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02 outubro 2011

De Saudades vou morrendo...

Um poema de António Botto

António Botto


De Saudades vou morrendo
E na morte vou pensando:
Meu amor, por que partiste,
Sem me dizer até quando?
Na minha boca tão linda,
Ó alegrias cantae!
Mas, quem se lembra d'um louco?
- Enchei-vos d'agua, meus olhos,
Enchei-vos d'agua, chorae!


António Botto, in 'Canções'

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