Olhe que a si, só lhe falta a pêra!...”
Segundo a preciosa memória do Dr.
José do Soveral Rodrigues, que foi aluno no Liceu na época em que aqui
leccionou este professor, o Dr. Pereira de Almeida acabou por morrer devido a
uma esclerose renal e era da opinião que talvez tivesse vivido um pouco mais se
a hemodiálise já fosse prática corrente naquela época.
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