que se pode ler no "Público" desta manhã,
intitulado "Um "transportador de desassossegos".
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M.Fátima Bonifácio
Historiadora
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Apenas alguns excertos:
"Na realidade, este artigo sobre António Nóvoa também se poderia chamar "O sonho comanda a vida". A noite de 29 de Abril, em que lançou a sua candidatura à Presidência da República, não foi inteira nem limpa. Fragmentos de versos de Sophia, de Zeca Afonso e de Sérgio Godinho foram usados para adornar e ocultar a absoluta vacuidade do discurso do candidato, ex-magnífico reitor da Universidade de Lisboa, descendente de "uma família da nobreza". Esta informação relevantíssima, prestada há dias no decurso de uma reportagem-vídeo do JN, tranquilizou-me imenso. Portugal está farto de presidentes plebeus. O discurso não tem princípio, meio e fim. Não passa de uma lista arbitrária de evocações, exortações, visões, desejos, intenções, desabafos, promessas, divagações. Os poetas estão lá para introduzir a tonalidade lírica e onírica que convoca os ouvintes a sonhar.
(...)
Ainda ontem o Bloco apresentou um programa eleitoral que tomava por pressuposto assumido a saída de Portugal do euro, e da Europa, aliás, já há muito defendida pelo PCP. Como pensa Nóvoa "entender-se" com eles?
Não pensa nada. Inquirido, há dias, se se sentia mais próximo do Partido Socialista ou do Partido Comunista, o candidato à Presidência da República respondeu: "Não sei". Está tudo dito.
Politicamente, António Nóvoa não sabe o que é, nem quem é...
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