Excerto do "Artigo de Opinião" publicado hoje no
jornal "Público", por Vasco Pulido Valente.
Vasco Pulido Valente
(...)
O Governo gasta por ano à volta de mil milhões de euros em dez fundações, que regra geral criou e quase integralmente sustenta. Ou seja, o PS e o PSD resolveram fabricar um "Estado paralelo" (a que se refere o memorando da troika), sem autorização do Parlamento e sem prevenir a populaça que os tinha eleito. Isto com principalmente três fins. Primeiro, escapar às regras do funcionalismo e da contabilidade pública.. Segundo,arranjar novas maneiras de encaixar as suas simpáticas clientelas. E, terceiro, ganhar uns dinheiros pelo caminho.
Claro que a burocracia de Bruxelas não gostou e agora quem paga somos nós.. As fundações sérias protestaram anteontem com razão por aparecerem na mesma lista destas traquitanas. Mas quer ponham ou não tudo em pratos limpos, não nos livraremos tão cedo do peso com que furtivamente o regime nos carregou E não há, parece, sanções penais para os responsáveis.
O que espanta mais no meio desta impensável e repugnante trapalhada, é o arzinho de virtude com que se queixa a tropa fandanga das fundações, alegadamente em risco de não tornar a meter a mão no saco do Estado - uma eventualidade que descrevem sem vergonha como tragédia!
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