Olhem do que se livrou a ministra Assunção Cristas, esta tarde no Parlamento... se tivesse de enfrentar o "deputado" D.Tancredo!!
.
Vejamos então:
.
Enviada: terça-feira, 13 de Abril de 2010 10:46
Assunto: "Poema" dirigido a Salazar - "Nunca precisámos de outra coisa!"
Vejamos então:
.
Enviada: terça-feira, 13 de Abril de 2010 10:46
Assunto: "Poema" dirigido a Salazar - "Nunca precisámos de outra coisa!"
MEU CARO JJ,
POR FALARMOS EM PORTUGUÊS VERNÁCULO, AQUI VAI UM POEMA
INSPIRADÍSSIMO,
E MAIS VERNÁCULO QUE ISTO SÓ DO TEU CONTERRÂNEO, SALVO SEJA, MANUEL
MARIA BARBOSA DU BOCAGE
UM ABRAÇO
R.
...eis a receita para resolver a crise nacional. Também é bom
rir...
"Poema" dirigido a Salazar - vale a pena ler
"Nunca
precisámos de outra coisa!"
ESTE POEMA FOI FEITO EM 1934.
Para “gáudio” de todos os meus Amigos Alentejanos… e não só!
Se isto acontecesse hoje, ai que
alegria para a comunicação social...
Conta-se que este poema foi dirigido
ao Ministro da Agricultura do governo de Salazar, como forma de pedir adubos. Por mais
estranho que pareça, o senhor que o escreveu não foi preso e Salazar até
se fartou de rir (??!!) quando o leu:
- E X P O S I Ç Ã O –
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.
Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!
O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e… como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!
A Nação confiou-lhe os seus destinos?...
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
… quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n'um traque do Ministro das Finanças?...
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.
Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n'elas.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!
Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda…
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!...
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.
Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Pela Junta Corporativa dos Sindicatos Reunidos, do Norte, Centro e Sul do Alentejo
Évora, 13 de Fevereiro de 1934
O Presidente
D. Tancredo (O Lavrador)
.
E depois de ter lido tudo isto... não consegui ainda lembrar quem é o Amigo R... que me enviou esta "preciosidade". Lá chegarei...