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21 fevereiro 2020

Merece ser destacado...

Vasco Pulido Valente morreu esta sexta-feira no hospital em Lisboa onde estava internado. O escritor morreu aos 78 anos.
Foi historiador, escritor, ensaísta e comentador político e tinha um sentido de humor contundente que manifestava sempre nas suas Crónicas.
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Vasco Pulido Valente
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Vasco Pulido Valente, pseudónimo de Vasco Valente Correia Guedes, nasceu em Lisboa a 21 de Novembro de 1941. Aos 17 anos de idade passou a adoptar o nome pelo qual é mais conhecido e com o qual assina as suas obras. O historiador era neto paterno de Francisco Pulido Valente, figura que pode ter inspirado a escolha do pseudónimo.
Vasco Pulido Valente foi colunista do Público desde a sua fundação e colaborou com o Expresso, com o Diário de Notícias, com o Observador e com o Independente. Vasco Pulido Valente foi ainda comentador na TVI, da TSF e da Rádio Comercial.
É autor de obras como O poder e o povo: A revolução de 1910 (1976), O País das Maravilhas (1979), Estudos sobre a crise nacional (1980), Tentar perceber (1983), Às avessas (1990),Glória: biografia de J.C.Vieira de Castro (2001), ​Portugal: Ensaios de História e Política (2009), De Mal a Pior - Crónicas (1998-2015), O Fundo da Gaveta - Contra-Revolução e Radicalismo no Portugal Moderno (2018).
Vasco Pulido Valente foi também investigador e coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). Leccionou ainda na Universidade Católica, na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e no ISCTE/IUL – Instituto Universitário de Lisboa.
Vasco Pulido Valente envolveu-se várias vezes na actividade político-partidária. Em 1979, após a vitória da Aliança Democrática nas legislativas, Vasco Pulido Valente foi secretário de Estado da Cultura do Governo de Sá Carneiro.
Em 1985 integra o núcleo restrito da direcção do MASP (Movimento de Apoio de Soares à Presidência) que dirigiu a campanha para as eleições presidências de Mário Soares, em que este foi eleito Presidente da República. Dez anos depois, nas legislativas de 1995, foi eleito deputado como independente nas listas do PSD, então liderado por Fernando Nogueira. Saiu poucos meses depois.
Uma crónica de Vasco Pulido Valente no PÚBLICO, publicada a 31 de Agosto de 2014, sobre o estado do PS e intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caracterização feita mais tarde por Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda e PCP, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional. Anos antes, em 2016, Vasco Pulido Valente serviu de inspiração ao líder parlamentar do PS para caracterizar o PSD e o CDS, altura em que Carlos César utilizou a expressão “caranguejola”. A expressão foi o título de outro texto do historiador publicado no jornal "Público" em 31 de Maio de 2014.
Em 2017, parou de escrever por motivos de saúde, muito embora mantivesse nos últimos meses um Diário, que publicava aos domingos publicado aos sábados.
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Que a Terra lhe seja leve

Que descanse em Paz

1 comentário:

Olímpio Matos disse...

Revê a parte final da última frase do texto. Julgo que não está correcta . Abraço .