O Presidente da República vai condecorar o ex-chefe de Estado.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, Ramalho Eanes foi "absolutamente determinante".
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General António Ramalho Eanes
.O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou hoje a ação "absolutamente determinante" de Ramalho Eanes na transição entre a ditadura e a democracia, elogiando a seriedade, honestidade e coragem de "um dos nossos maiores".
"Naquele que foi um dos momentos mais relevantes da história recente de Portugal, a transição entre a ditadura e a democracia, entre os muitos que com lealdade serviram a pátria deve destacar-se o senhor general António dos Santos Ramalho Eanes, cuja ação foi absolutamente determinante para que hoje sejamos um Estado de direito democrático", disse o chefe de Estado, numa intervenção na homenagem ao general Ramalho Eanes, que se realizou em Mafra. Na segunda-feira, o Presidente da República vai condecorar o ex-chefe de Estado.
Lembrando as virtudes de caráter que sempre distinguiram Ramalho Eanes, o primeiro Presidente da República eleito em democracia - a 27 de junho de 1976 -, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a "invulgar notoriedade e invulgar prestígio" que o general alcançou junto da instituição militar e da sociedade civil.
"Homem sério, honesto, austero, corajoso, incorruptível foi naturalmente chamado a assumir em nome de uma geração funções de elevada responsabilidade durante o período mais critico após o 25 de Abril", lembrou Marcelo Rebelo de Sousa, na homenagem ao general Ramalho Eanes, por ocasião da passagem do 40.º aniversário da sua tomada de posse como Presidente da República, a 14 de julho de 1976.
Uma cerimónia que Ramalho Eanes considerou ser uma homenagem à instituição das Forças Armadas através dos militares que liderou e uma recordação de um passado recente de luta pela liberdade e por maior democracia.
Numa intervenção em que falou dos anos em que desempenhou o cargo de Presidente da República e de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas - situação única e que nunca mais se repetiu - Ramalho Eanes deixou também elogios às Forças Armadas, enaltecendo o mérito como atuaram nas missões humanitárias a que foram chamadas, bem como a "sua disponibilidade para atuar sem limitações ou condicionamentos de empenho operacional, mesmo nos mais terríveis teatros de operações", como no Afeganistão.
"O desempenho das missões atribuídas às Forças Armadas, apesar de tudo, tem sido exemplar e é motivo de orgulho para a democracia portuguesa, para os seus cidadãos, para os seus militares", vincou.
Antes, o atual Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, tinha também falado da "carreira verdadeiramente singular" de Ramalho Eanes, que foi "norteada pelo culto das virtudes militares e de uma corajosa frontalidade" que o prestigiou, bem como às Forças Armadas.
Na cerimónia de homenagem, que decorreu na Escola das Armas do Exército, o atual CEMGFA e os Chefes Militares dos ramos (exército, marinha e força aérea), entregaram a Ramalho Eanes o símbolo do Comando, uma espada.
"Com a oferta desta espada pretende-se recordar a bravura e o poder com que, ao longo da sua brilhante carreira, sempre conseguiu distinguir o bem do mal, combatendo a perversidade e a insipiência, na defesa dos valores da democracia e na construção da justiça e da paz", disse Pina Monteiro.
Ramalho Eanes decidiu, contudo, oferecer depois a espada ao actual Presidente da República, como expressão simbólica da condição militar, pedindo a Marcelo Rebelo de Sousa que a guarde e transmita aos seus sucessores como "símbolo da confiança dos militares".
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in. "Público"
26.06.2016
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NB -
Ramalho Eanes foi aluno do Liceu de Nun' Álvares, em Castelo Branco, tendo ali terminado o Curso Liceal, em Julho de 1953, com a ideia de seguir para...Medicina! Ainda bem que desistiu da ideia...
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NB -
Ramalho Eanes foi aluno do Liceu de Nun' Álvares, em Castelo Branco, tendo ali terminado o Curso Liceal, em Julho de 1953, com a ideia de seguir para...Medicina! Ainda bem que desistiu da ideia...
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