dito Tintoretto
1518 - 1594
Batalha entre Turcos e Cristãos
Esta magnífica composição deve contar-se entre as mais características da vasta série de Tintorettos existentes no Prado. A riqueza colorística de Ticiano, superada em absoluto sob vários aspectos, une-se ao ímpeto barroco que tem origem em Miguel Ângelo; sabemos, de resto, que tal fusão estilística fazia parte dos projectos de Tintoretto. Este genial pintor que, com Ticiano e Veronese, forma a tríade do período áureo da pintura veneziana, é o único que na cidade lagunar está mais bem representado do que no Prado.
De facto, pode dizer-se que quem não conhece a Escola de S.Roque, em Veneza, não conhece verdadeiramente Tintoretto.
Na composição desta batalha naval e terrestre, o dinamismo da diagonal, típico do barroco, é claramente evidente. Vigoroso é também o contraste entre as zonas escuras e as luminosas. Protagonista desta tela pode considerar-se a estupenda figura feminina que, raptada pelos maometanos, está representada, caída por terra, em primeiro plano. A sua beleza levou, talvez, no passado, a atribuir ao quadro o caprichoso título de Rapto de Helena. No fundo luminoso, o ímpeto da batalha serve ao pintor para atingir a superação do seu próprio virtuosismo técnico.
Segundo Beroqui, que foi patrono do Museu do Prado, poderia ser essa a “batalha turca” que Tintoretto ultimara em 9 de Maio de 1562, para o cardeal Ercole Gonzaga. Em todo o caso, na Galeria de Mântua encontravam-se, em 1607, dois quadros sobre o mesmo tema, e pode ser que o do Prado tenha vindo de lá.
Velázquez adquiriu esta tela em Itália, em 1651, por conta de Filipe IV, juntamente com muitas outras.
De facto, pode dizer-se que quem não conhece a Escola de S.Roque, em Veneza, não conhece verdadeiramente Tintoretto.
Na composição desta batalha naval e terrestre, o dinamismo da diagonal, típico do barroco, é claramente evidente. Vigoroso é também o contraste entre as zonas escuras e as luminosas. Protagonista desta tela pode considerar-se a estupenda figura feminina que, raptada pelos maometanos, está representada, caída por terra, em primeiro plano. A sua beleza levou, talvez, no passado, a atribuir ao quadro o caprichoso título de Rapto de Helena. No fundo luminoso, o ímpeto da batalha serve ao pintor para atingir a superação do seu próprio virtuosismo técnico.
Segundo Beroqui, que foi patrono do Museu do Prado, poderia ser essa a “batalha turca” que Tintoretto ultimara em 9 de Maio de 1562, para o cardeal Ercole Gonzaga. Em todo o caso, na Galeria de Mântua encontravam-se, em 1607, dois quadros sobre o mesmo tema, e pode ser que o do Prado tenha vindo de lá.
Velázquez adquiriu esta tela em Itália, em 1651, por conta de Filipe IV, juntamente com muitas outras.
Cfr. Marco Valsecchi
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Novembro/1973
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Novembro/1973
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