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…o principal convidado é uma figura muito especial para o ciclismo que, todos os anos, marca presença no dia em que os ciclistas sobem ao alto da Torre. Trata-se de Marçal Grilo, o antigo ministro da Educação e actual administrador da Fundação Gulbenkian, que acompanhou toda a etapa no carro do director da Volta.
Eduardo Marçal Grilo
(…)O facto de, nos anos de infância, vivida em Castelo Branco, a Volta ter uma meta instalada mesmo à porta de sua casa, fê-lo viver por dentro toda a emoção da corrida.
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"Havia um jornal do Porto, salvo erro O Norte Desportivo, que requisitava o telefone lá de casa e habituei-me a assistir a todo aquele ritual de passagem da informação, que naquele tempo demorava horas, e isso acabou por criar em mim um fascínio especial", recorda, acrescentando que sempre gostou muito da Volta à França e que mais tarde acabou até por criar uma pequena biblioteca sobre ciclismo.
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Marçal Grilo recorda a emoção com que viveu a competição no período do pós-guerra, sobretudo os anos 50, que considera ter sido o período de ouro da modalidade, "quando começaram a aparecer reportagens fantásticas com fotografias dos Pirenéus". À memória do antigo ministro da Educação vem também a Volta a França de 1956, "quando Alves Barbosa ficou em décimo lugar", feito que faz com que ainda hoje converse com regularidade sobre a competição com aquele que é um dos mais importantes nomes do ciclismo nacional. Alves Barbosa viria a ser o vencedor da Volta a Portugal de 1958, precisamente há 50 anos.
Cfr.José Augusto Moreira
In, "Público" - 17.08.2008
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