“Francisco Lopes Vieira de Almeida nasceu em Castelo Branco
em 9.Ago.1888 e faleceu em Cascais, em 20.Jan.1962.
.Esteve dois anos no nosso Liceu como professor efectivo do 4º Grupo (História e Filosofia), com a primeira tomada de posse registada no dia 10 de Novembro de 1915.
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."Figura filosófica e cultural de grande relevo na sociedade portuguesa, durante a primeira metade do século XX, Vieira de Almeida foi, enquanto professor, autor e personalidade, um caso invulgar de rigor filosófico e atenção cívica que, embora hoje pouco lembrado, não pode ser esquecido quando se trabalha a história e a cultura portuguesas contemporâneas.” (Carlos Leone)
Não deixa de ser interessante reler o que, sobre o Prof. Vieira de Almeida, escreveu ainda Carlos Leone.
“Licenciado e doutorado pela Faculdade de Letras de Lisboa em Filosofia, ingressou como docente na Universidade pelo grupo de História (em 1915). Em 1921 voltou à área de Filosofia onde ascende a catedrático em 1932, mantendo-se em actividade permanente até 1958.
Apesar de entre a sua extensa bibliografia encontrarmos poesia, romance a e teatro, bem como traduções, é a sua actividade como professor e ensaísta na área de Filosofia, e também de História, que o distingue.
Ora, Vieira de Almeida foi (…) um dos raros autores portugueses com trabalhos de relevo em Lógica (e na sua divulgação), mas nunca abdicando de um compromisso político explícito apesar dos dissabores que o regime lhe causou mesmo em idade avançada.
Monárquico, e próximo de autores como Pequito Rebelo e Hipólito Raposo nos alvores da I República, não demorou muito a cativar simpatia noutros quadrantes e não espanta, por isso, ver o seu nome entre os fundadores da Revista dos Homens Livres («Livres das Finanças e livres dos Partidos»), projecto frentista contra a degeneração da República na década de 1920.
(…)
…implantada a ditadura que estará na base do Estado Novo, Vieira de Almeida encontra-se já próximo do grupo Seara Nova, com o qual mantêm contactos, através de Câmara Reys, mesmo depois de António Sérgio se afastar da revista. Era já então uma figura intelectual de referência…
…na ressaca da campanha do General Humberto Delgado e do seu desfecho, encontramos Vieira de Almeida entre os «quatro grandes» (expressão de Mário Soares no volume de homenagem a Vieira de Almeida no centenário do seu nascimento, v. Referências bibliográficas) que se juntam a Delgado para convidar os socialistas Aneurin Bevan e Mendès-France para conferências em Portugal, em 1959.
Impedidas as conferências, e presos os quatro notáveis (além de Vieira de Almeida, Jaime Cortesão, António Sérgio e Azevedo Gomes), o regime tentou voltar à normalidade. Não o conseguindo, não impediu no entanto Vieira de Almeida de morrer em casa, lúcido e comunicativo, estimado pelos mais variados sectores da vida intelectual portuguesa.”
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NB - Frequentando a 5ªClasse, no ano lectivo de 1915/16, os alunos:
Dinorah Otelinda Catalão Batalha
Elisa Teodora Paninho
Humberto José Gomes
João José Duque de Santana
José Martins de Soveral Rodrigues
Maria Madalena Azevedo Rua
Miguel Pereira Osório de Castro e
Octávio Severino Prompto
... teriam tido como professor de História, o Dr.Vieira de almeida
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