...este poema a que chamou:
"Fim de Outono em Manhattan".
.
Eugénio de Andrade
.
"Começo este poema em Manhattan
mas é das oliveiras de Virgílio
e da Póvoa da Atalaia que vou falar.
É à sombra das suas folhas
que os meus dias
cantam ainda ao sol.
A sua canção vem do mar,
mas é com as cigarras e o trigo
maduro que aprendem a morrer.
O ar debaixo dos seus ramos dança,
alheio à luz suja de Manhattan.
.
Eugénio de Andrade
in. "Ofício de paciência" - 1994
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